Edmilson Pelarigo, da OrthoDontic, fala sobre
os cuidados durante o tratamento e aponta aumento no índice de pacientes acima
dos 60 anos
Engana-se
quem pensa que o uso de aparelho ortodôntico limita-se apenas a crianças,
jovens e adolescentes. Muito pelo contrário, pessoas acima dos 60 anos podem –
e devem – fazer este tratamento. O fato é que a população brasileira está
envelhecendo e a expectativa de vida vem aumentando cada vez mais, tornando
válida a preocupação com o sorriso perfeito na melhor idade. As pesquisas do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o número de
idosos irá triplicar em 40 anos e passará dos 19,6 milhões (10% da população
brasileira).
O
crescimento da demanda entre pacientes nesta faixa etária já é notado pelos
especialistas. "A acessibilidade aos implantes dentários reflete
diretamente na ampliação da busca pela ortodontia na terceira idade. Ao longo
da vida, a perda dos dentes acarreta no desalinhamento, que precisa ser
corrigido para que o implante seja encaixado com perfeição", afirma
Edmilson Pelarigo, cirurgião-dentista e diretor clínico da OrthoDontic, rede
pioneira em serviços ortodônticos no Brasil.
O
especialista alerta aos cuidados durante o tratamento. "A terceira idade
requer um processo de avaliação minucioso. A idade, isoladamente, não
caracteriza nenhum impeditivo, entretanto, o que deve ser observado é o
histórico de saúde bucal do paciente", orienta. Hábitos como fumar, ranger
os dentes e não fazer corretamente a higienização podem acarretar em doenças
periodontais e perda óssea. "Nestes casos, é necessário o tratamento
prévio dos impeditivos antes da instalação do aparelho", complementa
Pelarigo.
O
tratamento em pessoas idosas pode levar mais tempo em função dos cuidados
adicionais durante o processo. Embora a ortodontia não tenha impeditivos, em
pessoas hipertensas, por exemplo, é necessário cautela em casos nos quais o
procedimento demande uso de anestesia. Já em diabéticos, vale ressaltar que a
higienização é prioridade, pois a condição diminui a salivação e favorece a
formação de placa. Desta forma, o acúmulo de bactérias pode causar lesões e
infecções nocivas em função dos problemas de cicatrização ocasionados pela
doença. "O profissional envolvido deve estar atento às necessidades de
cada paciente", finaliza.
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