A data
de 12 de novembro foi escolhida para mostrar os perigos da pneumonia e como é
possível se prevenir desse mal. Mas fique claro que esse é apenas um dia de
alerta, afinal a preocupação deve ocorrer o ano todo. De acordo com a
Organização Mundial de Saúde (OMS), trata-se da quarta patologia que mais mata
no Brasil, com 900 mil casos por ano, e, no mundo, tira a vida de uma criança a
cada 20 segundos.
Não faltam motivos para ficar de olhos bem
atentos. Uma das maneiras de ficar longe dessa infecção é tratar as doenças
respiratórias, visto que várias delas – se não cuidadas – podem evoluir para um
quadro de pneumonia. Pensar que alguns problemas rotineiros não são perigosos é
um risco.
Para entender a relação entre certas doenças
respiratórias e a pneumonia, é preciso compreender um detalhe do sistema
respiratório. No nosso organismo, há a via respiratória superior (nariz,
garganta, laringe e faringe) e a inferior (traqueia, brônquios e pulmões). Uma
conceituação mais recente reúne essas duas classificações em vias aéreas
unidas, ao englobar tudo, visto que todos esses órgãos funcionam em sintonia. A
falha em um deles pode repercutir em outro ou em vários.
“Imagine uma pessoa com problemas no nariz,
portadora de rinite, com gripe ou resfriado. Todos esses acometimentos da via
aérea superior podem, facilmente, progredir e chegar à via aérea inferior onde
encontra-se o pulmão, afinal, todos esses órgãos trabalham unidos”, explica o
otorrinolaringologista da Otonorte, Dr. Diego Silva Wanderley.
As patologias mais comuns que podem evoluir de
um quadro para o outro são as de origem inflamatória, como rinites alérgicas e
não alérgicas, e as infecciosas, como as sinusites virais, bacterianas e
fúngicas (mais raras), resfriados, gripe e processos inflamatórios, em geral.
Processos
inflamatórios podem resultar em pneumonia?
“Uma inflamação compromete todo o sistema
imunológico, levando à baixa da imunidade. E aí a coisa se complica. O
organismo mais debilitado e, às vezes, desidratado é um ambiente favorável para
a bactéria avançar e se propagar do nariz, da faringe ou laringe até os
pulmões. Veja que a queda da imunidade foi chave nesse processo”, detalha o Dr.
Diego.
Crianças e idosos têm o sistema imune mais
frágil e, com isso, são mais sujeitos a essa evolução. Não é demais dizer que o
cuidado nessas faixas etárias deve ser ainda maior. Em casos de gripes e
resfriados, aparentemente simples, e em períodos de crises das doenças já
citadas, é importante procurar um médico para iniciar o tratamento, o quanto
antes. Quem tem asma e bronquite asmática deve realizar avaliação e tratamento
simultâneos com profissionais específicos: o otorrinolaringologista e o
pneumologista.
Hidratar o organismo com muita água, manter a
alimentação leve e balanceada, lavar as mãos, trocar as roupas de cama com
frequência, manter a casa limpa e arejada e evitar ambientes com muita
aglomeração são atitudes que podem ajudar, e muito, na prevenção de doenças
respiratórias, que podem avançar para uma pneumonia.
Pneumonia:
Trata-se de uma infecção que atinge o corpo
debilitado. Neste caso, os micro-organismos – vírus e bactérias – atingem os
pulmões que, com a contaminação, ficam inflamados. Entre os principais sintomas
estão: febre, tosse forte e contínua, falta de ar, dores no tórax, sensação de
cansaço no peito por conta da tosse excessiva, secreção – com sangue, nos casos
mais avançados.
A transmissão ocorre pelo ar, saliva,
secreções e até por mudanças extremas de temperatura. Quando os termômetros
baixam radicalmente, uma das portas de entrada do ar – o nariz – já não
funciona bem, o que resulta em maior exposição aos vírus, bactérias e fungos.
Existem vacinas contra os principais agentes
causadores, no entanto elas não impedem todos os tipos de pneumonia. “É
fundamental se cuidar ao menor sinal de que algo vai errado. As nossas vias
aéreas superiores têm função de proteger o sistema e não deixar a infecção
atingir as vias inferiores. Por isso, elas precisam estar bem. Em caso de
gripes, resfriados, sinais de rinites e sinusites, não adie a ida ao médico.
Essa medida pode fazer toda a diferença”, conclui o especialista.
Dr Diego Silva
Wanderley - Formou-se
em Medicina, em 2008. Logo em seguida veio o título de Especialista em
otorrinolaringologia, pela Associação Médica Brasileira e Associação Brasileira
de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial. O currículo traz também
especialização em Cirurgia Plástica de Face, pelo Instituto Brasileiro de
Pós-Graduação, em São Paulo. O Dr. Diego, atualmente, integra o corpo médico da
Clínica de Otorrinolaringologia Otonorte, no Distrito Federal. A carreira
inclui o magistério. Ele é professor da disciplina de Otorrinolaringologia da
Faculdade de Medicina do Planalto Central/Faculdades Integradas da União
Educacional do Planalto Central.
Otonorte
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