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quarta-feira, 13 de junho de 2018

Promessas inviáveis


Nos próximos seis meses, assistiremos a três eventos: bons jogos de futebol, repetitivas eleições e promessas inviáveis. Os primeiros, em função da Copa do Mundo, serão prazerosos. As segundas, em função dos pleitos nos estados e na União, serão cansativas. As terceiras, em função da cultura demagógica vigente, serão incumpríveis. Qualquer um de nós que queira fazer o bem tem de enfiar a mão no bolso e gastar seu próprio dinheiro. Já os políticos têm o privilégio de praticar um esporte delicioso: gastar o dinheiro dos outros. Só que os “outros” somos nós, todos os que produzem e pagam impostos.

Roberto Campos ironizava dizendo que, no parlamento, temos um problema e uma sorte. O problema, dizia ele, é que “todos os que chegam aqui querem fazer alguma coisa”. A sorte é que “a maioria não conseguirá fazer o que promete”. 

Sinto arrepios quando um político começa a prometer um monte de coisas ao povo, pois a mais elementar lição da economia é que o governo não dá nada à sociedade que antes dela não tenha tirado. Quando tenta dar ao povo o que não tirou em forma de tributos, o governo ou emite moeda (que cria a tragédia da inflação) ou faz dívida (que eleva os juros e reduz o crescimento econômico).

O Brasil produziu R$ 6,53 trilhões no ano de 2017. Esse é o produto interno bruto (PIB), que é igual à renda nacional. Mais de um terço foi entregue ao governo em tributos, nos três níveis, algo em torno de R$ 2,2 trilhões. Mesmo com essa montanha de dinheiro, o governo gastou R$ 110,6 bilhões a mais do que arrecadou, que é o déficit primário antes de contar os juros da dívida pública.

 Como o governo vem gastando mais do que arrecada há décadas, a dívida pública já chegou a 74,3% do PIB, e vai custar mais de R$ 400 bilhões de juros em 2018.

Uma das causas do desemprego é a dívida consolidada de todo o setor estatal. A sociedade como um todo – pessoas e empresas – deposita dinheiro nos bancos.

 E os bancos têm apenas três clientes: as pessoas, as empresas e o governo. Se o governo avidamente vai aos bancos pedir dinheiro emprestado, por meio de emissão de títulos públicos e outros empréstimos, falta dinheiro para financiar as pessoas (consumidores) e as empresas. E com isso, o PIB não cresce, logo, não há criação de empregos. Se você é um desempregado, saiba que os déficits do governo e a dívida pública são os principais culpados.

Alguém pode perguntar: mas por que o governo tem tanto déficit e tanta dívida? Vamos lembrar de dois pontos. Um é o aumento dos gastos com salários e custeio dos serviços públicos e da máquina administrativa nos 5.570 municípios, 26 estados, Distrito Federal e União. Outro, em 2017, o déficit do INSS (previdência dos trabalhadores do setor privado) mais o déficit da previdência somente dos servidores federais deu um total de R$ 270 bilhões, sendo R$ 180 bilhões de déficit do INSS (para pagar 30 milhões de beneficiados) e R$ 90 bilhões de déficit (para pagar apenas um milhão de servidores públicos federais).

O quadro de déficit e de dívida acumulada responde pelo baixo volume de investimentos em infraestrutura e pelo baixo crescimento da economia, logo, pela baixa renda per capita e pelo alto desemprego. Aumento de tributos é algo contra o qual a sociedade deve se rebelar e não aceitar. Então, governo bom será aquele que conseguir consertar essa confusão financeira e o estado de desequilíbrio das contas públicas, não aquele que prometer gastar mais. Novamente: o governo só dá a João o que tirou de Pedro, Maria, Antonio e demais brasileiros. Não há milagres. Quem diz que há, é apenas um demagogo.

As eleições estão próximas. Tão logo termine a Copa do Mundo, entrará em cena a campanha eleitoral e a promessa de gastar o dinheiro dos outros. Caso tentem cumprir suas promessas, terão que enfiar a mão no bolso do povo, a menos que façam promessas boas como reduzir o tamanho do governo, combater o desperdício, aumentar a eficiência da administração, reduzir a corrupção, adotar a austeridade, reformar a previdência e liberar o espírito de iniciativa dos que querem empreender.






José Pio Martins - economista e reitor da Universidade Positivo


Maioria dos casais não dá acesso a detalhes financeiros um do outro, revela estudo


Acesso a senhas de cartões, limite bancário e gastos privados são algumas das informações omitidas. Psicólogo da Uninter explica a origem desse novo comportamento  


Nada demonstra melhor a frase “o que é meu é seu” em um casamento do que abrir uma conta conjunta no banco, especialmente se um dos cônjuges recebe muito mais do que o outro. No entanto, de acordo com pesquisa realizada na Inglaterra com mil pessoas comissionadas pela empresa Prudential, grande parte dos casais atualmente guardam segredos um do outro quando o assunto é finanças.

Segundo o estudo, mais de 50% dos entrevistados disse não saber o salário do cônjuge e um número similar afirma esconder a existência de cartões de créditos e empréstimos pessoais. O estudo revela uma mudança no comportamento entre casais.

Nos anos 1970 e 1980, contas conjuntas passaram a ser cada vez mais comuns com a entrada das mulheres no mercado de trabalho. Agora, é possível que os casais, apesar de dividirem vários aspectos de suas vidas, prefiram manter certa independência quando o assunto é dinheiro.

“As mulheres do século XX conquistaram suas autonomias, investiram em suas formações acadêmicas e, assim, alcançaram sua independência. Elas exercem profissões que eram de exclusividade dos homens, como nas áreas da Informática e das Engenharias. Para muitas delas a própria maternidade foi protelada para após as realizações profissionais”, explica o psicólogo do Centro Universitário Internacional Uninter, Ivo Carraro.  

O estudo mostra que os homens que revelaram esconder dinheiro tinham mais propensão de fazê-lo para realizar gastos pessoais com entretenimento e saídas sem a parceira, enquanto mulheres alegaram que faziam reservas, em sua maioria, para casos de haver um rompimento no relacionamento, como um fundo de reserva.

Outra explicação do especialista é que o conceito de amor também mudou. “No século XXI, as pessoas pensam que já são completas por si sós. As disfunções conjugais ocorrem com mais frequência, daí a individualidade financeira apontada nos estudos dos casais”.  

Uma nova pesquisa realizada pela empresa britânica de seguros de vida, Direct Line Life Insurance, mostra que um a cada cinco britânicos, tem um parceiro que não sabe detalhes financeiros sobre valores de pensão relacionados à aposentadoria. Ainda, quase uma pessoa casada em cada cinco nega ao parceiro acesso a poupanças, aumentando para 28% quando considerado pessoas em uniões estáveis como um todo. O estudo mostra que 16% das pessoas casadas não dão acesso a detalhes de cartão de crédito os seus companheiros, número que sobe a 27% quando considerado casais em uniões estáveis.


Como a neuroplasticidade pode ajudar a sua carreira?


O conceito de aprender, desaprender e reaprender está revolucionando as nossas relações pessoais e também de trabalho. Se antes a ciência acreditava que o cérebro não seria capaz de gerar novas células, hoje esse conceito está mais do que ultrapassado. A partir dessa nova perspectiva que está sendo chamada de neuroplasticidade - capacidade do cérebro de se moldar, modificar, ajustar e se adaptar a novas situações - temos muito mais chances de ter sucesso na vida pessoal e profissional.

O tempo todo, o nosso cérebro constrói novos caminhos neurais e está exposto a informações e insights. Usando essa capacidade, somos capazes de aprender com os próprios erros, ressignificar situações, aperfeiçoar uma nova competência, um talento desconhecido e, a partir disso, desenvolver novas maneiras para alcançar um resultado melhor. Mas, para tanto, precisamos criar uma série de estímulos, ou então ficaremos presos a velhos hábitos. Se você deseja desenvolver sua capacidade de reaprender é preciso se colocar em um estado mental e físico que seja receptivo para novas experiências.

Para despertar essa capacidade, você precisa ter consciência do que quer e do que não quer para a sua vida. A partir daí, o primeiro passo para começar a desenvolver a neuroplasticidade é aprender com as suas emoções. Voltar a um estado de conexão consigo mesmo é a chave para desaprender antigos hábitos e programar novos.

Infelizmente, logo na infância, nós somos desestimulados a experimentar os sentimentos ruins, o que nos afasta desse estado de autoconhecimento. Nossa cultura nos cobra sucesso e felicidade de maneira irreal, como se o estado de alegria devesse ser permanente. Reaprender a experimentar e reconhecer os dessabores da vida é um ponto de partida para quem deseja aguçar a plasticidade do cérebro.

Depois disso, basta você saber onde colocar sua energia: em criar ou desfazer aquilo que seu cérebro está pronto para receber. Viver conduzido por ações inconscientes do seu cérebro é como perder o seu poder de escolha. Nós podemos mudar o nosso cérebro todos os dias e, com isso, mudar a nossa vida a qualquer hora.

Reprogramar as atitudes e instalar novos padrões de comportamento é um hábito. Portanto, requer tempo e disciplina. As primeiras mudanças costumam ser temporárias e só vão fixar na memória depois de exaustivamente praticadas. A cada aprendizagem, o cérebro reforça as conexões úteis e tende a eliminar as que não foram utilizadas no momento. Isso significa que as ligações que não são relevantes devem ser apagadas.

No entanto, se a ideia é adicionar novos comportamentos, habilidades e aprendizagens, é indispensável ser vigilante para os hábitos que estão sendo criados. Afinal de contas, não queremos criar comportamentos destrutivos. O objetivo é usar essa característica do cérebro como uma ferramenta para o sucesso. Por isso, o conceito de aprender, desaprender e reaprender precisa ser uma constante.

No âmbito profissional, as empresas podem auxiliar seus colaboradores no desenvolvimento da neuroplasticidade. Os benefícios para o mundo corporativo são incontáveis. Ao promover um ambiente para o desenvolvimento intelectual, as pessoas tendem a gerar inovações. Assim, as empresas extraem o melhor de cada funcionário.

Nesse sentido, a neuroplasticidade é um grande presente que recebemos da natureza. Ela é uma ferramenta capaz de desenvolver o nosso máximo potencial. Por isso, a educação corporativa surge como uma opção capaz de dar um start para esse processo. Um ambiente dinâmico, flexível, inspirador, que promova a troca de experiências entre os colaboradores são elementos que também fazem parte dessa equação.








Lucas Fonseca - palestrante motivacional formado em administração de empresas com especialização em coaching. Fundador do Instituto Lucas Fonseca o palestrante criou a metodologia MAP - Mindset de Alta Permormance.


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