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quarta-feira, 15 de maio de 2019

Câncer de pâncreas


 Doença na maioria das vezes é diagnosticada de forma tardia, por isso apenas 15 a 20% dos pacientes são candidatos à cirurgia com potencial de cura.


Pelo fato de grande partes dos casos serem diagnosticados tardiamente e por ser uma doença agressiva, o câncer de pâncreas apresenta alta taxa de mortalidade. No Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), é responsável por cerca de 2% de todos os tipos de câncer diagnosticados e por 4% do total de mortes por essa doença.

O pâncreas é uma glândula de aproximadamente 15 a 20 cm de extensão, que se localiza atrás do estômago - entre o duodeno e o baço, atravessando o abdômen. Sua função no organismo é produzir hormônios – como a insulina, glucagon e somatostatina e enzimas digestivas que auxiliam na digestão.

De acordo com o cirurgião geral do Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG), Dr. Eduardo Ramos, existem vários tipos de câncer de pâncreas, e o prognóstico pode mudar completamente de acordo com as características como o tipo do tumor, a localização, e se não há metástases. “O mais comum é o adenocarcinoma, tumor maligno que se forma nas glândulas de função exócrina. Já o linfoma de pâncreas é muito raro”, explica o médico.


Sintomas

O médico explica que os principais sintomas que podem indicar o câncer de pâncreas são dor (80%), icterícia - olhos amarelados, urina escura, fezes acinzentadas (60%), perda de peso (85%), fraqueza (86%), anorexia (80%), náuseas (50%), diarreia (45%) e vômitos (33%). “Os sintomas podem variar de acordo com a localização do tumor, mas o câncer de pâncreas pode se apresentar de forma assintomática por longo período”, relata o especialista.

O cirurgião geral explica que o diagnóstico na maioria das vezes é feito pela história clínica do paciente, com sintomas de perda de peso, dor abdominal ou icterícia. “O diagnóstico sem sintomas, para pacientes com adenocarcinoma não é frequente”, comenta Dr. Eduardo. Outros tumores pancreáticos, como lesões císticas ou neuroendócrinas, podem ser diagnosticados de forma secundária.

Dentre os fatores de risco para desenvolver o câncer de pâncreas, destacam-se idade, tabagismo e obesidade. “A doença é mais comum em homens, em pacientes diabéticos e com pancreatite crônica, por causas não elucidadas”, afirma o médico. Outro fator relacionado pode ter ligação genética. “Existem famílias que tem uma maior predisposição ao câncer de pâncreas”, afirma. Já o consumo de álcool, café e fatores dietéticos, não estão provados que tem relação com o câncer de pâncreas.


Tratamento

O tratamento consiste na retirada completa do tumor por cirurgia, associada à quimioterapia ou não. “Aproximadamente, de 15 a 20% dos pacientes são candidatos à cirurgia com potencial de cura, devido ao diagnóstico ser frequentemente tardio, como doença mais avançada”, destaca o médico.



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