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quarta-feira, 11 de maio de 2016

Revisão do Código de Obras prevê hidrômetros individuais nos novos empreendimentos imobiliários – mas, de fato, o que isso muda?




Para o advogado Leandro Mello, especialista em Direito Imobiliário, novas medidas trarão aspectos pró-moradores e de adequação às incorporadoras, que terão que se adaptar

O tema ‘água’ nunca foi tão amplamente debatido em São Paulo como nos últimos dois anos. A crise hídrica enfrentada pela maior metrópole da América Latina trouxe novas reflexões no que diz respeito à economia e à utilização consciente deste que é um recurso natural vital à vida humana. Recentemente, a pauta voltou às manchetes na capital paulista com a revisão do Código de Obras, instrumento da Prefeitura que define parâmetros para as novas construções no município.

Entre as alterações previstas e que ainda necessitam de aprovação na Câmara Municipal, está a obrigação de instalação de hidrômetros individuais em cada uma das unidades habitacionais. “Esta é uma das que mais chama a atenção na revisão do Código de Obras”, diz o advogado Leandro Mello, especialista em Direito Imobiliário do Braga Nascimento e Zilio Advogados Associados. “A medida vale para novos empreendimentos residenciais e comerciais da cidade de São Paulo”, explica.

De acordo com Mello, as medidas vão impactar diretamente nos donos destes imóveis e, também, nas incorporadoras. Tema de grande discussão, o consumo geral de água nos prédios, com a aprovação dos vereadores, passa a ser mais transparente e individualizado.  “Para os moradores destes novos empreendimentos, será mais visível o consumo e o gasto médio de água”, afirma. “Com os hidrômetros individuais, é possível, também, a aplicação de sanções àqueles que não economizarem durante o mês”, completa o especialista.

Mais do que as questões práticas, explica Mello, “a obrigatoriedade destes hidrômetros individuais vai ao encontro do conceito de sustentabilidade e de conscientização proposto pela nova Lei de Zoneamento de São Paulo”, revela. “A ideia é que o cidadão seja parte da mudança na cidade, já que a alteração dos hidrômetros tem como objetivo a possibilidade de diminuição dos custos com a água”, acredita o advogado.

Porém, para os prédios em processo de fundamento o advogado explica que alguns custos devem ser repassados pelas incorporadoras. “Caso seja deliberada a adequação do novo formato de medição do consumo para empreendimentos já em fase de construção, o valor dos custos de adaptação deve ser repassado aos moradores nas taxas condominiais”, reitera. “O tema, portanto, afetará os residentes e a coletividade do condomínio”, conclui.

Por fim, Leandro Mello explica que as incorporadoras, a partir de agora, terão que rever os projetos para adequá-los às exigências do revisado Código de Obras da Prefeitura de São Paulo. “A obrigatoriedade do hidrômetro individual também afetará todos os prédios que serão construídos a partir da aprovação das novas medidas, pois é possível que para a obtenção do habite-se, após a conclusão da obra, a Prefeitura exija tal ajuste nos hidrômetros”, finaliza.

Lactose: Tudo o que você precisa saber





Nutricionista explica que intolerantes à lactose podem consumir alimentos e lácteos e que a lactose não deve ser retirada da dieta de emagrecimento.


Muita gente acredita que lactose é puramente o sinônimo de leite, mas está na hora de aprofundar um pouco mais esse assunto e entendê-lo melhor. A lactose é a porção de carboidrato presente no leite, responsável por fornecer energia ao organismo.

Para ajudar desmistificar algumas questões relacionadas à lactose a nutricionista Patrícia Cruz separou algumas dicas importantes sobre o tema.

Alimentos que possuem lactose
A princípio a lactose está presente em todos os alimentos lácteos. A lactose está presente no leite de vaca, ovelha, búfala, entre outros.  Segundo Patrícia Cruz o que altera é a concentração da lactose nos alimentos industrializados. “O leite ou iogurte pode apresentar um teor de lactose maior que alguns queijos amarelos, por exemplo.” – explica.

Portanto, os alimentos lácteos são alimentos derivados de leite de vaca tais como:manteiga, iogurte, coalhada, queijos, sorvete, leite de todas as formas fluído, desnatado, integral, em pó, com ou sem lactose. No entanto, a indústria vem produzindo alimentos à base de leite isentos de lactose. Como é feito? No momento do processamento é adicionada a enzima lactase que vai digerir a lactose presente nos alimentos produzido.

Mas não são apenas os alimentos lácteos que possuem lactose. “Todos os alimentos que levam leite em seus ingredientes podem conter lactose. Como por exemplo, biscoitos, pães, bolos, salsichas, patês, frios entre outros”, lembra a nutricionista.

Alimentos lácteos que podem ser consumidos
Pessoas com intolerância à lactose podem alimentos lácteos desde que esteja especificado no rótulo do produto “livre de lactose, “este alimentos não contém lactose” ou “lacfree”.

Segundo Patrícia, existem dois tipos de leite que não contêm lactose. Os primeiros os leites de vaca, ovelha, búfala adicionados de lactose no momento do processamento na indústria. Além deles têm os leites vegetais tais como: soja, aveia, arroz, amêndoa, leite de coco.

Diagnóstico da intolerância à lactose
O diagnóstico da intolerância à lactose é feito através de exame bioquímico, conhecido com teste de intolerância à lactose. Mas, o padrão ouro para o diagnóstico é o teste respiratório do hidrogênio expirado (realizado normalmente em pesquisas). Os sintomas mais comuns apresentados por quem tem intolerância à lactose são: dor abdominal em cólica, desconforto abdominal, sensação de inchaço/estufamento, flatulência, diarreia, náusea e em alguns casos vômitos, queimação.

A intolerância à lactose se caracteriza por uma deficiência da enzima lactase, responsável pela digestão da lactose. Devido essa deficiência não ocorre a digestão da lactose no intestino. Há formação de ácidos orgânicos de cadeia curta e gases.

Causas da intolerância à lactose
A intolerância à lactose pode ser congênita, com quadros mais graves e até levar a óbito (geralmente em recém nascidos). Mas, pode ser adquirida ao longo da idade.  Com o avançar da idade há uma redução natural da produção da lactase.

O tratamento tem como objetivo minimizar ou isentar totalmente os sintomas referidos pelo paciente. Por meio da retirada de alimentos que contenham lactose. Em alguns casos ou após um período de tratamento, podemos indicar a lactase endógena. Mas a doença se caracteriza por um quadro crônico.

Quem pode tirar a lactose da dieta?
Muitas pessoas acreditam que ao tirar a lactose da dieta auxilia no emagrecimento. Mas, ao retirar da dieta todos os produtos lácteos o indivíduo pode apresentar deficiência de cálcio, proteínas e outros nutrientes comprometendo a saúde óssea. Não há nenhuma evidência científica que mostre que a retirada da lactose leve a redução de peso.

Por isso, somente as pessoas que apresentam intolerância à lactose devem cortar o alimento da dieta. Patrícia reforça que é importante salientar a diferença entre intolerância à lactose e alergia ao leite de vaca:“A alergia ao leite de vaca se caracteriza por alergia a proteína do leite. Não sendo possível o consumo de leite de vaca em hipótese alguma,” explica a nutricionista. 

CHEF IDOLO GIUSTI DÁ DICAS DE COMO UTILIZAR O PRÓPRIO ALIMENTO COMO RECEPIENTE E VALORIZAR O PRATO




(Abóbora crioula com frango caipira – Crédito da foto: Kenzo Fotografia. Caso precise, tenho foto em alta resolução)



Abóbora, pimenta cambuci, pimentão, pão, abobrinha, chuchu, repolho e cogumelo são ótimas possibilidades

É comum ouvir a frase “comer com os olhos”. Ela quer dizer que a apresentação do prato é essencial para dar “aquela” vontade de experimentar. “Às vezes o sabor está muito bom, mas a aparência nem tanto. Quando a pessoa olha fica um discreto receio de comer”, diz o chef Idolo Giusti, do Giusti Eventos. “Um prato bem preparado precisa harmonizar visual, sabor e qualidade dos ingredientes”, explica.

E não é tão difícil levar esse conceito para o cotidiano e impressionar na cozinha. Algumas dicas de apresentação podem transformar um simples prato em algo que se queira comer com os olhos, como por exemplo utilizar o próprio alimento como “recipiente” ou em alguns casos como “panela”. 

Na receita Abóbora Crioula com frango caipira, do chef Giusti, por exemplo, a montagem e finalização do cozimento dentro da abóbora deu todo o charme. “É uma receita comum que poderia ter sido colocada de forma normal no prato, mas só o fato da abóbora servir de travessa para o frango já deu um toque especial”, comenta. 

E isso pode ser feito também com outros ingredientes. “Ao invés de servir pimentão e carne moída separadamente, pode-se rechear o pimentão com a carne. O mesmo pode ser feito com um ovo de codorna quebrado dentro de uma pimenta cambuci e colocada no forno”, sugere. 

Outros ingredientes que também servem bem como “recipiente comestível” são pão, abobrinha, chuchu, repolho, cogumelo, abacaxi e melão, por exemplo. A dica do chef é escolher ingredientes como legumes e frutas não tão maduras e sempre frescas, porque o cozimento é mais lento e evita que se desmanchem com facilidade. 

Para quem quiser começar a testar (e impressionar), abaixo a receita da Abóbora Crioula com frango caipira, do chef Idolo Giusti:

Tempo de Preparo: cerca de 45 minutos
Porção: serve bem 6 pessoas
Tipo: Acompanhamento


Ingredientes

·         1 unidade abóbora moranga ou qualquer outra que preferir
·         100 gramas de ricota
·         1 espiga de milho cozida
·         2 ½ xícaras de água
·         1 kg de frango picado a passarinho de preferência caipira
·         1 colher de sopa salsa picada 
·         100 gramas de castanha de baru picada
·         200 gramas de tomate perinha ou tomatinho
alho, sal, mostarda e mel a gosto e 2 limões
·          

Modo de fazer
 
·        Coloque a abóbora em uma panela grande, cubra com água e cozinhe por 30 minutos ou até ficar macia.
·        Corte uma tampa na parte superior da abóbora. Retire a polpa e as sementes, tomando cuidado para não furar a casca. Reserve.
·        Tempere o frango com o alho, sal, mostarda, mel e os dois limões espremidos
·        Em uma panela média cozinhe o frango até que esteja macio. Retire do fogo. Reserve.
·        Junte a ricota com a salsinha, mexa e coloque no fundo da abóbora.
·        Depois, acomode o frango por cima da ricota e o milho.
·        Decore com os tomatinhos - previamente salteados na frigideira com azeite de oliva - e as castanhas.
·        Sirva em seguida.


Dicas:
- Você pode gratinar a abóbora recheada no forno. Depois de montada, basta polvilhar queijo parmesão ralado e levar a abóbora ao forno preaquecido, por 15 minutos ou até gratinar.
- Aproveite as sementes e sirva como aperitivo: seque as sementes da abóbora, tempere com sal, coloque em uma assadeira e leve ao forno por 20 minutos. Sirva fria.


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