O que você precisa saber sobre uma das mais
populares estratégias do momento para perder peso e melhorar a saúde
O estilo de alimentação que
alterna períodos
de jejum
com períodos de alimentação, conhecido como Jejum Intermitente, vem
conquistando cada vez mais adeptos. Popular entre famosas conhecidas pela boa
forma como Deborah Secco, Juliana Paes e Sabrina Sato, a estratégia
alimentar vem ganhando cada dia mais adeptos por acelerar o processo de
emagrecimento e trazer uma série de benefícios para o organismo.
A proposta é substituir a clássica
recomendação de comer de 3h em 3h pelo hábito de priorizar as comidas de
verdade, com pouco ou nada de industrializados, e só quando a fome bater
realmente. Além de promover a perda de peso, cientistas defendem que o método
faz bem para o corpo e mente e pode inclusive aumentar a expectativa de vida.
Patrick Rocha, médico e pesquisador na área de
nutrição e doenças crônicas, também faz parte do time dos profissionais da
área da saúde a destacar os benefícios do Jejum Intermitente não apenas como
facilitador para o emagrecimento como também na prevenção de doenças
cardiovasculares e diabetes.
"O jejum intermitente
trata-se de uma sequência preestabelecida de jejuns, que pode ser de 16h, 18h e
até 24h, revezados com dias de alimentação regular. Diferente do que muita
gente pensa e acredita, eu afirmo que essa prática não é uma dieta e sim um
estilo de alimentação, que tem como proposta principal uma baixa ingestão de
carboidratos, e preconiza que sejam utilizados alimentos como carnes, peixes,
vegetais, gorduras naturais e frutas somente na hora da fome e não em horários
pré-estabelecidos", explica dr. Rocha.
Ganhador do Nobel de
medicina em 2016, Yoshinori Ohsumi identificou em suas pesquisas que o jejum
realizado periodicamente pode inclusive aumentar a expectativa de vida a longa
prazo, já que atua até mesmo como um mecanismo de autolimpeza do corpo,
promovendo a reciclagem das células.
Apesar de parecer mais uma tendência do
momento, o Jejum Intermitente é considerado um antigo segredo de saúde,
praticado em toda história da humanidade.
Segundo Rocha, ao comer a cada 2h ou 3h, o corpo não consegue consumir a
energia armazenada no corpo. "O jejum permite que o corpo queime o
excesso de gordura corporal que foi armazenada. Se você está constantemente
comendo, como é recomendado muitas vezes, o corpo usa parte da
energia alimentar recebida e estoca parte dela, transformando-a em gordura, ou
seja, você engorda comendo de 3 em 3h. Outro fator relevante é que embora a glicose seja uma importante
fonte energética para o organismo, ela também estimula a resistência à insulina, que pode causar uma série de problemas
de saúde, entre eles o diabetes. O jejum intermitente ajuda a redefinir
a utilização de gordura corporal como combustível energético, potencializando o
trabalho e funcionamento das células", comenta.
Embora cientificamente esse
tipo de alimentação realmente funcione e possa trazer uma série de benefícios,
não é recomendado a adoção da prática por pessoas que tenham alguma doença crônica como diabetes tipo 2
descompensada, hipertensão, crianças,
adolescentes, gestantes e idosos. Devendo ser praticada por adultos
saudáveis.
Dr. Rocha lembra que cada organismo é único
e existe uma série de questões adaptativas que varia de pessoa para pessoa. Por
essa razão, é recomendado que o jejum intermitente seja sempre feito com
orientação profissional. Nutricionistas e médicos são os profissionais da saúde
mais adequados para realizar uma avaliação individualizada antes de iniciar.
Patrick
Rocha (CRM-CE 8561) - pesquisador, palestrante e apaixonado por saúde e
nutrição. Dr. Rocha é Presidente do Instituto Nacional de Estudos da Obesidade
e Doenças Crônicas (INEODOC) e autor do livro "Diabetes Controlada", lançado pela editora Gente em
maio de 2017.
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