Empresas mantêm ritmo de investimentos em deslocamentos, eventos e encontros presenciais, impulsionando recordes no segmento
Os gastos das empresas brasileiras com viagens corporativas atingiram um novo recorde no mês de outubro, somando R$ 14 bilhões. O dado faz parte do Levantamento de Viagens Corporativas (LVC), realizado pela FecomercioSP em parceria com a Associação Latino-Americana de Gestão de Eventos e Viagens Corporativas (Alagev). O montante representa um crescimento de 5,1% em relação ao mesmo período do ano passado e configura o maior valor já registrado para o mês desde 2011.
Nos primeiros dez meses do ano, o faturamento do
setor alcançou R$ 120,7 bilhões, um avanço de 6,6% em relação ao mesmo período
do ano anterior e também um recorde. Mesmo com esse desempenho
expressivo, a projeção para o fechamento de 2025 permanece inalterada. A
estimativa da FecomercioSP aponta crescimento de 6,5%, o melhor resultado da
série histórica iniciada em 2011.
“O estudo reforça a importância estratégica das viagens corporativas para o desenvolvimento dos negócios no Brasil. Mesmo em um cenário de custos mais elevados, as empresas seguem investindo em encontros presenciais, eventos, feiras e deslocamentos como forma de fortalecer relações, gerar oportunidades e impulsionar resultados”, afirma Luana Nogueira, diretora-executiva da Alagev.
Esse cenário é reflexo de uma economia ainda em
expansão. De acordo com o indicador do Banco Central (IBC-Br), a atividade
econômica apresenta aumento de 2,5% nos últimos 12 meses, apesar do
arrefecimento recente observado em outubro, quando houve leve recuo de 0,02%.
Ainda assim, as empresas mantêm investimentos em viagens corporativas,
realização de congressos, encontros, feiras e deslocamentos de colaboradores.
O transporte aéreo segue como um importante
termômetro do setor. Em outubro, o número de passageiros, domésticos e
internacionais, alcançou o recorde de 11,3 milhões. A expectativa é de que o
ano seja encerrado com mais de 120 milhões de pessoas transportadas. Mesmo com
a queda no preço do querosene de aviação, as tarifas seguem pressionadas.
Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a tarifa média em outubro
foi de R$ 720, levemente acima dos R$ 717 registrados no mesmo período do ano
anterior, já descontada a inflação.
Na hotelaria, os dados da pesquisa mensal do Fórum
dos Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB) indicam crescimento nas três
variáveis analisadas. A taxa de ocupação passou de 64,5% para 67,7%, a diária
média subiu de R$ 410 para R$ 434,5 e o RevPar (Receita por Habitação
Disponível) avançou de R$ 264 para R$ 294,3.
O levantamento evidencia, portanto, uma demanda
consistente no setor de viagens corporativas, ao mesmo tempo em que aponta para
uma elevação no custo dos serviços. Parte desse avanço dos gastos está
relacionada à inflação mais elevada dos serviços de turismo em comparação com a
média do país.
Já pensando nas expectativas para os próximos
meses, não são esperadas mudanças relevantes na trajetória do setor. A economia
brasileira deve manter crescimento próximo de 2% ao ano, sustentando os gastos
com viagens corporativas nos setores de serviços, comércio, indústria e
agropecuária. A nova estimativa indica que 2026 deverá registrar mais um
recorde, com crescimento de 6% e faturamento de R$ 153 bilhões.
É possível acompanhar o estudo completo no
documento disponível neste
link.
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