Pesquisar no Blog

quinta-feira, 19 de junho de 2025

Educação menstrual é educação básica

Mesmo em pleno século 21, falar de menstruação com crianças e adolescentes ainda causa desconforto em muitos adultos. As consequências são meninas chegando à puberdade sem saber o que está acontecendo com seus corpos, inseguras e despreparadas para lidar com um processo biológico previsível. 

Ignorar esse tema perpetua a desinformação e os problemas de saúde. Ciclos menstruais fazem parte do desenvolvimento feminino, e entendê-los é uma questão de educação básica, assim como ensinar sobre alimentação ou higiene. 

Há grande ausência de repertório positivo sobre menstruação no ambiente familiar e escolar. Por isso, histórias são ferramentas eficazes. Livros e narrativas simbólicas ajudam as crianças a compreender, sem medo ou vergonha, crescendo com mais segurança e menos dependência de informações distorcidas. 

O silêncio que ainda existe em torno da menstruação dificulta o desenvolvimento emocional e a saúde de quem um dia terá de lidar com isso. Falar sobre o corpo feminino com naturalidade fortalece a sociedade. 

A forma como as mulheres se relaciona com seus ciclos impacta diretamente sua autoestima e a maneira como se colocam no mundo. Relações negativas com a menstruação são reflexo de uma cultura que, durante séculos, invisibilizou o corpo feminino, inclusive na ciência. 

Por anos, os ciclos hormonais femininos foram ignorados em pesquisas médicas. Essa omissão consolidou a ideia de que o corpo masculino é o padrão e o corpo da mulher é uma exceção instável. Isso ainda influencia a forma como as mulheres são vistas, diagnosticadas e tratadas. 

O ciclo é uma característica biológica legítima e compreendê-lo é o primeiro passo para uma convivência mais justa. Abrir espaço para essa conversa na sociedade é urgente. Preparar as meninas para a menarca com consciência e acolhimento é também ensinar as próximas gerações a reconhecer o valor da mulher. Quando a infância aprende a respeitar o corpo feminino desde cedo, a sociedade inteira se torna mais capaz de construir vínculos mais saudáveis, mais justos e mais humanos.  

 

Berenice V.S. Meurer - fisioterapeuta pélvica especializada em sexualidade humana e autora do livro “O diário de Adelaine”, um conto inspirador sobre os ciclos femininos e as fases de vida da mulher. 


Produtos "sem lactose" podem agravar sintomas, alerta nutricionista

Especialista esclarece que a intolerância à lactose pode ser transitória e defende abordagem funcional para reverter o quadro 

 

O consumo de alimentos rotulados como “sem lactose” pode não ser a solução definitiva para quem apresenta desconforto digestivo após ingerir leite. Em alguns casos, esses produtos podem até agravar os sintomas. O alerta é da nutricionista, pesquisadora e CEO do Scanner da Saúde, Aline Quissak, que propõe uma investigação mais profunda das causas da intolerância e defende uma abordagem funcional individualizada. “Nem toda intolerância é permanente. Muitas vezes, o problema está no intestino, não no leite”, explica a especialista.

Estudos indicam que cerca de 70% da população adulta brasileira apresenta algum grau de dificuldade para digerir a lactose, açúcar presente no leite. Embora fatores genéticos influenciem essa capacidade — com destaque para variações nos genes MCM6 e LCT —, a predisposição não determina, necessariamente, uma condição definitiva. Segundo Aline, a intolerância pode ser provocada por inflamações intestinais, desequilíbrios da microbiota, dieta inadequada, estresse e uso prolongado de antibióticos. Nesses casos, os sintomas tendem a ser reversíveis com a recuperação da barreira intestinal e a reeducação alimentar.

A nutricionista também destaca que produtos “sem lactose” — feitos a partir do leite comum com adição da enzima lactase — podem conter proteínas desnaturadas e aditivos que irritam ainda mais uma mucosa intestinal já fragilizada. “Pacientes com o intestino inflamado muitas vezes não respondem bem a esses alimentos. E exames como o coprológico funcional podem revelar déficits digestivos que mimetizam a intolerância, como o da amilase fecal, enzima essencial para a digestão de carboidratos”, explica.

Hoje, existem estratégias para auxiliar na digestão da lactose e no reequilíbrio intestinal. Cepas probióticas específicas têm demonstrado eficácia. Essas bactérias ajudam a reduzir a inflamação, melhorar a digestão e modular a resposta imunológica local. “É possível reconstruir a tolerância ao leite. O foco deve estar na saúde intestinal, não apenas na exclusão alimentar. A saúde intestinal é regulada por uma microbiota diversa e funcional. Certas cepas probióticas têm a capacidade de degradar a lactose e modular a inflamação intestinal, favorecendo a tolerância alimentar”, reforça Aline.


As principais cepas com potencial terapêutico incluem: 

  • Lactobacillus rhamnosus GG – Reduz a permeabilidade intestinal e ajuda na regeneração da mucosa
  • Bifidobacterium longum – Melhora a digestão da lactose e reduz flatulência e distensão abdominal
  • Lactobacillus acidophilus – Produz lactase, favorecendo a quebra da lactose
  • Saccharomyces boulardii – Promove a recuperação pós-antibióticos e reduz inflamações

"Em vez de eliminar o leite para sempre, podemos reconstruir a tolerância a ele, começando pela recuperação da barreira intestinal", defende Aline.


Alternativas que cabem no bolso

Quando se fala em substituição, a especialista destaca que há sim alternativas mais seguras e acessíveis para os pacientes, como o uso de alimentos naturalmente pobres em lactose — como queijos maturados (meia cura, canastra, parmesão) e bebidas vegetais caseiras. “São opções mais nutritivas, com menos aditivos, mais baratas e que respeitam o momento intestinal do paciente”, afirma. Pensando nisso, Aline sugere uma receita simples e prática para o dia a dia: o leite de arroz.


Leite de arroz caseiro

  • Ingredientes:
  • 1 xícara de arroz cru
  • 7 xícaras de água para cozimento
  • 4 xícaras de água filtrada para bater


Modo de preparo: Cozinhe o arroz com as 7 xícaras de água por cerca de 10 minutos. Após o cozimento, leve ao liquidificador com a água filtrada e pulse cerca de oito vezes. Para enriquecer o preparo, é possível adicionar castanhas ou amêndoas. O leite pode ser armazenado por até três dias em jarra de vidro na geladeira.

Por fim, a especialista reforça novamente a importância da medicina de precisão e individualizada no tratamento de casos como a intolerância à lactose: “A solução não está apenas em trocar o leite. É essencial entender a origem da intolerância, buscar um diagnóstico adequado e adotar estratégias que promovam a saúde intestinal de forma integral.”

 

Scanner da Saúde
https://dralinequissak.com/home

 

O Inverno chegou: O que você está fazendo para proteger sua saúde contra o frio?

 

Divulgação
Com a queda das temperaturas, o corpo exige mais do que só cobertores: ele precisa do apoio de vitaminas e suplementos que fortaleçam o sistema imunológico e protejam contra as doenças comuns na nova estação 

O frio chegou devagarinho, e com ele as doenças típicas da estação ganham força. Nessa época, o corpo precisa de atenção redobrada para evitar o desgaste imunológico e o surgimento de infecções como gripes, resfriados e outras complicações que se intensificam com as baixas temperaturas.

Mas, será que só alimentação e descanso bastam?

“Durante o frio, o organismo consome mais energia para manter a temperatura corporal. É como se ele operasse em modo de sobrevivência constante. Por isso, é importante oferecer o suporte certo por meio de nutrientes que realmente fazem a diferença.”, explica Ana Beatriz Gaeta Yokoyama (CRN-3 23844), nutricionista da Endogen - healthtech especializada em produtos de nutrição clínica e de Cannabis medicinal.

É aí que entra o papel da suplementação inteligente. A ciência já mostrou que algumas vitaminas e minerais exercem funções essenciais nas defesas naturais do organismo. A vitamina C, por exemplo, ajuda a aumentar a produção de glóbulos brancos e combate os radicais livres que enfraquecem o sistema imune.

A vitamina D, conhecida como “a vitamina do sol”, torna-se ainda mais valiosa no inverno: ela ativa células de defesa e, com menos sol disponível, suplementá-la pode ser uma medida preventiva estratégica. Já o zinco, por sua vez, fortalece as barreiras imunológicas e combate inflamações silenciosas que se intensificam nos dias frios.

Como explica Ana Beatriz, a combinação desses nutrientes é uma forma de preparar o organismo para resistir melhor às oscilações da estação. “A imunidade é um sistema que precisa de cuidados contínuos. O ar seco, os ambientes fechados e até mesmo a redução no ritmo de exercícios formam o cenário ideal para que o corpo fique mais vulnerável. Suplementar com esses nutrientes ajuda a blindar o organismo, reduzindo o risco de infecções e melhorando o bem-estar geral”, destaca.

Para quem busca esse cuidado de forma prática, a Endogen oferece suplementos nutricionais que aliam ciência e tecnologia e facilitam o cuidado diário com a saúde. O Omega 3 TG Pure, por exemplo, reúne altas concentrações de EPA e DHA para cuidar da saúde cardiovascular, da mente e dos níveis de triglicerídeos, um suporte completo para o corpo funcionar bem mesmo quando o frio pede mais esforço.

Outro destaque é o Glutamine Pure 100%, que contém L-glutamina pura, nutriente essencial para a saúde intestinal, muscular e imunológica. Nem sempre lembrado, o intestino é um dos principais centros de defesa do corpo. “Por isso, mantê-lo íntegro é fundamental para reagir a vírus e bactérias com mais eficácia”, acrescenta.

Já o PEA Pure, à base de Palmitoiletanolamida, traz uma proposta moderna: reduzir inflamações, aliviar dores e apoiar o equilíbrio celular por meio da interação com o sistema endocanabinoide. É uma solução inovadora para quem sofre com desconfortos articulares e musculares que costumam se intensificar no inverno.

Ana Beatriz ainda complementou: “cuidar da saúde no frio vai muito além de vestir um bom casaco ou tomar uma sopa quente. É um gesto de autocuidado que pode transformar a estação mais desafiadora do ano em um período de mais saúde e vitalidade. Por isso, neste inverno, não espere os sintomas aparecerem para investir em prevenção e garantir mais equilíbrio de dentro para fora”, finaliza Ana.  


Endogen
www.endogen.com.br

Dia do Imigrante: Vacinação em dia é cuidado essencial de proteção e segurança em viagens internacionais

Especialistas da Dasa alertam sobre a importância de manter o calendário vacinal atualizado para garantir segurança e saúde coletivas nas viagens internacionais
 

 

No Dia do Imigrante, celebrado em 25 de junho, é fundamental reforçar a atenção para os cuidados essenciais ao cruzar fronteiras internacionais – e a vacinação é um dos pilares dessa preparação. “Manter o calendário vacinal em dia é essencial não apenas para a proteção individual, mas também para prevenir surtos e proteger comunidades inteiras”, afirma o Dr. André Bon, infectologista do Exame Medicina Diagnóstica, marca da Dasa no DF, líder de medicina diagnóstica no Brasil.

A Dra. Rosana Richtmann, consultora em vacinas da Dasa e infectologista do Delboni, marca da Dasa em SP, reforça: “A vacinação deve ser encarada como parte da bagagem de qualquer viajante. Muitos esquecem que, ao visitar outro país, também se expõem a agentes infecciosos que podem não circular no Brasil.”


Vacinas obrigatórias e recomendadas para viajantes

Ao planejar uma viagem internacional, é fundamental verificar se o país de destino exige o Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP) como requisito para entrada. Esse certificado comprova a imunização contra doenças específicas, sendo a vacina contra a febre amarela a mais comum entre as exigências. Países como Índia, Indonésia, Malásia e Tailândia, por exemplo, costumam solicitar esse comprovante para garantir a segurança sanitária em suas fronteiras.

Vale destacar que a lista de países e as vacinas obrigatórias podem variar conforme as políticas de saúde pública e as atualizações sanitárias de cada região. Por isso, incluir a consulta às fontes oficiais do país de destino — como embaixadas, consulados e órgãos de saúde — no planejamento da viagem é essencial para evitar contratempos na imigração e garantir uma experiência segura.

Além de proteger o viajante individualmente, manter a vacinação em dia e portar o CIVP contribui para a prevenção de surtos e a proteção das comunidades locais, alinhando-se às recomendações do Regulamento Sanitário Internacional da OMS. A ausência do certificado pode resultar na recusa de entrada no país, mesmo que o viajante esteja com o passaporte e visto em ordem.

Há também vacinas recomendadas que, embora não sejam obrigatórias, são importantes aliadas do bem-estar do viajante internacional e orientadas em consulta médica. Veja algumas delas:

  • Influenza – recomendada para viajantes de todas as idades, especialmente quando o deslocamento é para regiões de clima frio ou em épocas de surto gripal. A gripe pode provocar febre alta, dores no corpo e evoluir para complicações respiratórias. No caso de pessoas com mais de 60 anos, está recomendada a vacina Efluelda, com concentração de antígenos superior à do imunizante indicado para os demais grupos da população.
  • Pneumocócica – indicada principalmente para idosos e pessoas com doenças crônicas, essa vacina previne pneumonia, meningite e infecções graves.
  • HPV – protege contra diversos tipos de câncer (colo do útero, garganta, ânus, entre outros) e verrugas genitais. Idealmente aplicada antes do início da vida sexual, mas também recomendada para adultos que ainda não foram imunizados.
  • Herpes Zoster – indicada para pessoas acima dos 50 anos, previne o surgimento do chamado "cobreiro", que pode causar dor intensa e prolongada.
  • Hepatite A – protege contra o vírus da hepatite A, transmitido por água e alimentos contaminados.
  • Tríplice viral – protege contra sarampo, caxumba e rubéola. Diversos países do mundo estão vivendo surtos de sarampo e estar protegido contra este vírus altamente transmissível é importante para evitar o adoecimento e a reemergência do vírus no Brasil;
  • Meningocócica – previne a meningite meningocócica. Viajantes para regiões como o cinturão de meningite na África precisam desta vacina. Além disso, imigrantes que irão se hospedar em dormitórios em ambientes fechados e grandes aglomerações podem se beneficiar da vacinação.
  • Vacina contra raiva – raiva é uma doença 100% letal, transmitida pela arranhadura ou mordedura de mamíferos infectados. Viajantes que se deslocam para áreas remotas, com contato direto com animais, devem ser vacinados com esquema pré-exposição de raiva, facilitando o manejo após acidentes de risco, com necessidade apenas de reforço da vacina após mordedura ou arranhadura.
  • Febre tifoide – protege contra infecções por Salmonella typhi, transmitida através de água e alimentos contaminados e causadora de doenças como diarreia até formas graves de infecção do sangue.
  • Vacina contra dengue – protege viajantes que se deslocam para áreas endêmicas com transmissão do vírus, como alguns países da África, América do Sul e Ásia.


Riscos de não se vacinar

Ignorar essas vacinas pode colocar em risco não apenas o viajante, mas também a população local do destino. Estar adequadamente vacinado protege o país de destino da reintrodução de doenças como sarampo e poliomielite. Já a falta de vacinação contra a gripe ou a pneumonia, pode levar a hospitalizações em plena viagem e a infecção por HPV ou herpes zoster pode comprometer seriamente a qualidade de vida, mesmo sem sintomas imediatos.

“O viajante prevenido consegue aproveitar a jornada com mais segurança e tranquilidade. Além disso, estar com a vacinação em dia pode evitar problemas na imigração ou até mesmo a recusa de entrada no país de destino”, reforça o Dr. Bon.


Planejamento é tudo

Para viajar com segurança, o ideal é buscar informações com antecedência em fontes confiáveis, como o site da Anvisa ou do Ministério da Saúde, e consultar um profissional de saúde. Alguns imunizantes exigem mais de uma dose ou um período de carência para surtir efeito.

 

Envelhecer sem amadurecer

O Brasil atravessa uma inflexão histórica em sua estrutura demográfica. Em 2023, o país contabilizou 2,5 milhões de nascimentos — o menor número desde 1976, conforme os dados compilados pelo IBGE. Trata-se do quinto ano consecutivo de queda. O total de registros ficou 12% abaixo da média de 2015 a 2019, ano imediatamente anterior ao do início da pandemia. Mais do que os números em si, porém, o que importa é o que eles indicam: o encerramento de um ciclo histórico e o início de uma nova era para a sociedade brasileira.

Nas últimas décadas, o país vivenciou uma janela de oportunidade rara: o bônus demográfico — quando a parcela da população em idade ativa supera a de crianças e aposentados. Essa estrutura populacional favoreceu a expansão da renda, a redução da pobreza e o crescimento do consumo. Era um período em que havia mais gente produzindo do que dependendo, gerando excedentes de trabalho, arrecadação e dinamismo econômico.

Essa janela, no entanto, está se fechando — e, de forma preocupante, sem que o país tenha aproveitado plenamente seu potencial. O Brasil vai chegar ao fim do bônus demográfico ainda marcado por graves deficiências em educação, produtividade e equidade social. A fecundidade média caiu para 1,57 filho por mulher, abaixo do nível de reposição populacional, e o envelhecimento da população se tornou uma tendência irreversível. Em outras palavras, o país está ficando mais velho antes de ter ficado rico — ou mesmo de ter garantido uma base educacional sólida à sua população.

As causas da queda na natalidade são conhecidas: maior escolarização feminina, urbanização acelerada, instabilidade econômica, dificuldade de conciliar trabalho e família, precariedade habitacional, entre outras. A pandemia, com seus efeitos sanitários, psicológicos e sociais, também ampliou a incerteza sobre o futuro, tornando a decisão de ter filhos ainda mais difícil para muitos.

A queda da natalidade, entretanto, não é um problema em si. Muitas vezes, ela expressa fatos importantes: maior autonomia das mulheres, liberdade de escolha, novas aspirações de vida. O problema está na desconexão entre essa nova realidade demográfica e o desenho institucional do país. Seguimos operando com estruturas pensadas para um Brasil jovem — um sistema previdenciário que supõe uma base ampla de contribuintes; uma rede urbana pouco preparada para a população idosa; um mercado de trabalho que marginaliza e desampara os mais velhos.

Diante desse novo cenário, o país precisará fazer escolhas de longo prazo. O envelhecimento populacional impõe uma agenda de Estado: reformar a Previdência de forma sustentável, adaptar o sistema de saúde ao cuidado contínuo, repensar o papel dos idosos como força produtiva, e criar políticas eficazes de requalificação profissional. Será preciso valorizar a longevidade como ativo social e econômico — e não como fardo.

As disparidades regionais acrescentam mais uma camada de complexidade. Enquanto o Norte ainda apresenta taxas de nascimento mais altas (1,83 filhos por mulher em 2023), o Sudeste, Sul e Nordeste já se alinham aos padrões de países desenvolvidos. Essa heterogeneidade demanda políticas federativas sensíveis às realidades locais, sob pena de acentuar as desigualdades já existentes entre regiões mais envelhecidas e mais jovens.

O período de bônus demográfico deveria ter sido o início de uma nova etapa de amadurecimento econômico e social. Mas, em vez de consolidar avanços em produtividade, educação e equidade, o Brasil parece estar atravessando esse período com um gosto de chance perdida. Agora, o desafio é transformar esse cenário em impulso para uma reformulação profunda do projeto de país. Trata-se, em última instância, de responder a uma pergunta decisiva: que sociedade queremos construir à medida que envelhecemos?

O tempo é lento, mas implacável. Ele cobra com atraso, mas com juros altos. Ainda há margem para agir — desde que se abandonem soluções improvisadas e se invista, com coragem e visão de futuro, em um modelo de desenvolvimento inclusivo, sustentável e compatível com o Brasil que envelhece.

 

Dimas Ramalho - conselheiro-corregedor do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.

 

A arte faz política


O escritor austríaco Hugo von Hofmannsthal dizia que nada aparece na política de um país sem ter antes aparecido na sua literatura. Não é que a literatura crie a realidade política; é que a linguagem poética, na medida em que seja uma síntese artística do real, torna comunicável experiências humanas que, antes, passavam despercebidas para o conjunto da sociedade. E a política só pode operar em cima dessas experiências que fazem parte do imaginário comum. Ou, de outro modo: é preciso primeiro que as pessoas sejam capazes de imaginar e verbalizar os problemas para só então se engajarem em solucioná-los.

Euclides da Cunha escreveu Os Sertões para nos dar a conhecer nossos irmãos sertanejos, aqueles fortes embrutecidos pela aridez do ambiente e a ambição dos senhores. Depois dele, pintaram também a vida nesses rincões a Rachel de Queiroz, o Graciliano Ramos, o José Lins do Rêgo e outros. De posse dessa galeria de imagens, fica-nos impossível ignorar os dramas e agruras daquele povo — dos que retiram e dos que ficam.

O abolicionismo, por exemplo. A causa ganhou vulto, sim, por causa da prosa inflamada de um José do Patrocínio, ou da temperada de um Joaquim Nabuco, mas principalmente pela poesia inescapável de um Castro Alves.

Daí que também por vias literárias é que se deva registrar e divulgar o fracasso sistemático da organização social brasileira no pós-abolição. Foi isso o que fez, por exemplo, Carolina Maria de Jesus. Preta, favelada e semi-analfabeta, ela revelou, com sua arte, as condições de miséria — física e moral — em que viviam os descendentes dos alforriados nas periferias da maior cidade do país. Aliás, Audálio Dantas, jornalista que descobriu a escritora e fez a edição dos seus diários, dando-lhes forma de livro (Quarto de Despejo), conta que a publicação da obra, um absoluto sucesso de vendas, suscitou debates entre políticos e técnicos, e que levou à formação de iniciativas como o Movimento Universitário de Desfavelamento (MUD). Como dizia Hofmannsthal: dos livros para a política.

No caso das favelas brasileiras, ainda há muito que se falar. Tivemos nas últimas décadas registros artísticos importantes, como os filmes Cidade de Deus e Tropa de Elite e os álbuns dos Racionais MC’s. Mas ainda carece, esse tema, de boa literatura. E literatura que não seja exatamente de protesto. Porque a linguagem poética é menos eficaz quando transmutada em deslavada retórica política. Não que a retórica política não tenha o seu lugar — citamos Patrocínio e Nabuco; é só uma questão de hierarquia.

Daí que a literatura social, que se objetive a falar da vida difícil daqueles que vivem nas periferias, deva ser não uma central de denúncias — como não raro se faz —, mas um mosaico sincero e realista, com cenas, sim, de violência, de abandono e de miséria, mas também de ternura, de heroísmo, de sabedoria e de esperança.

  

Fábio Gonçalves - professor de linguagens e autor de livros como “Um Milagre em Paraisópolis” (2020), “Um Retrato do Doente e outros contos de Morte e Solidão” e “Uma negra comédia”

 

EUA retomam emissão de vistos para estudantes estrangeiros e passam a exigir acesso às redes sociais

 

Candidatos que mantiverem perfis fechados poderão ter o visto negado. R3 Viagens orienta estudantes brasileiros sobre como se preparar para as novas exigências. 

 

O governo dos Estados Unidos anunciou, em 18 de junho de 2025, a retomada da emissão de vistos para estudantes estrangeiros, após suspensão temporária iniciada no mês anterior. A principal novidade é a exigência de que os candidatos mantenham suas contas de redes sociais públicas durante o processo. A recusa em permitir a análise pode levar ao indeferimento do pedido, mesmo com a documentação tradicionalmente exigida em ordem.

A decisão foi comunicada pelo Departamento de Estado norte-americano e já está em vigor para todos os vistos das categorias F, M e J. De acordo com o comunicado, a triagem digital passa a ser parte oficial do processo consular, e as redes sociais serão analisadas em busca de conteúdos que possam representar risco à segurança nacional, ideologia hostil aos Estados Unidos ou tentativa de ocultação de informações.

“Essa mudança representa um novo desafio para quem pretende estudar nos EUA. A gestão da identidade digital se torna agora parte do processo de visto. Por isso, é fundamental que os estudantes estejam bem orientados desde o início”, afirma Wilson Silva, diretor de marketing e tecnologia da R3 Viagens, agência especializada em viagens corporativas e acadêmicas internacionais.

Embora a R3 Viagens não atue diretamente na emissão de vistos, a agência oferece suporte completo na organização de viagens educacionais, incluindo cronograma ideal para entrevistas consulares, documentação exigida, passagens, hospedagem, seguro internacional e checklist de preparação.


Prioridade de agendamentos e prazos

Com a reabertura, os consulados darão prioridade a programas de intercâmbio e cursos vinculados a instituições com menor proporção de estudantes estrangeiros. Os tempos de espera para agendamento variam conforme a localidade, podendo chegar a até 60 dias em épocas de alta demanda.

Após a entrevista, o pedido pode ser aprovado de forma direta ou encaminhado para “processamento administrativo”, etapa que envolve análise complementar e pode durar até 90 dias. Esse tempo adicional costuma ser aplicado quando há necessidade de conferência mais aprofundada do histórico digital ou da documentação do solicitante.


Custos envolvidos no processo

A solicitação de visto para os Estados Unidos envolve diferentes taxas:

  • Formulário DS-160: entre US$ 160 e US$ 185, dependendo da categoria.
  • SEVIS (Sistema de Informações de Estudantes e Visitantes de Intercâmbio):
    • Categoria F/M: US$ 350
    • Categoria J: US$ 220

Além dessas taxas oficiais, é comum que estudantes tenham gastos adicionais com emissão de documentos, fotos, tradução juramentada, apostilamento, envio de comprovantes e deslocamentos para os consulados.


Documentação essencial para o visto de estudante

  • Formulário DS-160 preenchido online
  • Formulário I-20 (para F e M) ou DS-2019 (para J), emitido pela instituição de ensino
  • Comprovante de pagamento da taxa SEVIS
  • Comprovação de vínculo com o Brasil (documentos escolares, trabalho ou família)
  • Prova de capacidade financeira
  • Comprovante de matrícula ou aceite da instituição americana
  • Redes sociais com perfis abertos e sem restrição de visualização


Orientação especializada é essencial

A nova exigência de análise de redes sociais acentua a importância do planejamento prévio. Estudantes devem revisar seus perfis e garantir que não haja publicações que possam ser mal interpretadas ou consideradas problemáticas pelas autoridades consulares. Com mais de 10 anos no mercado, a R3 Viagens se destaca como a melhor agência de viagens corporativas em São Paulo, também atuando na organização logística de viagens educacionais com alto padrão de atendimento.


Atenção aos valores

Os valores das taxas podem sofrer reajustes sem aviso prévio. É fundamental que os candidatos reconfirmem os valores atualizados nos canais oficiais, como o site da Embaixada dos Estados Unidos ou o sistema SEVIS.

 

R3 Viagens
www.r3viagens.com.br


Saúde psicossocial no centro das atenções: especialista orienta empresas sobre exigências da NR-1

Envato
Nova norma trabalhista obriga que riscos à saúde mental sejam tratados com a mesma seriedade que os físicos e químicos. Especialista alerta que empresas têm até 2026 para se adaptar, mas o momento de agir é agora

 

Até pouco tempo, o cuidado com o bem-estar psicológico no ambiente corporativo era visto como um gesto de empatia ou parte de programas voluntários. Agora, torna-se exigência legal. A partir de 2026, organizações de todos os portes e setores terão a responsabilidade de mapear, diagnosticar e intervir em fatores psicossociais — como assédio moral, estresse, sobrecarga e conflitos interpessoais — dentro do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), que já contempla aspectos físicos, químicos e ergonômicos.

A mudança ocorre após um crescimento expressivo nos afastamentos por transtornos emocionais. Só em 2024, o número de licenças por ansiedade e depressão aumentou 67% em relação ao ano anterior, totalizando 472,3 mil casos, segundo o INSS. “Estamos falando de uma responsabilidade agora reconhecida legalmente: o cuidado emocional também é uma questão de segurança no trabalho. Não se trata mais de uma ação opcional de bem-estar, mas de algo que precisa ser planejado, monitorado e documentado”, afirma a especialista em gestão de pessoas da Senior Sistemas, Jéssica Ariane Bartosewiz.


Por que a saúde mental virou pauta obrigatória — e estratégica

O reconhecimento da saúde emocional como risco ocupacional foi acelerado pela pandemia e consolidado por dados globais alarmantes. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 301 milhões de pessoas vivem com transtornos de ansiedade e 280 milhões com depressão em todo o mundo. Somados, esses problemas são responsáveis pela perda de mais de 12 bilhões de dias de trabalho por ano, segundo relatório elaborado em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Esses números escancaram o impacto da negligência emocional no cotidiano corporativo — tanto na qualidade de vida das equipes quanto nos resultados operacionais.

“Essa mudança de paradigma é inevitável. O sofrimento psíquico passou a ser tratado como fator de risco porque seus efeitos deixaram de ser invisíveis — hoje, são mensuráveis, registrados e causam prejuízos reais. O que antes era tratado apenas no RH agora integra as agendas de segurança, compliance e estratégia”, afirma o Product Owner da solução de Saúde e Segurança do Trabalho da Senior Sistemas, Roger Wetzel.

Essa também é uma demanda clara das novas gerações, que vêm redefinindo os critérios de escolha por ambientes de trabalho. Para elas, saúde mental, equilíbrio de vida e bem-estar são prioridades — o que exige das empresas uma transformação cultural alinhada ao futuro do trabalho e à convivência intergeracional nas equipes.


Ouvir antes de adoecer: como identificar sinais e agir preventivamente

Cumprir a nova regra começa pela criação de canais de escuta ativa, estruturada e sigilosa — deixando de lado abordagens genéricas e pontuais. “As companhias precisam entender que existem formas técnicas de identificar os pontos de atenção antes que os problemas se instalem. Não basta reconhecer que há estresse — é necessário mensurar, localizar e tomar decisões baseadas em evidências”, explica Jéssica Ariane.

Ela destaca que o prazo até 2026 não deve ser visto como licença para adiar mudanças: “Este é o momento ideal para estruturar processos internos, preparar as lideranças e estabelecer fluxos de escuta e acompanhamento. Quem se antecipar estará em vantagem.”

Campanhas educativas, capacitação gerencial, protocolos de acolhimento, medidas contra assédio e integração com benefícios voltados à saúde emocional são caminhos eficazes para criar ambientes mais seguros e produtivos — além de evitar prejuízos legais, financeiros e humanos.


Estruturar processos não é custo, é investimento

Mais do que boa vontade, a norma exige método. Será necessário registrar os riscos psicossociais no GRO (Gerenciamento de Riscos Ocupacionais), planejar ações com base em indicadores e comprovar o que foi implementado. A recomendação é adotar um Programa de Gerenciamento de Riscos Psicossociais, articulado às demais iniciativas de saúde e segurança.

“Não adianta aplicar uma pesquisa isolada e arquivar os resultados. É preciso transformar isso em rotina, com diagnósticos constantes e planos de ação efetivos. O foco é a prevenção — e prevenir custa menos do que remediar”, reforça Jéssica Ariane.

O Ministério do Trabalho deve lançar, ainda este ano, um manual técnico para orientar esse processo de adaptação. A fiscalização poderá ocorrer com base na legislação já em vigor, mesmo durante o período educativo. Por isso, ignorar o tema é um risco que nenhuma organização pode correr.


Tecnologia e gestão como aliadas da mudança

Apesar da complexidade envolvida, a implementação pode ser facilitada com apoio especializado e uso de ferramentas digitais. “Nosso objetivo é apoiar tanto a organização quanto os profissionais. As soluções da Senior permitem realizar diagnósticos, estruturar indicadores, acompanhar o clima, cruzar informações de afastamentos e gerar planos de ação consistentes. Tudo com sigilo, segurança e alinhamento às exigências legais”, explica.

Para Roger, o ponto central é não tratar a nova regra como mera formalidade: “Mais do que uma obrigação legal, trata-se de uma oportunidade de transformar o ambiente organizacional. Empresas que colocam as pessoas no centro colhem mais engajamento, melhor desempenho — e menos passivos jurídicos.”

Ele reforça: “Quem se prepara desde já para identificar os riscos, implementar escuta ativa e integrar dados de bem-estar e produtividade terá vantagem competitiva. Cuidar da saúde emocional é cuidar da sustentabilidade dos negócios.”

 

Senior Sistemas
www.senior.com.br


Reforma Tributária e Simples Nacional: o que muda para as microempresas

Reforma Tributária e Simples Nacional:
o que muda para as microempresas

Banco de imagens
Nova legislação altera rotinas fiscais e pode mudar decisões estratégicas no regime do Simples Nacional

 

A criação de um modelo híbrido dentro do Simples Nacional, previsto na Reforma Tributária aprovada pela Lei Complementar 214/25, poderá exigir que micro e pequenas empresas reavaliem seu planejamento tributário com apoio técnico dos contadores.

 O novo modelo inclui a possibilidade de recolhimento “por fora” de tributos como CBS e IBS, criando obrigações distintas e novas exigências operacionais.

 A Reforma Tributária aprovada em 2023 e regulamentada pela Lei Complementar nº 214/25 propõe uma reestruturação ampla do sistema de arrecadação de tributos no Brasil. Embora o Simples Nacional permaneça vigente, micro e pequenas empresas devem estar atentas às mudanças estruturais e operacionais do regime, principalmente aquelas ligadas à introdução do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), que substituem ICMS, ISS, IPI, PIS e Cofins.

Segundo Fernando José, head de operações da Agilize Contabilidade, o principal ponto de atenção está na escolha entre manter o recolhimento “por dentro” — no modelo atual do Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS) — ou optar pelo regime “por fora”, no qual os tributos são pagos separadamente e permitem o aproveitamento de créditos tributários.

“Essa decisão não pode ser tomada sem análise. A empresa que presta serviço para outras pessoas jurídicas pode se beneficiar do recolhimento por fora, gerando crédito tributário para seus clientes. Já para quem atende majoritariamente pessoas físicas, o modelo atual tende a ser mais vantajoso”, explica o especialista.

Além da nova sistemática, os contadores terão papel estratégico na adequação de sistemas e no planejamento fiscal das empresas. Isso inclui a revisão das rotinas de emissão de notas fiscais, especialmente para garantir conformidade com as exigências de documentação fiscal que habilitam a transferência de créditos entre empresas.

Outro desafio apontado por Fernando José é o impacto no fluxo de caixa. Com a possibilidade de cobrança de impostos seletivos — como nos setores de bebidas, tabaco e combustíveis —, as microempresas podem precisar ajustar sua precificação e revisar contratos com fornecedores afetados por essa tributação adicional.

“A reforma não aumenta a alíquota do Simples Nacional, mas impõe novas obrigações que podem dificultar o controle financeiro. Por isso, os empresários precisam cobrar de seus contadores um diagnóstico completo sobre os efeitos da mudança no seu modelo de negócio”, afirma.

Com a transição entre os modelos prevista até 2032, as empresas devem se preparar com antecedência. Segundo dados da Receita Federal, o Simples Nacional reúne atualmente mais de 20 milhões de CNPJs ativos. Esse contingente é responsável por aproximadamente 70% dos empregos formais no país.

Diante desse cenário, Fernando José defende que a reforma, apesar de trazer oportunidades de simplificação, também exige um alto grau de adaptação. 

“As mudanças podem ser positivas, mas só serão efetivas se os empresários compreenderem seu impacto e se prepararem para adotar novos controles, com apoio técnico especializado”, conclui.

 

Observação: As informações acima estão baseadas na legislação vigente até junho de 2025, podendo ser ajustadas conforme novas regulamentações da Reforma Tributária forem publicadas.


05 dicas de como garantir o primeiro emprego ainda neste mês de Junho

As férias são um momento estratégico
 para formação profissional
 Envato
Região Sudeste do Brasil lidera na formação de empregos no primeiro semestre de 2025

 

Com a chegada das férias escolares de julho, surge uma excelente oportunidade para quem quer dar um passo importante rumo ao mercado de trabalho. O segundo semestre de 2025 promete aquecimento em áreas estratégicas da economia, como tecnologia, comércio, serviços e beleza, especialmente em posições que demandam capacitação rápida. Para quem busca o primeiro emprego, o momento é ideal para se qualificar e chegar preparado às oportunidades que devem surgir até o final do ano. 

No primeiro trimestre de 2025, todas as cinco regiões do Brasil apresentaram saldos positivos de emprego com carteira assinada, com destaque para o Sudeste. Em março, o Sudeste acumulou 48 mil novas vagas, liderando entre as regiões. Esse desempenho é reforçado pelos seus principais estados: São Paulo responde por 209,6 mil dos postos formais criados no trimestre; Minas Gerais, por 75,9 mil ; enquanto Espírito Santo e Rio de Janeiro, embora menos expressivos, ainda contribuíram com 8,6 mil e cerca de 9,5 mil respectivamente. 

Em comparação com as outras regiões, como a Sul (24,5 mil em março), o Sudeste não só gerou um número absoluto maior de vagas, mas manteve um ritmo consistente de expansão ao longo dos três primeiros meses do ano, reforçando seu papel central na dinâmica do mercado de trabalho brasileiro. 

“As férias são um momento estratégico para formação profissional. Quem se dedica agora chega melhor em agosto para os processos seletivos. Qualificações em vendas, informática e beleza aumentam consideravelmente as chances de contratação. Investir em qualificação durante as férias escolares é a chave do sucesso”, segundo Lissandro Falkowiski, Gerente de Educação do CEBRAC. 

Com base nas tendências de mercado e na análise do CEBRAC, quatro áreas se destacam como promissoras para o segundo semestre de 2025. O setor de vendas tende a crescer com a proximidade de datas como a Black Friday e o Natal, e o curso de Vendas do CEBRAC prepara os alunos com técnicas de negociação, abordagem ao cliente e atendimento, fundamentais para conquistar uma vaga. Já a área administrativa permanece aquecida e o curso de Auxiliar Administrativo oferece conhecimentos sobre rotinas de escritório, organização, comunicação e atendimento, habilidades muito procuradas por empresas de diferentes segmentos. 

“A transformação digital também impulsiona a busca por profissionais com conhecimentos em informática. O curso de Informática do CEBRAC aborda o Pacote Office, segurança digital e navegação eficiente na internet, competências básicas exigidas por muitos empregadores. Já o setor de beleza e bem-estar continua em expansão, com crescente demanda por profissionais capacitados”, finaliza o Gerente. 

Pensando nisso, Lissandro Falkowiski lista dicas que fazem a diferença para a conquista do primeiro emprego:

  1. Currículo atrativo: inclua os cursos realizados, sejam presenciais ou online, e liste habilidades adquiridas;
     
  2. Experiência prática: estágios, voluntariado ou projetos nas férias enriquecem o currículo e demonstram iniciativa;
     
  3. Perfil profissional: pontualidade, responsabilidade e boa comunicação emocional são fundamentais no trabalho;
     
  4. Rede profissional ativa: mantenha perfis atualizados no LinkedIn e participe de eventos para aumentar a visibilidade.

Durante as férias, o tempo livre e a ausência de pressões escolares permitem que o jovem se dedique com mais foco ao desenvolvimento de novas habilidades. Além disso, diversos cursos oferecem turmas intensivas neste período, permitindo uma formação rápida e direcionada. Ao final das férias, os alunos já estão prontos para concorrer às vagas que surgem no segundo semestre, um diferencial competitivo importante, principalmente para quem está em busca do primeiro emprego e ainda precisa construir sua experiência profissional.

 

CEBRAC

 

Posts mais acessados