Entre
as questões explicadas pelos especialistas da Clínica Canto estão as
contraindicações e os graus possíveis de corrigir
De acordo com estatísticas da Organização Mundial da
Saúde (OMS), estima-se que até 30% da população com menos de 40 anos de idade
necessita ou necessitará de óculos para corrigir os erros de refração, que são
a miopia, o astigmatismo, a hipermetropia e a presbiopia. Outra solução é a
cirurgia refrativa corneana, que corrige definitivamente o problema de visão. O
procedimento faz um remodelamento da córnea para ajustar o grau e criar um foco
preciso em cada olho.
Existem muitas dúvidas sobre a cirurgia refrativa
corneana e em quais casos é indicada. Para ajudar a esclarecer essas questões,
os oftalmologistas Geraldo Canto e Ana Paula Canto, da Clínica Canto, respondem
as dez perguntas mais comuns sobre o procedimento.
1. A cirurgia refrativa corneana pode ser
feita em pessoas com o grau muito alto?
A cirurgia a laser até pode corrigir graus mais altos,
mas, o procedimento também depende de outros fatores, como a curvatura e
espessura corneana pré-operatória. Por isso, é preciso respeitar alguns
limites. Para miopia, o indicado é para pessoas com até 10 graus e nos casos de
hipermetropia e astigmatismo, seis graus.
2. A cirurgia pode ser feita em pessoas com o
grau baixo?
A cirurgia pode ser realizada, geralmente, em pessoas com
mais de um grau de miopia, astigmatismo ou hipermetropia. Mas, sempre é
necessário avaliar cada caso.
3. A miopia, astigmatismo ou
hipermetropia pode voltar depois da cirurgia?
A correção da miopia costuma não ter regressão do
problema. Pode acontecer de o grau não estar totalmente estável no período em
que a cirurgia foi realizada, o que pode levar ao surgimento de algum grau de
miopia novamente. Nas correções de astigmatismo e hipermetropia, pode ocorrer uma
leve regressão de 15% nos primeiros anos.
4. Quais doenças oculares que
impossibilitam a cirurgia?
As doenças que contraindicam a cirurgia refrativa são o
ceratocone, a diabetes descompesada, o herpes ocular, a ambliopia severa, as
distrofias corneanas e as doenças autoimunes mais graves. Também não é possível
realizar o procedimento durante a gestação ou amamentação.
5. Quem tem dois problemas, como miopia e
astigmatismo, pode fazer a cirurgia?
Sim, é possível corrigir dois erros de refração pela cirurgia
refrativa, mas respeitando os limites de grau.
6. Somente pessoas com mais de 18 anos
podem fazer a cirurgia?
A cirurgia refrativa é indicada a partir de 18 anos, pois
é a partir dessa idade que costuma ocorrer a estabilização do grau. Em
alguns casos é recomendado aguardar até completar 21 anos.
7. Há quanto tempo meu grau precisa
estar estável para realizar a cirurgia?
Geralmente, é preciso ter uma variação menor de 0,50
graus em um ano. Contudo, quando a pessoa tem mais de seis graus, é indicado
aguardar não apenas essa estabilidade, mas também serem completados 21 anos de
idade, pois pode ocorrer uma progressão tardia de grau nesses casos.
8. A cirurgia é feita com laser?
Sim, ela é feita com laser. Nos pacientes da Clínica
Canto, é utilizado o Excimer, um laser de alta precisão que faz o remodelamento
da córnea para a correção do grau, por meio de duas técnicas: o PRK e o LASIK,
sendo que nessa última também é usado um segundo tipo de laser chamado
femtosegundo para a confecção de um flap na córnea. A escolha da técnica
dependerá da avaliação da córnea (curvatura e espessura) e grau do paciente.
9. A cirurgia é muito demorada? Ela
causa alguma dor?
A cirurgia costuma durar entre 12 a 16 minutos por olho e
é realizada sob anestesia tópica (colírio anestésico). O tratamento efetivo com
o laser para a correção do grau leva alguns poucos segundos. A cirurgia em
si é indolor. No pós-operatório dos primeiros dias o paciente pode sentir algum
desconforto como ardência, lacrimejamento e sensibilidade à luz.
10. Depois de quanto tempo da cirurgia eu
posso voltar às minhas atividades normais?
Geralmente, é possível voltar às atividades normais
depois de sete dias, mas depende da técnica utilizada na cirurgia. Quando o
procedimento é feito pela técnica de PRK, o paciente costuma ter mais dor e
sensibilidade à luz nos primeiros três dias e a visão demora cerca de sete dias
para melhorar, quando é possível voltar às atividades rotineiras. Já quando é
usada a técnica do LASIK, o desconforto visual é menor e a recuperação visual é
mais rápida, podendo ser notada já no dia seguinte à cirurgia. Em ambos os
casos, a cicatrização total ocorre entre um a quatro meses, quando a qualidade
visual é totalmente estabelecida.
Clínica
Canto