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quarta-feira, 9 de setembro de 2020

Décimo terceiro 2020. Bom pra Crédito dá dicas de como se organizar para aproveitar melhor o seu.

Com planejamento e controle, é possível usar o dinheiro para pagar dívidas, criar uma reserva de emergência e terminar o ano sem sufoco


O ano de 2020 não economizou nas surpresas e vai ficar para a história. Quem diria que iríamos passar por tantos desafios e preocupações em pouco tempo? A pandemia mudou completamente nossa vida em vários aspectos.

Ela nos fez repensar sobre nossa relação com o trabalho e, principalmente, com o dinheiro. E, por falar em dinheiro, você já sabe o que fará com seu décimo terceiro de 2020? Confira as dicas que selecionamos para que ele seja mais bem aproveitado.


Quem tem direito a receber o décimo-terceiro de 2020?

De acordo com a Lei nº 4.090, de 13 de julho de 1962, poderá receber o décimo terceiro em 2020 quem tem carteira assinada. A gratificação corresponde a 1/12 da remuneração devida em dezembro, por mês de serviço, do ano correspondente.

Em outras palavras, basta pegar seu salário do mês de dezembro de dividir por 12. Depois, você deve multiplicar o valor pela quantidade de meses que trabalhou em 2020. 

Quem foi demitido também receberá a bonificação. Nesse caso, o décimo terceiro é proporcional a quantidade de meses trabalhados em 2020. Se a demissão ocorreu em julho, por exemplo, a pessoa receberá 7/12 do valor.


Use o décimo terceiro de 2020 para pagar dívidas

Para muita gente, o décimo terceiro está associado a férias, diversão e realização de sonhos. Depois de um ano inteiro trabalhando, há quem queira investir o dinheiro em um celular novo ou naquela viagem de fim de ano.

Mas, como já dissemos no início deste artigo, o coronavírus veio para mudar muitos planos.  De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) 67,4% dos brasileiros estão endividados por conta da pandemia.

Se você faz parte desse grupo, o ideal é usar o décimo terceiro para quitar dívidas e evitar a temida bola de neve. Lembre-se de negociar o saldo devedor. Não tenha vergonha de pedir desconto para pagamento à vista, por exemplo.

Caso o dinheiro não seja o bastante para pagar tudo o que você deve, proponha o parcelamento da dívida. Você pode usar o décimo terceiro para dar de entrada e dividir o restante em prestações menores.


Crie uma reserva de emergência

Economizar é preciso. Essa é uma das grandes lições que a pandemia trouxe. Se você não tem o hábito de guardar dinheiro, pode começar assim que receber o décimo terceiro de 2020.

Quem não tem dívidas a serem quitadas pode criar um fundo de emergências com parte do valor recebido. O recomendado é que o valor seja equivalente a 6 meses de despesas. Então, se você gasta 2 mil reais por mês, deverá acumular 12 mil reais para imprevistos.

Um dos títulos mais indicados para reserva e emergência é o Tesouro SELIC. Ele é mais seguro do que a poupança e ainda rende mais. Você pode resgatar o dinheiro sempre que quiser e a quantia entra na conta 1 dia útil após a solicitação.

Outra maneira de criar uma reserva de emergência é usando o CDB com liquidez diária. Esse título permite o resgate do dinheiro mesmo antes do prazo definido. Geralmente, os CDBs com liquidez diária são pós-fixados e conta com rentabilidades atrativas. Nestes casos, o empréstimo pessoal pode ser uma alternativa, também.


Guarde para pagar as contas no início de 2021

As principais despesas do ano costumam se concentrar nos primeiros meses. Para não passar por sufoco em 2021, guarde parte do décimo terceiro de 2020 para pagar matrícula, material escolar, IPTU e IPVA.

O pagamento desses gastos vai ajudar no controle das finanças no restante do ano. O melhor de tudo é que, com essa simples, atitude, você ficará longe de dívidas e não comprometerá seu salário do ano que vem para quitá-las.


Use 20% do décimo terceiro para compras de fim de ano

O décimo terceiro de 2020 não precisa ser usado apenas para pagar dívidas e contas. Nada te impede de comprar presentes para quem você gosta e usar parte do dinheiro para gastar com você.

O mais importante é fazer cada compra depois de planejar bastante. Tome cuidado para não comprometer seu orçamento com todos os atrativos de final de ano. Reserve, por exemplo, 20% da gratificação para esses gastos.

Se o décimo terceiro for de 2 mil reais, use até 400 reais desse montante para gastar com presentes. Com criatividade e pechincha, esse dinheiro pode render muitos mimos incríveis para amigos e familiares.

 

Cinco dicas para melhorar o endomarketing da sua empresa


Em meio ao cenário de incertezas que o mundo está vivendo em meio à pandemia e ao cenário econômico, as empresas enfrentam ainda o desafio de mais do que motivar seus colaboradores, conseguir engajá-los. Afinal, todos buscam profissionais comprometidos com resultados, mas muitas empresas não se atentam ao papel e importância do endomarketing para ajudar nesse objetivo.

Segundo Rodrigo Bonissato, o diretor da Intramark, agência especializada em endomarketing e eventos, as ações de marketing interno devem ter como meta proporcionar um ambiente em que os profissionais possam produzir mais e melhor.  Para isso, ele enumera cinco dicas de como otimizar as ações internas de uma empresa.


1-      Tenha o colaborador como foco

Endomarketing é o marketing direcionado ao público interno da empresa tem como objetivo central focar nas pessoas para gerar resultados. Ao trabalhar o marketing interno você está trabalhando a evolução de seus funcionários, que são os principais responsáveis pelo sucesso da empresa e precisam ser os primeiros a entender toda a sua atuação.


2-      Trabalhe o endomarketing em várias frentes

Existem diversas formas de se fazer endomarketing e o ideal é utilizar mais de uma delas, trabalhando em várias frentes. Por exemplo, realizando ações com a finalidade de promover a interação do funcionário juntamente com a empresa, criando métodos motivacionais, eventos, treinamentos, premiações que mostram valorização do profissional, não apenas ao atingir metas, mas por comemorar mais um ano de empresa, por exemplo.


3-      Alinhe suas ações com o propósito da empresa

O Endomarketing é feito para aumentar índices de produtividade, níveis de qualidade e alinhar o pensamento das pessoas à estratégia da empresa. Por isso, as ações precisam estar alinhadas sob a mesma cultura e objetivos. De uma maneira clara, a empresa precisa viver o que prega, pois, discursos vazios, sem aplicação prática, são percebidos pelos colaboradores e isso que faz toda a diferença no dia a dia.


4-      Implante as ações de acordo com as necessidades da empresa

Para saber a melhor abordagem o ideal é uma pesquisa com o time de RH da empresa e os funcionários solicitando feedbacks anônimos sobre a empresa e ambiente de trabalho, identificando as fraquezas fica mais fácil planejar uma ação personalizada para aquele ponto de melhoria, ressaltando que o endomarketing é um processo contínuo e não pontual, deve ser constantemente engajado com o público.


5-      Mensure os resultados

Toda empresa que tem como objetivo otimizar seus resultados e aumentar a produtividade estabelece metas a serem atingidas e mensura seus resultados. No endomarketing isso pode ser feito por meio de comparações de desempenho antes e depois do engajamento de endomarketing, além de pesquisas de feedback dos funcionários em relação à empresa.

Os resultados destas ações se traduzem em um bom clima organizacional, perspectivas de carreira e identificação pessoal com a empresa e seu propósito, a motivação surge naturalmente. Os colaboradores ficam mais felizes e realizados e dão o melhor de si para crescer junto com a organização. O resultado disso é o aumento na produtividade das equipes. Consequentemente, isso também gera uma melhora nos serviços e no atendimento aos clientes. Todos saem ganhando com essas ações: empresas, funcionários e clientes.


Em um ano, brasileiros quase triplicam o uso de pagamentos via dispositivos móveis, afirma Minsait Payments

Relatório anual de meios de pagamento mostra que há vasto espaço para crescer no Brasil: atualmente, 21% dos brasileiros declara ter usado os chamados pagamentos móveis pelo menos uma vez por mês, percentual que era de 8% no ano passado


Os brasileiros estão cada vez mais próximos do ambiente digital. Com a pandemia, ficou ainda mais fácil ver a importância que a internet tem na vida de todos –seja para entretenimento, fazer compras ou trabalhar, o fato é que seu uso ganhou proporções ainda maiores com o isolamento social. Mas, mesmo antes desse período tão intenso, o ambiente digital já era visto com cada vez mais adesão pelos brasileiros para uma atividade de suma importância: a de realizar pagamentos.

De acordo com a Minsait Payments, a filial de meios de pagamento da Minsait (uma empresa Indra), os brasileiros triplicaram o uso de pagamentos via dispositivos móveis em um ano: em 2018, apenas 8% dos consumidores declararam ter usado esse meio de pagamento no último mês, porcentual que subiu para 21% em 2019, superando até mesmo países como o Reino Unido.

As conclusões fazem parte do IX Relatório de Tendências de Meios de Pagamento (faça o download aqui) da companhia, apresentado hoje em um webinar. O material apresenta anualmente informações sobre a evolução dos meios de pagamento em 11 países da Europa e da América Latina e, para isso, usa dados de mais de 4 mil cidadãos e entrevistas de 45 executivos do setor de meios de pagamento dessas regiões.

Ainda de acordo com o relatório, quando divididos por categorias (Pagamento NFC, QR code dinâmico, QR code estático e Pagamento in-app), é possível ver que os brasileiros têm grande familiaridade com o in-APP – usado por exemplo em aplicativos de transporte e de comida –, indicado por 44% dos entrevistados. Também são bastante relevantes os pagamentos com QR Code, em detrimento dos NFC (comportamento totalmente inverso ao da Europa e mais especificamente, do Reino Unido).

Considerando o cenário brasileiro na evolução dos meios de pagamento, Ricardo Granados, head da Minsait Payments no Brasil, aponta que a situação no país é desafiadora. “Os números são excelentes, mas para ter sucesso nesse setor é necessário lembrar que há uma barreira muito grande a ser superada no país: a desconfiança ou irrelevância do recurso para boa parte da população. Além disso, muitos dos entrevistados relataram que a falta de aceitação desse meio de pagamento por estabelecimentos comerciais também é uma barreira para seu uso frequente. São fatores que, sem dúvida, vão exigir atenção especial dos empresários especialmente no contexto pós-COVID”, explica.

Mas, o setor está longe de sofrer com a falta de interesse de empresas em explorá-lo. De acordo com o relatório, há uma infinidade de players concorrendo para dominá-lo, sendo a concorrência mais acirrada entre os fabricantes de dispositivos (respondem por 29% desse mercado), os bancos (27%) e os meios de pagamento como MercadoPago (27%).

“O Brasil tem um grau de evolução de meios de pagamento maior do que o restante da América Latina. Isso pode ser observado quando analisamos, por exemplo, que o cartão de crédito ou débito já é considerado o principal meio de pagamento utilizado por metade dos brasileiros bancarizados, ocupando o lugar do dinheiro físico. As transferências também estão crescendo de forma significativa e devem permanecer assim, especialmente após a aprovação de novas iniciativas como o PIX”, reforça o executivo.


Cartões de crédito já são mais populares do que o dinheiro

Em números, o relatório mostra que o uso de cartões de crédito pela população bancarizada no Brasil aumentou significativamente de 2018 para 2019: antes, 47% desse público apontava este como principal meio de pagamento, porcentual que subiu para 52% – ficando acima até mesmo do índice registrado pela América Latina, de 49%. Enquanto isso, o dinheiro físico apresentou queda significativa no mesmo período: em 2018, 40% das pessoas apontavam-no como principal meio de pagamento, porcentual que caiu para 25% no ano seguinte (inferir ao registrado na América Latina em geral, de 31%).

Isso pode estar relacionado com a oferta crescente de novas instituições financeiras no país. Ainda de acordo com o relatório, o Brasil é o país que cresceu de forma mais significativa em termos de multibancarização (em 2018, 47% das pessoas operavam com mais de um banco, percentual que subiu para 62% em 2019). Ou seja, cada vez mais, os brasileiros são menos “fiéis” a uma instituição financeira só.

Para a companhia, isso favorece a entrada de novos players, como grandes empresas de tecnologias e neobancos, como o Nubank. Além disso, os números mostram uma reação positiva também das instituições ditas ‘tradicionais’, que concordam em cooperar com essas novas empresas de tecnologia em vez de competir com elas – um ponto de vista corroborado por metade dos executivos entrevistados.

“No contexto atual, empresas e instituições governamentais têm a oportunidade de orientar os brasileiros em suas transações e reforçar o papel positivo que os pagamentos eletrônicos podem oferecer, principalmente após a pandemia. Para isso, a comunicação efetiva aos consumidores e a orientação aos lojistas podem ser ações-chave para diversificar ainda mais a indústria de meios de pagamento no país, sem correr o risco de banalizar o uso do cartão de crédito”, finaliza Granados.

 





Minsait

www.minsait.com

 


Indra

www.indracompany.com



Deepfakes assombram eleições

A eleição municipal no Brasil, para os cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador, acontece no dia 15 de novembro. No mesmo mês ocorre a votação presidencial nos Estados Unidos. Em comum, além dos eventos democráticos, está a preocupação com os deepfakes.


A palavra vem do inglês: fake (falso) e deep learning (aprendizagem profunda de dados). Os deepfakes são vídeos ou fotografias criados com a tecnologia de inteligência artificial para manipular ou produzir imagens credíveis de situações que nunca aconteceram.

As falsas montagens tem como objetivo enganar o receptor. Assim como a fake news (notícia falsa), o método traz risco para a sociedade. Enquanto são criadas ferramentas para detectar e evitar a propagação dos deepfakes, vamos responder às dúvidas.

Fazer montagem é crime? Sim, pegar o rosto de uma pessoa e “colar” no corpo de outra é crime e pode acarretar processo. Se trata de um delito contra a honra tipificado no Código Penal. A pena pode variar entre detenção de três meses a três anos e/ou multa.

Pegar um vídeo de alguém e criar falas que não foram ditas, é ilegal? Sim. Pela Lei dos Direitos Autorais, a manipulação e reprodução do audiovisual depende de autorização prévia e expressa do titular dos direitos de autor. O infrator pode perder seus equipamentos, pagar indenização e sofrer outras sanções penais.

E se for um áudio, isto é, uma pessoa ou um programa de computador imitando a voz de outra pessoa, pode? Se for uma paródia autorizada pelo titular dos direitos de autor, pode. Agora se for um conteúdo falsificado com o propósito de obter vantagem indevida, seja ela de natureza política, econômica ou cultural é proibido no Brasil.

A Constituição Federal informa que são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas. A vítima tem direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.

Além disso, se os deepfakes forem arquitetados com o propósito de acusar falsamente um candidato a cargo político com o objetivo de afetar a sua candidatura, há pena de prisão de dois a oito anos e multa. E nem adianta tentar se esconder. A Lei 13.834/2019, que tipifica o crime de denunciação caluniosa com finalidade eleitoral, reforça que se usar perfil anônimo ou nome falso o castigo aumenta mais um sexto.

A vítima deste novo perigo que ronda as redes sociais e a Internet deve capturar as telas com o teor ofensivo, imprimir e levar ao cartório para realizar uma ata notarial, bem como fazer o download do arquivo de audiovisual. Deve, ainda, registrar um boletim de ocorrência em uma delegacia de polícia e garantir seus direitos com a ajuda de um advogado.





Fabricio Posocco - professor universitário e advogado no Posocco & Advogados Associados

 

De olho na segurança, mercado busca alternativas para substituir álcool em gel, principalmente para crianças

 2020 bate recorde de acidentes. Crianças são as principais vítimas 

 

Somente de janeiro a abril deste ano já foram registrados pelos Centros de Informação e Assistência Toxicológica – CIATox  108 casos de intoxicação por álcool em gel no Brasil. Isso representa um aumento de 535% com relação à 2019, quando foram contabilizados apenas 17 casos. Do total de acidentes registrados este ano, 88 ocorreram com crianças, principalmente no ambiente doméstico.

Diante desses números, a ANVISA divulgou a Nota Técnica – NT, 12/2020 na qual incentiva a prática de condutas preventivas de acidentes, principalmente para o público infantil. Entre as orientações estão a não utilização do produto em forma de aerosol nas crianças e o cuidado com o armazenamento, que só deve ser realizado em embalagens próprias da substância.

“O contato das crianças com o álcool em gel precisa sempre ser supervisionado, principalmente em crianças menores de 5 anos. Isso porque há risco de intoxicação por ingestão ou por inalação acidental. O contato do produto com a pele das crianças também é muito perigoso, já que pode causar irritações, tais como ressecamentos e descamação. No caso de contato com a mucosa dos olhos, pode causar trauma químico podendo levar, em casos mais graves, à cegueira”, explica a médica Luciana Verdolin.

 

Queimaduras em crianças

“O Brasil é o único país do mundo que registra acidentes causados pelo uso do álcool. Isso porque é cultural utilizar a substância para absolutamente tudo, desde a higienização da pele às superfícies. Já é hora de haver uma conscientização quanto ao uso do produto. Substituí-lo por outra substância sanitizante seria o ideal e frearia o número de acidentes. Só neste ano, já registramos mais de 400 casos de grandes queimaduras”, explica o presidente da Sociedade Brasileira de Queimaduras – SBQ, Dr. José Adorno.

Como o álcool em gel leva mais tempo para evaporar da pele, é preciso ter cautela ao se aproximar do fogo, pois como as chamas são transparentes, o perigo é ainda maior.  “Cerca de 70% dos acidentes acontecem em casa. Deles, 40% acometem as crianças”, comenta o presidente. 

No caso de crianças, que possuem a pele mais fina e delicada, podem ocorrer queimaduras mais profundas e dolorosas, que chegam a atingir o 2º. grau superficial até as camadas mais profundas da pele, chegando, em casos mais raros, à queimadura de 3º. grau. 

 

Alternativas e solução

O mercado tem buscado alternativas seguras e que sejam determinantes para a diminuição dos acidentes. Foi nesse sentido que a TCI Laboratório Biotecnológico desenvolveu o EXTRAYA. A loção é antisséptica e hidratante e possui em sua fórmula ativos naturais e biotecnológicos. Ela foi testada e aprovada por laboratórios credenciados pela ANVISA. e, por não conter álcool em sua fórmula, não é inflamável.

“O EXTRAYA possui risco zero de queimaduras e intoxicações em crianças e idosos. A loção é recomendada para toda a família. O produto possui dupla função: é antisséptico e hidratante, promovendo proteção e hidratação profunda da pele das mãos e da face por até 3 horas. Diferentemente do álcool em gel, que protege por poucos minutos, resseca a pele e ainda apresenta alto risco de acidentes, como alerta a ANVISA”, afirma o pesquisador e desenvolvedor do produto, Marcos Guedes.

 


TCI Laboratório de Biotecnologia


O ensino de propriedade intelectual nas escolas

A pesquisa induz ao conhecimento, o conhecimento a inovações para o país


Uma pesquisa feita em Luxemburgo demonstra que introduzir nas escolas a cultura da pesquisa, desenvolvimento e criação ajuda o país a promover melhor qualidade de vida aos seus cidadãos, em vista que, profissionais mais habilitados e que trazem para o meio empresarial conhecimentos prévios sobre propriedade intelectual, possuem maior facilidade em criar melhorias em diversos âmbitos.

Como define a Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI), “constituem propriedade intelectual as invenções, obras literárias e artísticas, símbolos, nomes, imagens, desenhos e modelos utilizados pelo comércio”.

Para que ensino seja assertivo, claramente os professores teriam que desmistificar algumas ideias de ‘gente grande’ como:

  1. Patentes: o que é, como fazer e seus detalhes;
  2. Direito do Autor: o que é e como comprovar o seu direito por obra criada. Neste quesito é possível estimular crianças e jovens a usar, em seus trabalhos, redações, apresentações e outros, os sinais de copyright como forma de habituar o jovem criador a ver na sua invenção o seu direito de autor;
  3. Marcas: o que é, como registrar e para que servem;
  4. Desenho Industrial: o que é, para que servem e como obter;
  5. O Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), como este funciona, e afins.

Assim como, demonstrar aos adolescentes criadores que estes não estão sozinhos. Um grande exemplo a se apresentar é a estudante do ensino médio Eesha Kare de 18 anos que inventou um dispositivo que recarrega seu celular em 20 segundos, revolucionando o mundo dos dispositivos eletrônicos.

De um ponto de vista grandioso, gerar uma cultura de propriedade intelectual no Brasil, ajudaria os milhões de estudantes, professores, microempresários e profissionais liberais a alcançar sucesso em suas criações e inovações muito mais rápido, impulsionando o país tanto tecnologicamente quanto economicamente.

Já se fazem presente em algumas universidades do Brasil determinados professores que, usando o SysPat - um sistema voltado a criação de patentes que tem como objetivo a valorização das ideias e transformação destas em propriedades intelectuais - que solicitam aos seus alunos que trabalhos técnicos ou científicos sejam entregues no formato de patentes.

Mesmo que para uma grande maioria de alunos e profissionais, seja quase que impossível arcar com custos de serviços especializados e registros de patente, cabe ao educador analisar se as criações são boas e então orientar o seu formando a busca de seu direito como criador.

Aprender sobre propriedade intelectual nas escolas instiga o aluno a pesquisar cada vez mais, ajuda os adolescentes criativos a verem suas ideias indo longe de forma protegida.

Estima-se que na Coréia do Sul, o número de cientistas, criadores e engenheiros envolvidos com a inovação e desenvolvimento tecnológico do país chegue nos 59%, enquanto nos EUA, como grande potência, este número chegue a 70%, mas no Brasil este número chega a apenas 19,8%. Tanto a despreparação quanto a preparação em cada região estudada, em questão do ensino sobre a propriedade, evidencia nos números alcançados.

Assim se faz de extrema importância que os números aumentem e que os jovens e adolescentes estejam confiantes e preparados para patentear as suas criações da forma como o INPI requisita.

A Capelatto, Marcas e Patentes, trabalha com a visão de disseminar a cultura da propriedade intelectual com o maior ativo a ser protegido, não queremos mais uma venda, queremos sorrisos nos rostos dos clientes e uma parceria duradoura agregando valor ao seu negócio para que ele se torne maior e melhor.



A Capelatto

Márcia Araújo da silva - Diretora executiva

www.acapelattomarcas.com.br

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Atividades pedagógicas à distância são realmente importantes para a turma do Ensino Infantil em período de isolamento social?

Há mais de 35 anos como especialista em educação, nunca havia enfrentado um momento tão difícil quanto o que vivemos agora. A dificuldade não se resume apenas ao fato de que toda a população precisa ficar em casa ou por que as aulas, agora, acontecerem por meio de plataformas digitais. O desafio como educadora é ver em nossa sociedade a quantidade de manifestações a respeito da pouca importância de manter crianças de até cinco ou seis anos de idade na escola e insinuações de que aulas à distância não são efetivas. Diante desse cenário, gostaria de fazer uma reflexão!

Para começar, acho importante falarmos sobre o significado da palavra “educar”. No sentido mais básico, educar é dar a alguém todos os cuidados necessários para o pleno desenvolvimento da sua personalidade. De acordo com o mais célebre educador do nosso país, Paulo Freire, o objetivo maior da educação é conscientizar o aluno, fazer com que eles possam desenvolver o poder de criticidade.

Se analisarmos apenas esses dois conceitos, podemos facilmente concluir que o processo de educação tem início desde o nascimento da criança – ou até antes - mas vamos avaliar apenas o período pós-nascimento. Ainda em seu primeiro dia de vida, a mãe e os profissionais de saúde ensinam ao bebê a forma correta de se alimentar. A criança precisa aprender e se adaptar à forma correta de fazer a “pega”. Não muito tempo depois, é preciso ensinar a eles os sabores dos alimentos. Na sequência, chega a hora de ensiná-los a andar, pronunciar as primeiras palavras, reconhecer as cores, etc. Em um determinado momento, as famílias recorrem às creches e escolas a fim de dar sequência no processo de aprendizagem.

Durante a Educação Infantil, também conhecida como Ensino Infantil, temos a primeira etapa da educação básica. Crianças de zero até os cinco anos de idade são atendidas e têm seus primeiros contatos com a escola. O objetivo principal dos educadores, nesse período, é promover nos pequenos o desenvolvimento dos aspectos físicos, motores, cognitivos, sociais e emocionais. Também se fomenta neles a exploração dos ambientes, das descobertas e da experimentação. Claro, além de tudo isso, as crianças também são estimuladas a interagir com pessoas de fora do convívio familiar, começam a entender a dinâmica dos jogos e atividades lúdicos.

Isso tudo significa que na Educação Infantil permitimos e incentivamos o brincar! É por meio das brincadeiras, das músicas, das pinturas, da dança e de tantas outras atividades, que as crianças são introduzidas ao desenvolvimento global. É por meio dessas ações, consideradas lúdicas, por mais simples que possam parecer, que as crianças começam a tomar consciência de si e do mundo, passam a pensar em suas ações e compreender de que forma devem agir para conseguir algo que almejam.

Obviamente a criança precisa estar em um ambiente favorável para que se envolva de maneira espontânea com o que lhe é proposto. Em um momento como o que vivemos, em que os governos determinam que as escolas estejam fechadas, totalmente atípico para os adultos, inclusive, é justo e importante para esses pequenos cidadãos que se busquem formas alternativas de seguir estimulando seu desenvolvimento e aperfeiçoando suas habilidades. Se pararmos por alguns minutos e observarmos alguns instantes das suas rotinas em casa, perceberemos que a tecnologia e as plataformas digitais são itens com os quais eles estão totalmente familiarizados.

As crianças de até cinco ou seis anos de idade já nasceram na Era da Informação. Estão incrivelmente acostumadas a ter em suas mãos e efetivamente manusear gadgets como celulares e tablets. Eles brincam de trabalhar em notebooks, como veem seus pais, tios e avós fazendo. Ou seja, não é um absurdo para eles encarar o amiguinho e as professoras por meio de uma tela e interagir por ali, mostrando seus desenhos, cantando juntos, fazendo danças e manifestando suas ideias.

Para eles, é uma experiência marcante receber uma atividade proposta pela professora por meio de um vídeo na tela do computador e executar com alguém da família. E é notável, mesmo com pouco tempo de ensino à distância para crianças tão pequenas, que é possível que eles se desenvolvam e que a educação aconteça quando a escola e a família estão, efetivamente, de mãos dadas, caminhando juntas e atuando em parceria. Observe você também!

 



 Sueli Bravi Conte - especialista em educação, mestre em neurociências, psicopedagoga, diretora e mantenedora do Colégio Renovação, instituição com mais de 35 anos de atividades do Ensino Infantil ao Médio, com unidades nas cidades de São Paulo e Indaiatuba.

 

Currículo impecável, como fazer?


Confira cinco dicas para ter o melhor currículo

 

Quando você procura um novo emprego, qual é a primeira a coisa que a empresa olha? Seu rosto? Errado. É o currículo. Esse documento é a sua primeira impressão e melhor forma de mostrar o porquê você deve ser contratado.

“A principal maneira de ser notado é ter o melhor currículo possível, demonstrando suas habilidades e competências de forma clara”, explica Claudia Deris, gestora de carreira.

O currículo não tem formato certo ou errado, mas existem sim alguns padrões indispensáveis para que ele seja visto com bons olhos, e fatores que não podem faltar. Confira dicas sobre como ter o currículo impecável:

1. Primeiro, pense na empresa em que você deseja ser contratado, qual é o perfil dela? O que não poderia faltar para trabalhar lá? O que poderia se tornar um problema? Com as respostas dessas questões, você determina alguns parâmetros para começar. Lembrando sempre que esta investigação inicial é indispensável até mesmo você verificar a compatibilidade do seu perfil profissional com o tipo de profissional que a empresa busca.

2. É possível pegar um modelo da internet, mas não se atenha a ele. O design, formatação, organização, etc., são melhores quando tem sua marca pessoal.

3. Ao falar sobre suas experiências profissionais descreva as atividades mais complexas e importantes que você executou e lembre-se que o currículo não deve passar de duas páginas.

4. Não deixe faltar nenhuma das suas informações essenciais. Às vezes, por falta de atenção, você pode esquecer algo importante como o telefone de contato, ou email.

5. Nunca minta, valorize sua habilidades dentro da sua realidade. O mercado de trabalho busca profissionais íntegros. Menos é Mais!

“Com um currículo assim, você só precisará se preparar bem para a entrevista, pois com certeza será chamado”, finaliza Claudia.

 


Claudia Deris -  Gestora de Carreira

Whatsapp: +55 (61) 9 9624-8140

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Cuiabá-MT

 

Trocafone incentiva empresas e pessoas a doarem smartphones e tablets usados para estudantes de escolas públicas de SP

 Campanha “Abre a gaveta, doe” pretende arrecadar 20 mil aparelhos até o dia 30 de setembro. Trocafone vai doar um smartphone a cada aparelho doado


A Trocafone, startup de recomércio de smartphones e tablets seminovos, junto com o Instituto Península, empresa de investimentos da família Abilio Diniz, e a ONG Parceiros da Educação, está promovendo uma campanha social para incentivar empresas e pessoas físicas a doarem smartphones e tablets usados. O intuito da ação é oferecer uma ferramenta de estudo aos estudantes de escolas públicas que não conseguem acesso ao ensino remoto imposto pela pandemia. 

Para se ter ideia, no Brasil, 42% das casas não possuem computador e 33% não tem acesso à Internet. Dos 3,6 milhões de estudantes da rede estadual de São Paulo, apenas 60% tem notebooks e 30% tem tablets, de acordo com questionário socioeconômico do Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (SARESP) de 2019.

Com o nome de “Abre a Gaveta, doe”, a campanha conta com apoio institucional da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo e está no ar até o dia 30 de setembro. A estimativa é conseguir a doação de 20 mil aparelhos, que serão entregues aos estudantes da Rede Estadual do Estado de S. Paulo. 

“Além disso, ficamos responsáveis por toda a operação da campanha, desde a coleta, triagem, limpeza, eliminação de dados dos aparelhos até a entrega às escolas. Vamos utilizar nossa capacidade logística já empregada no dia a dia do nosso negócio para apoiar as escolas neste momento difícil pelo qual estamos passando”, explica Guille Freire, CEO da Trocafone. 

A seleção dos estudantes que serão beneficiados com o projeto será realizada de acordo com um critério desenvolvido em conjunto com a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, visando apoiar os alunos em situação de vulnerabilidade e que não possuem um dispositivo para acompanhar as atividades pedagógicas remotamente. 

Para fazer a doação, basta clicar no link e seguir as orientações: https://doar.trocafone.com/. Já as empresas que quiserem participar do programa e doarem os aparelhos corporativos inutilizados podem entrar em contato pelo e-mail doar@trocafone.com.


A importância dos processos para a inovação

A pandemia deu um novo significado à inovação. Se antes, empresas viam a geração de ideias como um processo de estímulo à criatividade – e nada além disso –, hoje, ficou evidente o quanto aqueles que não estiverem preparados ou não se adaptarem aos novos tempos estarão fadados ao fim. A prova disso é que uma pesquisa recente da CNI (Confederação Nacional da Indústria) apontou que 83% das empresas brasileiras vão precisar inovar para sobreviver ou para crescer no pós-pandemia.

Ao mesmo tempo, também caiu por terra a ideia de que inovar é estar imerso em um ambiente de puffs confortáveis, gramado sintético e post-its coloridos. Assim como diversas operações dentro de uma empresa, a inovação também requer processos, acompanhamento e métricas.

Como exemplo, temos a ISO 56.0002, que mostra a importância de unir gestão e inovação. Durante 11 anos de estudo, especialistas de todo o mundo buscaram reunir as melhores práticas sobre o tema em seus países. O resultado foi uma norma reconhecida internacionalmente com as melhores diretrizes para inovar. Mas, se a inovação é vista como algo livre de regras e disruptivo por natureza, como esperar que processos e etapas facilitem seu desenvolvimento?

É justamente o que a ISO tenta nos ensinar há anos. As normas não devem ser vistas como mais um processo burocrático a qual as empresas estão submetidas, mas um sistema que possibilita processos mais ágeis, identificar e resolver problemas com mais facilidade, entre outros benefícios. Ao implementar um Sistema de Gestão Integrado, que pode reunir diversas normas, inclusive a ISO de inovação, é possível enxergar o negócio por completo e verificar quais áreas poderiam funcionar de um jeito melhor. Em outras palavras, as normas ajudam a compor um sistema que permitirá avaliar a saúde da empresa – e, assim, fazer check-ups sempre que necessário.

No caso da 56.002, a ISO foi ainda mais pertinente ao entender que inovar não é como preparar um bolo. Não há receita ou modelo certo a seguir: o destino é fruto direto da trajetória que a empresa trilhar. Só ela sabe como fazer isso, com base em sua cultura, valores e mercado em que está inserida.

Entretanto, como o principal objetivo da norma é fazer as empresas obterem lucro com a inovação em produtos e serviços, a ISO estabelece um funil de inovação com algumas etapas. Tudo começa ao identificar e classificar uma ideia: se é uma melhoria ou inovação; e se for uma inovação, de qual tipo, como, por exemplo, criativa, radical, incremental, disruptiva ou tecnológica.

Depois, metodologias como o Design Thinking podem ajudar a desenvolver melhor o projeto e como ele pode ser um sucesso para minha empresa. A terceira etapa envolve a validação de diversos setores, como financeiro e tecnológico. Ela funcionará como um termômetro de mercado, para sentir a aderência da ideia aos possíveis compradores. Depois, é hora de finalmente executar a ideia. Nessa etapa de desenvolvimento, tiramos os insights do papel e damos vida a eles. Para isso, podemos usar metodologias como o SCRUM para nos auxiliar. Em seguida, criamos o nosso MPV (Produto Minimamente Viável).

Veja que a ISO 56.002 não diz o que cada empresa deve fazer, mas orienta qual o caminho a ser percorrido para identificar se uma ideia realmente tem valor. É o equilíbrio essencial para criar métricas que possibilitem acompanhar o sucesso de uma inovação sem engessá-la.

A PALAS é pioneira na ISO de inovação no Brasil e foi responsável pela implementação de três das quatro empresas certificadas em território nacional. Nossa consultoria une o melhor das práticas de gestão e das metodologias de inovação, propiciando um processo único para cada empresa encontrar sua própria maneira de inovar.

 



Alexandre Pierro - sócio-fundador da PALAS e um dos únicos brasileiros a participar ativamente da formatação da ISO 56.002, de gestão da inovação.

www.gestaopalas.com.br 


As bombas e a necessidade de uma nova ética

Há 75 anos, o governo Harry Truman decidiu que poderia abreviar a guerra com o Japão jogando sobre o seu território um novo artefato, com um poder destrutivo sem precedentes. E jogou não um, mas dois desses artefatos, sobre Hiroshima e sobre Nagasaki. O resultado foram mais de duzentos mil mortos e uma nova e irreversível realidade: os humanos tornaram-se capazes de destruir a vida no planeta Terra.

A Ética é o ramo da Filosofia que estuda a conduta humana. A condição para a Ética é a necessária reflexão sobre como devemos agir em um mundo no qual não é possível nos eximir da presença das outras pessoas. Aristóteles é uma espécie de "pai" da Ética, pois escreveu o seu “Ética a Nicomaco” para mostrar ao filho como alcançar um estado de espírito pleno, a eudaimonia, em meio às outras pessoas. Para isso, o filho de Aristóteles não podia pensar só em si mesmo, mas no bem comum, na felicidade como algo coletivo. A Ética, portanto, busca a melhor forma de existência comum entre as pessoas.

Kant, no século XVIII, também pensou uma ética para melhorar o mundo, igualmente voltada para a relação com as outras pessoas, condicionando a conduta a um comando que poderia ser resumido assim: "é ético agir se a sua ação puder ser algo que qualquer um também possa fazer, sem prejuízo para os outros.” Kant submete nossa condição de pessoas éticas à nossa própria avaliação racional, sem a necessidade de nenhuma instância superior, metafísica, divina. Somos capazes de agir corretamente a partir de nossa própria avaliação das coisas. Só precisamos fazê-lo.

Todas essas reflexões, porém, centraram-se nos humanos, ignorando os outros seres vivos do planeta, e isso por uma razão simples: não havíamos ainda desenvolvido a capacidade de por em risco as espécies animais e vegetais da Terra. Nosso problema era com a gente mesmo. Mas isso foi antes das bombas atômicas. Quando os cientistas que se uniram em torno do projeto Manhattan e decidiram construir um artefato capaz de liberar uma quantidade tão grande de energia que seria capaz de devastar o planeta, pensavam em proteger o mundo da loucura do nazismo. Parecia nobre a causa e os cientistas acreditaram que poderiam ajudar a paz mundial. No entanto, Hitler caiu sem precisar desse estratagema e Truman resolveu usar as bombas para acabar com a guerra no Pacífico e, ao mesmo tempo, mandar um recado para Stalin. Os cientistas se sentiram traídos mas, enfim, já era tarde.

Pensar uma ética que envolva a natureza, todas as formas de vida, e que permita aos cidadãos comuns controlarem os projetos dos cientistas, parece ser a urgência do nosso tempo. Os avanços da tecnologia - o que ingenuamente chamamos de progresso - parecem legitimar a ação da ciência, como se os cientistas não fossem pessoas com falhas de caráter como qualquer um de nós. Como afirma o filósofo Hans Jonas, a ciência é um exercício do poder humano, e toda forma de ação humana está sujeita a uma avaliação moral. Um mesmo poder pode ser usado para o bem e para o mal. A técnica moderna se traduz enquanto poder humano enormemente aumentado. Daí precisar ser tratada como um caso novo e especial. Cabe ao cientista ter a obrigação em relação à integridade do ser humano do futuro. Dessa responsabilidade se depreenderia que o homem não pode tratar com descuido nem o mundo da vida extra-humana, nem a si mesmo.

As bombas mostraram nosso limite em relação ao quanto a ciência é capaz de colocar-nos em risco. Todos os que virão têm direito a uma vida autêntica, com rios, mares, ar puro e a convivência dos outros seres vivos. É dever de todos nós ensinarmos às futuras gerações para que tenham consciência disso e que possam exigir esse controle. As duas bombas foram recado suficiente para nos alertar. Ou construímos uma nova ética ou um dia o planeta inteiro será Hiroshima, será Nagasaki.

 



Daniel Medeiros - doutor em Educação Histórica e professor no Curso Positivo.   
danielmedeiros.articulista@gmail.com


Lei das Antenas: quem cala consente mesmo?

A Lei das Antenas (Lei 13.116/2015), uma demanda histórica do setor de telecomunicações, finalmente saiu do papel com a assinatura do decreto 10.480, que regulamentou pontos essenciais da legislação. Ao reduzir a burocracia no setor e os custos das operadoras, a lei ajudará a expandir a cobertura das redes e melhorar a qualidade dos serviços de telecomunicações no país. Mas, talvez a melhor das novidades, seja o fato de que a legislação abre um importante caminho para a tecnologia 5G.

A quinta geração de telefonia móvel possui características bem diferentes das anteriores e demandará uma quantidade massiva de antenas distribuídas em distâncias muito curtas – várias em um mesmo quarteirão, para se ter ideia. O processo de licenciamento ambiental municipal consiste em algumas etapas: licença prévia, de instalação e operação.

Agora, com a regra do silêncio positivo – ou “quem cala consente” –, prevista na Lei das Antenas, as operadoras passam a ter autorização tácita para fazer instalações de infraestrutura de comunicação caso órgãos municipais não tenham se manifestado em até 60 dias após a solicitação.

Entretanto, as prefeituras, enquanto entes federativos, têm independência garantida pela Constituição para legislar sobre meio ambiente e, por isso, não estão necessariamente subordinadas à normas federais, como a Lei das Antenas. Da mesma forma, também cabe aos Estados Federativos legislarem sobre o tema, visando salvaguardar características singulares de suas respectivas regiões.

A questão é polêmica. Afinal, no que tange a seu território, um(a) prefeito(a), chefe de executivo não é menos autoridade que o/a governador(a) ou o Presidente da República. Porém, segundo regras hermenêuticas, que visam resolver conflitos entre leis, a norma federal, em caso de conflito, revoga a estadual ou municipal – mas isso é apenas em tese.

Outra questão diz respeito à sustentabilidade e a saúde pública. As operadoras precisarão ser conscientes e respeitar questões ambientais, bem como em relação aos moradores que vivem nos arredores das torres – em muitos municípios, isso envolve inclusive o acompanhamento do Ministério Público. É preciso entender que a regra do silêncio positivo tem como objetivo expandir e fortalecer a comunicação em território nacional, democratizando o acesso à informação e viabilizando educação e cultura, mas isso não pode ser utilizado como desculpa para ações descabidas e sem o devido planejamento.  

Além disso, o excesso de radiação emitida pelas estações transmissoras é comprovadamente prejudicial à saúde, como descrito em normas previstas pelo governo federal, como a Lei Federal nº 11.934, que dispõe sobre limites à exposição humana a campos elétricos, magnéticos e eletromagnéticos, e a resolução 700 da Anatel, que aprova o regulamento sobre o tema.

O principal desafio será para as prefeituras que não dispõem de recursos humanos e financeiros para avaliar os processos adequadamente, especialmente durante a pandemia, e isso pode acarretar em instalações que prejudiquem o meio ambiente, a saúde pública e patrimônio paisagístico.

Por fim, a lei só será positiva a depender da qualidade dos gestores públicos, governadores e prefeitos, que deverão ter muita sensibilidade e bom senso para encontrar o “caminho do meio”, equilibrando o desenvolvimento socioeconômico sem prejudicar a população. Encontrar essa solução será a chave do sucesso para o 5G e as telecomunicações no Brasil.

 



Dane Avanzi - empresário, advogado e Diretor do Grupo Avanzi.

https://grupoavanzi.com/

 

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