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quarta-feira, 15 de maio de 2019

Parece alergia, mas não é. Saiba quais são as doenças desconhecidas que podem confundir o diagnóstico médico



Na medicina, por mais simples que seja o diagnóstico, é prudente e essencial que o profissional responsável pela avaliação leve em consideração o rastreio dos sintomas e o histórico de saúde do paciente. Acontece que nem sempre os próprios médicos estão familiarizados com os sintomas de determinadas condições de saúde e de doenças consideradas raras. Nessas situações, o conhecimento abrangente dessas doenças e seus sintomas pode ser determinante para a conclusão do diagnóstico correto e, em alguns casos, pode salvar vidas. Conheça a seguir algumas das doenças que, por serem desconhecidas, podem ser confundidas com simples alergias no momento do diagnóstico:


Angioedema Hereditário

Por seus sintomas mais visíveis envolverem inchaços em diversas regiões do corpo, como boca, abdome, mãos e pés ou articulações, é muito comum que o Angioedema Hereditário seja encarado como uma alergia, com a indicação de corticoides e antialérgicos para o tratamento. Mesmo assim, o quadro clínico normalmente persiste. É que essas medicações não surtem efeito, uma vez que a doença é ocasionada pela falta de uma proteína no organismo do paciente. O chamado inibidor de C1-esterase ausente faz com que o sistema inflamatório do portador libere no sangue, descontroladamente, uma substância chamada bradicinina, responsável pelos edemas. Outro sintoma da doença é a dor intensa, principalmente quando o edema é abdominal. Nesse caso, o Angioedema Hereditário se confunde também com apendicite, por exemplo. A doença é considerada rara, por atingir cerca de 1 em cada 50.000 pessoas e o tratamento varia de acordo com o quadro de cada paciente.


Eritema Infeccioso

Doença típica da infância, é caracterizada pelo aparecimento de manchas avermelhadas na pele do rosto, tronco e membros, causadas pelo parvovírus B19. A transmissão ocorre a partir do contato com secreções respiratórias de pessoas com a doença, pelo sangue contaminado sob exposição da pele ou da mãe para o filho, durante a gravidez. Além da vermelhidão, coceira e febre são os sintomas que fazem com que o Eritema Infeccioso seja inicialmente tratado como uma alergia. Apesar disso, a virose é considerada benigna e de grau leve, com curta duração, portanto, não há motivo para grande preocupação.


Psoríase 

Com sintomas que incluem manchas avermelhadas, coceira e descamação da pele, a psoríase é uma doença crônica, que não tem cura. A condição pode ocasionar lesões na pele em várias regiões pelo corpo, como couro cabeludo, braços e pernas, tronco e até na área genital, unhas e boca. Quando isso acontece, a pele fica seca e com rachaduras e pode, inclusive, sangrar, além de gerar uma série de dores. Em muitos casos a psoríase se confunde com alergias, urticárias e até micose e, a partir da automedicação, o paciente acaba agravando o problema.

Em todos esses casos, é importante e imprescindível a procura por um profissional de saúde, que poderá diagnosticar e indicar o melhor tipo de tratamento ao paciente. A Dra. Solange Valle, Presidente do GEBRAEH (Grupo de Estudos Brasileiro de Angioedema Hereditário), faz o alerta: “Dentre todos esses problemas, o Angioedema é o que mais confunde, pois o edema (inchaço) é parecido com o que ocorre nos processos associados a urticária. O médico tem que estar atento para fazer o diagnóstico diferencial. Além disso, fazer uma avaliação bem detalhada, considerando a história clínica do paciente é fundamental.”, comenta.
A médica cita ainda a concentração de especialistas apenas nas regiões sul e sudeste do país, o que compromete o diagnóstico e acompanhamento desses pacientes. “Diversos médicos no Brasil estão capacitados para identificar o AEH, porém o alcance ainda é pequeno, já que a maioria desses profissionais está sempre nas mesmas regiões.”, completa a especialista.


16 de Maio - Dia Mundial de Conscientização do Angioedema Hereditário

O dia 16 de maio é um marco global para a conscientização sobre o Angioedema Hereditário. A data chama atenção das pessoas para a existência do AEH e por ser uma doença que apresenta sintomas que podem ser facilmente confundidos com outras patologias, essa divulgação não só é determinante como também pode salvar vidas, além de proporcionar a possibilidade de diagnóstico e melhor qualidade de vida aos pacientes.
Para saber mais sobre o Angioedema Hereditário e outras doenças raras, acesse: https://www.shire.com.br/patients/therapeutic-areas




Takeda Pharmaceutical Company Limited


 


Referências

  1. Agostoni A et al. J Allergy Clin Immunol 2004; 114(3): S51-131.
  2. Bork, K, et al.The American Journal of Medicine (2006), 119, 267-274.
  3. Bowen T et al. Ann Allergy Astma Immunol 2008; 100 (Suppl 2): S3-40
  4. Gompels MM et al. Clin Exp Immunol 2005; 139: 379-394.
  5. Bork K et al. Am J Gastroenterol 2006; 101: 619-627.
  6. ASBAI. Você já ouviu falar em angioedema hereditário?. Disponível em: http://www.asbai.org.br/secao.asp?s=81&id=1294
  7. Sociedade Brasileira de Dermatologia. Psoríase. Disponível em: http://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/doencas-e-problemas/psoriase/18/
  8. Quinta doença. Centros dos EUA para o Controle e Prevenção de Doenças. Disponível em: https://www.cdc.gov/parvovirusB19/fifth-disease.html

Finasterida


Perda de apetite sexual está entre os problemas da medicação contra queda de cabelo


Dr. Thiago Bianco, adverte para outros efeitos colaterais


Muitos homens, principalmente os de meia-idade, procuram a Finasterida, medicamento que chega às farmácias nas versões 1 g e 5 g, para coibir a queda de cabelos.

No entanto, por conta da busca pelo Dr. Google, o público masculino tem verdadeiro pavor de utilizar esta medicação, já que muitas informações dão conta de relatos sobre impotência sexual.

“A Finasterida é o principal medicamento para tratar a queda capilar. O remédio é capaz de bloquear uma enzima (5α-Redutase) e inibir a produção de DhT. O grande problema desta medicação é que ela pode causar alguns efeitos colaterais como a perda de apetite sexual, além da diminuição do volume ejaculatório”, alerta o médico.

Outro pormenor referente à utilização de Finasterida é que o medicamento apenas atenua a queda dos fios enquanto o usuário estiver consumindo a substância. “Se parar de ingerir o medicamento, a calvície volta. Para o problema estancar de vez, apenas um transplante capilar poderá reverter definitivamente o problema”, assegurou.

Além dos efeitos colaterais em homens, o uso de Finasterida pode ser ainda mais perigoso para as mulheres, principalmente às gestantes. “A droga pode causar um mal ainda maior às grávidas, a teratogenicidade, isto é, alterações no feto que podem prejudicar a saúde do bebê”, adverte Bianco.




Dr. Thiago Bianco, médico expert em transplantes capilares - considerado um dos pioneiros a realizar a técnica de implante microfolicular guiado por vídeo. Dr. Thiago Bianco foi graduado em Medicina em 2006, e especializou-se em cirurgia geral e trauma, além de direcionar sua carreira para a área de implante capilar. Membro titular da ISHRS (International Society of Hair Restoration Surgery), atualmente realiza um trabalho pioneiro com as técnicas de FUT (Follicular Unit Transplant) e FUE (Follicular Unit Extraction) para o transplante capilar de barba e de sobrancelha. Site: https://www.thiagobianco.com.br

Câncer de pâncreas


 Doença na maioria das vezes é diagnosticada de forma tardia, por isso apenas 15 a 20% dos pacientes são candidatos à cirurgia com potencial de cura.


Pelo fato de grande partes dos casos serem diagnosticados tardiamente e por ser uma doença agressiva, o câncer de pâncreas apresenta alta taxa de mortalidade. No Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), é responsável por cerca de 2% de todos os tipos de câncer diagnosticados e por 4% do total de mortes por essa doença.

O pâncreas é uma glândula de aproximadamente 15 a 20 cm de extensão, que se localiza atrás do estômago - entre o duodeno e o baço, atravessando o abdômen. Sua função no organismo é produzir hormônios – como a insulina, glucagon e somatostatina e enzimas digestivas que auxiliam na digestão.

De acordo com o cirurgião geral do Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG), Dr. Eduardo Ramos, existem vários tipos de câncer de pâncreas, e o prognóstico pode mudar completamente de acordo com as características como o tipo do tumor, a localização, e se não há metástases. “O mais comum é o adenocarcinoma, tumor maligno que se forma nas glândulas de função exócrina. Já o linfoma de pâncreas é muito raro”, explica o médico.


Sintomas

O médico explica que os principais sintomas que podem indicar o câncer de pâncreas são dor (80%), icterícia - olhos amarelados, urina escura, fezes acinzentadas (60%), perda de peso (85%), fraqueza (86%), anorexia (80%), náuseas (50%), diarreia (45%) e vômitos (33%). “Os sintomas podem variar de acordo com a localização do tumor, mas o câncer de pâncreas pode se apresentar de forma assintomática por longo período”, relata o especialista.

O cirurgião geral explica que o diagnóstico na maioria das vezes é feito pela história clínica do paciente, com sintomas de perda de peso, dor abdominal ou icterícia. “O diagnóstico sem sintomas, para pacientes com adenocarcinoma não é frequente”, comenta Dr. Eduardo. Outros tumores pancreáticos, como lesões císticas ou neuroendócrinas, podem ser diagnosticados de forma secundária.

Dentre os fatores de risco para desenvolver o câncer de pâncreas, destacam-se idade, tabagismo e obesidade. “A doença é mais comum em homens, em pacientes diabéticos e com pancreatite crônica, por causas não elucidadas”, afirma o médico. Outro fator relacionado pode ter ligação genética. “Existem famílias que tem uma maior predisposição ao câncer de pâncreas”, afirma. Já o consumo de álcool, café e fatores dietéticos, não estão provados que tem relação com o câncer de pâncreas.


Tratamento

O tratamento consiste na retirada completa do tumor por cirurgia, associada à quimioterapia ou não. “Aproximadamente, de 15 a 20% dos pacientes são candidatos à cirurgia com potencial de cura, devido ao diagnóstico ser frequentemente tardio, como doença mais avançada”, destaca o médico.



O que as emoções têm a ver com saúde?


Para Frésia Sa, fisioterapeuta e especialista em Saúde Integrativa, a psicossomática e a leitura biológica nos ajudam a perceber o que cada dor pode falar sobre as nossas emoções. Dor de cabeça, dor na coluna, sistema nervoso abalado? É possível saber a origem do problema e tratar os sentimentos ligados a ele. O resultado? Menos dor e mais qualidade de vida.


Segundo Frésia Sa, fisioterapeuta especializada em Saúde Integrativa e que usa ferramentas como a Microfisioterapia e o PSYCH-K para devolver qualidade de vida a seus pacientes, a dor não necessariamente é nossa inimiga. “Ela é a forma do corpo avisar de que algo precisa ser observado, que algo precisa ser tratado, modificado. De hábitos à forma como entendemos o que nos acontece. Fomos ensinados, ao longo do tempo, a dar maior importância ao que pensamos do que ao que sentimos. E aí, tornamos os dois: pensar e sentir, inimigos. Quantas vezes, na vida, nos percebemos em uma encruzilhada? Desejamos (sentimos) algo, mas decidimos (pensamos) diferente? E a sensação de vazio vai aumentando”, revela Frésia.

Essa desconexão entre o que a sociedade nos impõe como certo e o que nosso coração pede a todo momento pode ser a causa de muitas das nossas dores. Deixamos de ouvir nossa intuição, esquecemos nossa coragem e baixamos a cabeça para o que dizem que é melhor para nós. “Daí vem as nossas dores no pescoço e na coluna cervical, por exemplo”, explica Frésia, “é realmente como se estivéssemos tendo que baixar a cabeça para o mundo, ao invés de ficarmos firmas na nossa vontade pessoal”.

A fisioterapeuta cita outros conflitos que usualmente geram nossas dores: “a falta de autoconfiança, o medo de não ser aceito ou de não ser bom o suficiente, a sensação de que estamos sem rumo na vida, de que não somos amados. A maioria das nossas dores, para não dizermos todas, têm fundo emocional”, revela. E, então, como saber?

A psicossomática e a leitura biológica são duas ferramentas poderosas para entender a origem das nossas dores. A psicossomática é uma ciência interdisciplinar que gera diversas especialidades da medicina e da psicologia, para estudar os efeitos de fatores sociais e psicológicos sobre processos orgânicos do corpo e sobre o bem-estar das pessoas (Wikipedia).

Já a Leitura biológica utiliza o estudo da filogênese, da ontogênese e do comportamento animal para entender as memórias conectadas às doenças ao longo do tempo. Segundo os criadores da técnica, as doenças são programas biológicos comuns a todos os seres vivos e elas são fruto de determinadas informações relacionadas, inclusive, ao ambiente. E que, dependendo do que nos acontece no entorno, podem acabar sendo reproduzidas exatamente por esses dados armazenados (Psychoquantum).

Ou seja, se levarmos em conta o que é preconizado pelos dois estudos, podemos entender que, muitas vezes, são processos externos que, conectados ao nosso interior, no sentido de crenças e medos, podem ser os causadores de dores e doenças específicas.

“Um bom exemplo disso são as alergias”, lembra Frésia. “Muitas delas são causadas pelo medo da separação, especialmente as alergias de pele, as chamadas dermatites de contato, mas nem sempre o processo de separação existe ou é real no momento em que a alergia é desencadeada. Existe um alerta no ambiente, pressentido pelo organismo como uma fonte de perigo, e que dá o start para o processo de doença. Veja bem: nem sempre o medo e o perigo são reais. Eles podem estar conectados a processos anteriores de vivência da pessoa e a fatores do ambiente em que ela está”, revela.

No entanto, Frésia explica que entender as origens da dor e da doença é o que nos garante uma vida com mais saúde. Como? “Percebendo o que, à nossa volta, desencadeia esses processos, conseguimos trabalhar nosso organismo para lidar com eles. Entendendo qual é a chave para nossas dores, conseguimos ter mais poder sobre elas, diminuímos o tempo em que ela atua e, muitas vezes, podemos promover a cura, ou seja, a eliminação do agente que causa a dor, e, portanto, a eliminação da dor em si”.





Biointegral Saúde

SAÚDE CRÔNICA: Uma mensagem no meio da madrugada


A síndrome do pânico, ou transtorno de pânico como também é conhecida, se caracteriza pela presença recorrente de crises de ansiedade


Passavam das duas horas da manhã, quando a jovem mandou mensagem ao namorado. Ela precisava falar com alguém que pudesse dar um pouco de conforto naquele momento tão complicado em que ela achava que poderia morrer. Seu coração batia acelerado enquanto sentia dores no peito. Mesmo extremamente cansada, ela não conseguia nem fechar os olhos. A cabeça pensava em mil coisas ao mesmo tempo e não dava um segundo de descanso. 
Além disso, uma tontura muito forte tornava tudo mais difícil de explicar. 

Infelizmente, do outro lado da linha, a resposta veio vaga e desanimadora. Um simples desejo de “melhoras” foi o máximo que o rapaz conseguiu. Mas é importante não jogarmos pedras ou tecermos julgamentos apressados.

Afinal de contas, é realmente complicado entender como uma pessoa saudável, de repente, começa a ter uma crise de pânico. Principalmente quando nenhum dos dois havia passado por isso antes.

Segundo os registros médicos, a síndrome do pânico, ou transtorno de   pânico como também é conhecida, se caracteriza pela presença recorrente de crises de ansiedade. E a característica principal do transtorno são as crises esporádicas que duram alguns minutos e têm forte intensidade, mas é importante explicar aqui, que uma pessoa pode ter uma crise de pânico em uma determinada situação mesmo que nunca tenha passado por isso antes e até mesmo sem ter crises de ansiedade.

E se você também não sabe o que é a ansiedade, vou explicar: é o um estado emocional de uma pessoa quando ela pensa demais sobre um futuro, talvez incerto, talvez perigoso, no qual essa pessoa se sente impotente e indefesa ao mesmo tempo. Talvez se o namorado da jovem soubesse disso, teria prestando um pouco mais de atenção e procurando uma forma melhor de ajuda-la.

É claro, quando se trata de uma crise esporádica, daquelas que não acontecem normalmente, como foi o caso da menina, não é necessário procurar um serviço de saúde. Mas, quando as crises são recorrentes, é importante procurar atenção médica para começar um tratamento. Isso, porque as pessoas com transtorno de pânico podem ter seus sintomas agravados, uma vez que é comum apresentar outros transtornos mentais ao mesmo tempo – e eu tenho certeza de que ninguém quer que isso aconteça, não é mesmo?

Fato é que no dia seguinte, quando os namorados se encontraram, o rapaz acreditava que nada de mais tinha acontecido. Foi só depois que a garota explicou mais detalhadamente tudo o que ocorreu, foi que ele parou para se preocupar de verdade. Podia ter negligenciado aquela mensagem no meio da madrugada, mas tinha noção de que a saúde mental de qualquer pessoa precisa ser preservada. Principalmente das pessoas de quem tanto gosta. Decidiu, então, que a partir daquele dia ficaria mais atento aos sinais. 




Fonte: www.agenciadoradio.com.br

24 de maio é dia mundial da pessoa com esquizofrenia. Conheça o transtorno



Em parceria com a Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Esquizofrenia (Abre) e o Programa de Esquizofrenia da Universidade Federal de São Paulo (Proesq), o Centro de Estudos Paulista de Psiquiatria (CEPP) promove, em 24 de maio, o Dia Mundial da Pessoa com Esquizofrenia.

A data, que será celebrada pela segunda vez no Brasil e já fazia parte do calendário em diversos países, destaca o desafio de tratar a doença, buscando entender e discutir a redução das barreiras do estigma e criar oportunidades de superação. O lema da campanha deste ano é “Esperança Realista e Possibilidades na Vida com Esquizofrenia”, um convite à reflexão para as pessoas com esquizofrenia, seus familiares e os profissionais de saúde.

Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), 23 milhões de pessoas no mundo têm esquizofrenia. A falta de informação sobre o transtorno gera uma série de equívocos em relação ao comportamento dos pacientes, considerados por muitos como perigosos, violentos e inaptos para o convívio.


Sintomas e diagnóstico

O diagnóstico da esquizofrenia pode vir logo depois do primeiro episódio psicótico, que inclui delírios (ideias que são incompatíveis com a realidade da pessoa), alucinações (em geral, auditivas, na forma de “ouvir vozes”), pensamento desorganizado e alterações de comportamento.

Estes sintomas ocorrem essencialmente na fase aguda da doença (o “surto” psicótico). Uma vez tratados, eles diminuem ou desaparecem (o período de remissão), podendo a pessoa vir ou não a ter novos surtos. No período de remissão ficam mais perceptíveis outros sintomas, como apatia, falta de motivação e dificuldade para expressar emoções (as emoções ficam “apagadas”). A doença exige tratamento de longo prazo em 80-90% dos casos.

É o que explica o psiquiatra Mário Louzã, doutor pela Universidade de Würzburg, Alemanha, e coordenador do Programa de Esquizofrenia do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo: “É necessário tratar o paciente imediatamente para evitar novas crises, pois, do contrário, a pessoa pode piorar nos surtos subsequentes”. Segundo o psiquiatra, o não-tratamento é prejudicial à estrutura cerebral.

Os mecanismos de como a doença funciona e o porquê ainda não foram completamente desvendados, mas já se sabe que há relação com mais de um fator. “Sabemos que há todo um processo para chegar ao momento em que a doença aparece. Primeiro, existe uma base genética, que se soma a alguns fatores de risco: qualquer lesão no neurodesenvolvimento durante a gestação já deixa a estrutura cerebral vulnerável. Há ainda outros episódios de vida, como o uso de drogas na adolescência, quando o cérebro ainda está se ajustando”, afirma o especialista.

Louzã explica que, durante as crises, o que ocorre é uma alteração química no cérebro, com o aumento do funcionamento do sistema dopaminérgico. Portanto, de modo geral, as medicações usadas têm como foco bloquear a dopamina, cuja hiperfunção já está mapeada como gatilho desse desequilibro. Porém, estuda-se ainda a presença de outras neurodisfunções envolvidas.

É comum também que o paciente apresente comorbidades em paralelo à esquizofrenia. Depressão e tendência ao uso de drogas são as principais preocupações, mesmo quando o paciente está seguindo o tratamento – até porque o uso de drogas e álcool pode ser um gatilho para novas crises. Também pode ocorrer quadros de transtorno obsessivo compulsivo, transtornos de ansiedade e problemas de sono.


Personalização

Existem diretrizes básicas de uso da medicação para o tratamento da esquizofrenia. Porém, o olhar do profissional de saúde para o paciente busca sempre a individualização. Alguns pacientes se dão melhor com um ou outro medicamento e, por vezes, pode ser necessário fazer ajustes de dose ou mesmo da forma farmacêutica. “Quando o paciente tem muita resistência a utilizar corretamente a medicação oral, aumenta o risco de recaídas e temos uma piora do quadro geral do paciente. Então, não é incomum fazer substituições até mesmo por formas injetáveis de longa duração dos antipsicóticos”, exemplifica o psiquiatra.

Antes dessa medida, tenta-se trabalhar com o paciente – e a família – abordagens psicoterápicas e psicoeducacionais. O médico explica que elas são importantes para despertar no paciente a importância da persistência no uso do medicamento. São muitos os motivos para o abandono do tratamento. Um deles é próprio da condição: “a pessoa não tem um senso crítico satisfatório sobre a doença, não se percebe como doente e, portanto, não vê motivo para se tratar”, pontua Louzã. Outro fator para a descontinuidade são os efeitos colaterais das medicações.


Opções terapêuticas

Os antipsicóticos são divididos entre primeira e segunda geração. Os primeiros foram desenvolvidos até por volta dos anos 1970, enquanto os mais modernos vieram a partir da década de 1990. Eles se diferenciam principalmente pelos efeitos colaterais que provocam.

Os de primeira geração apresentam os chamados efeitos extrapiramidais, que geram uma reação similar à doença de Parkinson: ao bloquear o sistema dopaminérgico, o medicamento provoca tremor, rigidez física, hipersalivação e dificuldade para caminhar (marcha em bloco). Já os de segunda geração reduziram significativamente esses incômodos, mas trouxeram como possível efeito colateral o ganho de peso, acompanhado de aumento do colesterol e triglicérides.

“Se o paciente se dá bem com um medicamento de segunda geração, em geral, preferimos acrescentar outro fármaco que controle o colesterol e orientamos para que ele pratique atividades físicas de forma complementar. Porém, se o efeito colateral é significativo e os resultados do tratamento estão pouco satisfatórios, a opção é tentar mudar de medicamento até encontrar o melhor ajuste”, afirma.

De acordo com o médico, os fármacos de primeira geração são ainda prescritos com frequência, mas, caso se apresentem como opção, podem ser prescritos junto a medicamentos específicos, caso o paciente desenvolva sintomas extrapiramidais. “No Brasil, usamos o biperideno, que não provoca interações importantes”, diz.

O tratamento da esquizofrenia envolve sempre uma abordagem multiprofissional. O objetivo é ajudar o paciente a voltar, na medida do possível, à vida normal. Para isso, o trabalho com a família é fundamental. Muitas vezes a pessoa não tem a remissão total da doença, mas ela e a família aprendem a lidar melhor com os fatores que desencadeiam as crises.


Desafios

A pessoa com esquizofrenia é vista como "perigosa", "violenta", "imprevisível", "esquisita". Esta visão distorcida gera a discriminação, reduzindo as chances de inserção social e profissional. Ela terá dificuldade em situações triviais, pois terá que superar barreiras criadas pelo preconceito.

O elemento principal para mudar este cenário é a informação. Conhecer a doença, entender seus sintomas e saber como é feito o tratamento. Informações corretas, obtidas em fontes confiáveis, ajudam a compreender a pessoa com esquizofrenia e se contrapõem àquelas distorcidas e arraigadas no senso comum. É um longo trabalho, uma vez que é preciso mudar algo que vem de muitas décadas. No entanto, é fundamental para que a realidade se imponha sobre o preconceito.

Amamentação: 5 passos para extrair o leite materno corretamente



As bombas para extração de leite materno tornou-se um item fundamental para algumas mamães. Atualmente, a ordenha do leite faz parte da rotina das mães, seja para estocar o leite, manter a dieta dos bebês prematuros ou até mesmo para extrair o excesso produzido aliviando a mama. A bomba de extração facilita por ser prática, pela agilidade e por economizar no tempo. Para a pediatra Fernanda Catharino, esse item ajuda também as mamães que estão voltando ao trabalho.
A especialista listou as principais dicas de como as mamães devem extrair o leite materno corretamente:
1) Prender os cabelos, lavar as mãos e sentar-se confortavelmente;

2) Massagear as mamas com as pontas dos dedos do centro para a periferia da mama;

3) Preparar os sacos que armazenarão o leite ordenhado;

4) Usar o próprio recipiente para realizar a ordenha;

5) Ao finalizar, mexer suavemente em movimentos circulares, anotar a data e colocar direto no freezer.


Lansinoh

Três semanas sem fumar já traz benefícios para pulmão e circulação, diz especialista

O tabagismo é a principal causa de morte evitável no mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o hábito de fumar mata mais de sete milhões de pessoas por ano. Para diminuir este número, a OMS idealizou, em 1987, o Dia Mundial Sem Tabaco, comemorado em 31 de maio.

Uma pesquisa do Institute for Health Metrics and Evaluation aponta que, de 1980 a 2015, a população de fumantes no Brasil reduziu de 25% para 10%. Isso porque, até 1990, havia propagandas que relacionavam o cigarro à sofisticação, à liberdade e ao status social. A aceitação social e o fácil acesso a essa droga são fatores que, até hoje, influenciam pessoas a aderir ao hábito de fumar.

“As chances de desenvolver câncer de pulmão para pessoas que fumam de um a nove cigarros por dia, ou seja, fumante leve, são seis vezes maior do que para os não-fumantes”, explica o Dr. Hercílio Pereira Junior, psiquiatra e gerente médico da NotreDame Intermédica. Quem convive com tabagistas também é exposto a riscos e tem 30% de chances de desenvolver a doença, mesmo não fumando. Já o risco de doenças respiratórias em crianças é de 50%. “Parar de fumar sempre vale a pena, em qualquer momento da vida, mesmo que o fumante já esteja com alguma doença causada pelo cigarro”, reforça o especialista.

Segundo a psicóloga Anay Arraiol, do Grupo NotreDame Intermédica, fumar é um comportamento aprendido e reforçado diariamente, e pode ser desencadeado e mantido por determinadas situações e emoções. “Para deixar este vício é preciso ficar atento aos gatilhos e evitá-los quando possível. Se o tabagista fuma toda vez que toma café, ele pode cortar essa bebida do cotidiano ou tomar um copo d’água bem gelada em vez de fumar.  Mascar uma folha de hortelã ou um cravo, definir metas e iniciar atividades físicas são ações que também podem ajudar. É preciso força de vontade porque a abstinência dura de duas a quatro semanas, mas parar de fumar já traz benefícios a curto prazo. Ficar longe do tabaco por 3 semanas melhora a respiração e a circulação, e já um ano sem fumar diminui pela metade o risco de morte por infarto do miocárdio”, revela a profissional.

O uso de medicamentos pode ajudar com os sintomas da abstinência, mas não é recomendado como único tratamento. Os métodos contra o tabaco mais indicados são aqueles que promovem a desconstrução de práticas vinculadas ao ato de fumar e são feitos por meio de intervenções cognitivas, ou seja, mudanças nos pensamentos e treinamentos comportamentais.

“Prepare sua mente para o primeiro dia do resto da sua vida. Você poderá até fazer uma pequena cerimônia quando fumar o último cigarro”, indica a psicóloga.


Saúde em Pauta

Estes cuidados e orientações foram apresentados no dia 07 de maio no encontro “Saúde em Pauta” – promovido mensalmente pelo Grupo NotreDame Intermédica em suas Unidades de Medicina Preventiva – QualiVida. O tema deste mês foi “Dia Mundial sem Tabaco”. Nestas oportunidades, beneficiários e convidados participam de palestras e debates com especialistas em diferentes áreas.


Compartilhando e incentivando hábitos saudáveis

O Grupo NotreDame Intermédica mantém em seu canal no YouTube diversos vídeos com dicas e orientações valiosas que visam melhorar a qualidade de vida e auxiliar na prevenção de riscos e doenças da população em geral, além de campanhas e vídeos institucionais. O canal pode ser acessado clicando no link abaixo:




Site: www.gndi.com.br


Apneia do sono pode causar hipertensão arterial, diabetes e colesterol alto


A doença aumenta o risco de surgimento da síndrome metabólica e de mortalidade cardíaca. Mas, existem diversos tratamentos disponíveis para evitar esses problemas


Muitas pessoas podem sofrer com a apneia obstrutiva do sono sem terem conhecimento disso. De acordo com uma pesquisa realizada pela Philips, estima-se que em 80% dos pacientes a doença não foi diagnosticada. Ainda de acordo com outro estudo realizado pelo Instituto do Sono somente com moradores de São Paulo, uma a cada três pessoas sofrem com a apneia obstrutiva do sono.

Quando não tratada, a doença pode levar ao desenvolvimento da síndrome metabólica, que aumenta o risco de morte por doença cardíaca. “A síndrome metabólica é uma associação do aumento da circunferência abdominal, alteração na glicemia, dislipidemia (elevação de colesterol e de triglicerídios) e hipertensão arterial, o que aumenta em três vezes a chance de mortalidade cardiovascular”, alerta o endocrinologista, Kleber Marques.

O endocrinologista explica que a síndrome metabólica é causada por uma inflamação corporal provocada pelo distúrbio no sono. “A apneia obstrutiva do sono gera prejuízos na resistência insulínica, o que predispõe o diabetes, altera o metabolismo do cortisol, hormônio que ajuda no funcionamento do sistema imune e controle da pressão arterial e níveis de açúcar no sangue, estimulando a dislipidemia e aumentando a pressão arterial.”

A apneia obstrutiva do sono é causada pelo estreitamento total da via área superior, que provoca uma pausa na respiração durante o sono, caracterizada por um engasgo seguido de silêncio entre episódios de roncos. Essas interrupções respiratórias não causam somente os problemas de saúde, como diminuem a qualidade de vida. “A pessoa tem a sensação de sono não reparador, independente do tempo em que passe dormindo, e maior tendência a ter pequenos cochilos em situações monótonas, pensamento lento, irritabilidade, diminuição dos reflexos e da memória, o que aumenta as chances de acidentes de trânsito e trabalho, e até pode levar ao surgimento de depressão e ansiedade”, conta o otorrinolaringologista especialista em Medicina do Sono, Dr. Fernando Cesar Mariano.

As pessoas que têm a doença podem acordar com a sensação de boca seca ou dor de cabeça. “Mas, o principal sinal da doença é a sonolência excessiva durante o dia. Alguns pacientes podem despertar após o fim da apneia, mas nem sempre eles percebem o problema. Geralmente, os roncos frequentes e intensos que acompanham a doença levam os familiares e cônjuges a perceber que existe um problema e pedir que a pessoa procure um tratamento”, observa o otorrinolaringologista.


Diagnóstico e tratamento

Entre os fatores de risco estão a obesidade, que muitas vezes também está associada à síndrome metabólica, disfunções na anatomia do pescoço ou cabeça ou musculatura e aumento de adenoide e amídalas. O diagnóstico somente é feito por meio dos exames de polissonografia (estudo do sono), complementados pelo exame de nasofibroscopia (exame de imagem realizado no consultório) ou sonoendoscopia (exame realizado sob sedação).

Existem diversos tipos de tratamentos para a doença. A indicação varia conforme o grau da apneia identificado pelos exames, que pode ser leve, moderado ou intenso. “Pode ser indicado somente exercícios de fonoaudiologia, que ajudam a fortalecer a musculatura da faringe, base de língua e pálato mole, ou ter indicação para o uso de aparelho ortodôntico de avanço de mandíbula ou do CPAP, um aparelho de alta tecnologia que evita a obstrução do ar por meio de uma máscara nasal”, exemplifica o otorrinolaringologista.

As cirurgias também podem ser uma opção terapêutica após uma avaliação individualizada da anatomia feita pelo especialista em sono. “Os procedimentos com mais sucesso são as faringoplastias, que têm a função de estruturar a musculatura da faringe e aumentar o espaço da via aérea superior e as cirurgias esqueléticas de face”, explica. As mudanças nos hábitos de vida também são fundamentais. “Ter uma alimentação saudável, praticar exercícios físicos regularmente, não fumar e controlar o peso corporal são medidas importantes para o tratamento de todos os pacientes com apneia obstrutiva do sono”, observa Dr. Fernando Cesar Mariano.






Dr. Fernando Cesar Mariano - O médico otorrinolaringologista Fernando César Mariano é especialista em sono e cirurgião de ronco e apneia. Faz parte do corpo clínico do Hospital IPO e é médico em Quatro Barras (PR). É criador do game educativo para crianças e adolescentes “Hey, Roncabilly! O game do sono saudável”, que destaca a importância de dormir bem e desmistifica que roncar é algo engraçado ou normal. Mais informações no site: www.drronco.com.br.

Distúrbios alimentares na gravidez: sinais, riscos e tratamento




Manter uma alimentação saudável e balanceada durante a gestação é fundamental para o desenvolvimento do feto, entretanto, o número de casos de grávidas com transtornos alimentares é muito alto. Um estudo feito pela Divisão de Psicologia do Instituto Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP), aponta que tanto a anorexia como a bulimia estão entre os casos mais frequentes de disfunções alimentares.

Segundo a ginecologista e obstetra, Dra. Erica Mantelli, alguns vestígios na gravidez podem mascarar tais distúrbios. “É importante que as gestantes, que não se alimentam adequadamente, fiquem atentas com este desequilíbrio. As consequências deste problema podem levar ao trabalho de parto prematuro, além da incidência de nascituros com baixo peso, anemia, duração curta da primeira fase do parto e morte perinatal”, adverte a médica.

A preocupação excessiva com a imagem corporal, o medo de engordar - hábito de contar calorias dos alimentos-, além de atividades físicas em excesso, são alguns dos sinais que pode indicar que a gestante possivelmente esteja com algum distúrbio alimentar. “Quando se trata de bulimia, os sinais estão ligados às idas frequentes ao banheiro após a alimentação, compulsões alimentares em alguns períodos, dores de garganta e problemas dentários “, completa Érica.
Buscar o auxílio de profissionais capacitados como nutricionistas, psicólogos e médicos obstetras é a base para manter uma gestação saudável e livre de problemas que podem prejudicar à gestante e à criança.




Dra. Erica Mantelli - Graduada pela Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro, com título de especialista em Ginecologia e Obstetrícia, Dra Erica Mantelli tem pós-graduação em Medicina Legal e Perícias Médicas e Sexologia/Sexualidade Humana pela Universidade de São Paulo (USP). É formada também em Programação Neurolinguística, por Mateusz Grzesiak (Elsever Institute).
Instagram: @ericamantelli

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