A pandemia deu um novo significado à inovação. Se antes, empresas viam a geração de ideias como um processo de estímulo à criatividade – e nada além disso –, hoje, ficou evidente o quanto aqueles que não estiverem preparados ou não se adaptarem aos novos tempos estarão fadados ao fim. A prova disso é que uma pesquisa recente da CNI (Confederação Nacional da Indústria) apontou que 83% das empresas brasileiras vão precisar inovar para sobreviver ou para crescer no pós-pandemia.
Ao mesmo
tempo, também caiu por terra a ideia de que inovar é estar imerso em um
ambiente de puffs confortáveis, gramado sintético e post-its coloridos.
Assim como diversas operações dentro de uma empresa, a inovação também requer
processos, acompanhamento e métricas.
Como
exemplo, temos a ISO 56.0002, que mostra a importância de unir gestão e
inovação. Durante 11 anos de estudo, especialistas de todo o mundo buscaram
reunir as melhores práticas sobre o tema em seus países. O resultado foi uma
norma reconhecida internacionalmente com as melhores diretrizes para inovar.
Mas, se a inovação é vista como algo livre de regras e disruptivo por natureza,
como esperar que processos e etapas facilitem seu desenvolvimento?
É
justamente o que a ISO tenta nos ensinar há anos. As normas não devem ser
vistas como mais um processo burocrático a qual as empresas estão submetidas,
mas um sistema que possibilita processos mais ágeis, identificar e resolver
problemas com mais facilidade, entre outros benefícios. Ao implementar um
Sistema de Gestão Integrado, que pode reunir diversas normas, inclusive a ISO
de inovação, é possível enxergar o negócio por completo e verificar quais áreas
poderiam funcionar de um jeito melhor. Em outras palavras, as normas ajudam a
compor um sistema que permitirá avaliar a saúde da empresa – e, assim, fazer check-ups
sempre que necessário.
No caso da
56.002, a ISO foi ainda mais pertinente ao entender que inovar não é como
preparar um bolo. Não há receita ou modelo certo a seguir: o destino é fruto
direto da trajetória que a empresa trilhar. Só ela sabe como fazer isso, com
base em sua cultura, valores e mercado em que está inserida.
Entretanto,
como o principal objetivo da norma é fazer as empresas obterem lucro com a
inovação em produtos e serviços, a ISO estabelece um funil de inovação com
algumas etapas. Tudo começa ao identificar e classificar uma ideia: se
é uma melhoria ou inovação; e se for uma inovação, de qual tipo, como, por
exemplo, criativa, radical, incremental, disruptiva ou tecnológica.
Depois,
metodologias como o Design Thinking podem ajudar a desenvolver melhor o projeto
e como ele pode ser um sucesso para minha empresa. A terceira etapa envolve a
validação de diversos setores, como financeiro e tecnológico. Ela funcionará
como um termômetro de mercado, para sentir a aderência da ideia aos possíveis
compradores. Depois, é hora de finalmente executar a ideia. Nessa etapa de
desenvolvimento, tiramos os insights do papel e damos vida a eles. Para isso,
podemos usar metodologias como o SCRUM para nos auxiliar. Em seguida, criamos o
nosso MPV (Produto Minimamente Viável).
Veja que a
ISO 56.002 não diz o que cada empresa deve fazer, mas orienta qual o caminho a
ser percorrido para identificar se uma ideia realmente tem valor. É o
equilíbrio essencial para criar métricas que possibilitem acompanhar o sucesso
de uma inovação sem engessá-la.
A PALAS é
pioneira na ISO de inovação no Brasil e foi responsável pela implementação de
três das quatro empresas certificadas em território nacional. Nossa consultoria
une o melhor das práticas de gestão e das metodologias de inovação, propiciando
um processo único para cada empresa encontrar sua própria maneira de inovar.
Alexandre Pierro - sócio-fundador da PALAS e um dos únicos
brasileiros a participar ativamente da formatação da ISO 56.002, de gestão da
inovação.
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