Síndrome do Coração Partido acende alerta para Janeiro Branco: estresse emocional já imita infarto no Brasil

Cardiologista da Starbem revela que quadro cardíaco provocado por estresse extremo cresce entre mulheres e jovens e reforça a necessidade de cuidar da saúde mental antes que o corpo entre em colapso

 

A chamada síndrome do coração partido, antes vista como uma curiosidade médica, tem aparecido com mais frequência nos atendimentos cardiovasculares e se tornou um importante alerta para Janeiro Branco, mês dedicado à saúde mental. O quadro, também conhecido como síndrome de Takotsubo, imita um infarto: causa dor no peito, falta de ar, arritmias e pode levar a complicações sérias. Mas, ao contrário de um infarto tradicional, ele é desencadeado por estresse emocional extremo. 

“A expressão ‘coração partido’ não é apenas metafórica. O estresse libera uma descarga intensa de hormônios que podem provocar um espasmo súbito no músculo cardíaco. É um quadro real, grave, que tem relação direta com o estado emocional”, explica a cardiologista Dra. Thais Moreno, cardiologista e diretora de saúde da Starbem. 

Segundo a especialista, episódios como luto, separações, esgotamento psicológico, ansiedade intensa, pressão no trabalho e até choques emocionais positivos (como fortes emoções em competições esportivas) podem funcionar como gatilho. A síndrome atinge mais mulheres acima dos 40 anos, mas vem sendo identificada também em adultos jovens submetidos a rotinas de pressão e jornadas de estresse crônico. 

Com o crescimento desses casos, a discussão ganha força especialmente no Janeiro Branco, período em que a importância da saúde emocional na saúde integral é enfatizada por profissionais e instituições, assim como a urgência de políticas preventivas. "Muitas vezes, o corpo dá sinais antes da mente", observa Thais. 

"Estamos percebendo um aumento de pacientes que procuram o pronto-socorro com a convicção de que estão sofrendo um infarto, mas, na realidade, trata-se de uma manifestação extrema da sobrecarga emocional", explica. 

A cardiologista destaca ainda a importância do reconhecimento precoce: “Diante de dor súbita no peito ou falta de ar, a orientação é procurar emergência imediatamente. A síndrome é tratável, mas exige diagnóstico rápido.”. 

Para a Dra. Thais, a mensagem principal para o Janeiro Branco é clara: “Cuidar da mente é cuidar do coração. Emoção também adoece fisicamente e ignorar sinais emocionais pode levar a consequências cardíacas reais.” 

A síndrome do coração partido reforça o papel do Janeiro Branco como um movimento de conscientização sobre a relação direta entre saúde mental, prevenção e bem-estar físico. E mostra que, em 2026, a pauta emocional deixa de ser opcional, torna-se indispensável para preservar a vida e a qualidade de trabalho dos brasileiros.
 

Starbem