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sexta-feira, 11 de maio de 2018

Maio - Mês Internacional de Combate ao Melanoma


        Esperança para quem tem melanoma

Imunoterapia reduz em mais de 40% o risco de morte em pacientes com melanoma avançado


Maio é o mês internacional de combate ao melanoma, considerado o câncer de pele mais agressivo e, este ano, chega com boas perspectivas para portadores da doença em estágio avançado. Resultados do estudo Keynote-054, que avalia o uso de pembrolizumabe (Keytruda), terapia anti-PD1 da MSD, como terapia adjuvante no tratamento de melanoma avançado, apresentados durante o American Association Cancer Research (AACR) e publicados no New England Journal of Medicine, demonstram aumento de sobrevida global e sobrevida livre de progressão prolongada em pacientes com melanoma avançado, em estágio III, independente da expressão do biomarcador PD-L1 nas células do tumor.

De acordo com o estudo, o tratamento com pembrolizumabe reduziu o risco de morte em 43% quando comparado com placebo. A taxa de sobrevida após um ano de tratamento foi de 75,4% no grupo que utilizou pembrolizumabe (95% CI, 71,3-78,9) em comparação a 61% que utilizou placebo.

“Esse estudo mostra que a imunoterapia poderá ser usada também por pacientes que já tiveram melanoma, fizeram cirurgia para retirada do tumor, não apresentam outros sinais da doença e não querem que ela volte. Até então, não havia muitas alternativas para pacientes com esse perfil”, explica o Dr. João Duprat, Diretor do Departamento de câncer de Pele do Hospital A.C Camargo.

O médico ressalta ainda que, inicialmente, pembrolizumabe era indicado somente para tratamento da doença em estágio avançado e que o estudo Keynote-054 traz uma mudança de paradigma que proporcionará mais qualidade de vida para os pacientes.

“Uma parcela maior de pacientes com melanoma poderá se beneficiar do tratamento com pembrolizumabe e com a qualidade de vida que ele oferece, devido a baixa toxicidade, isso será excelente”, conclui Duprat.

O melanoma é caracterizado pelo crescimento descontrolado de células que compõem a pele. A incidência deste tipo de câncer tem aumentado nas últimas quatro décadas - aproximadamente 232.000 novos casos foram diagnosticados em todo o mundo em 2012. O Brasil registra anualmente cerca de 5.500 novos casos da doença e aproximadamente 1.547 óbitos, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). O melanoma é mais comum entre jovens adultos, mas, às vezes, pode ser diagnosticado em crianças e adolescentes.

Pembrolizumabe já  está aprovado no Brasil para o tratamento de melanoma avançado, câncer de pulmão avançado - do tipo células não pequenas, (CPCNP), com expressão elevada do biomarcador PD-L1 no tumor (expressão ≥50%) - e para câncer urotelial avançado, desde a primeira linha.

A imunoterapia anti PD-1 da MSD está sendo avaliada para mais de 30 tipos de tumores em 370 estudos clínicos. No Brasil, o medicamento está sendo pesquisado em mais de 17 ensaios clínicos, em cerca de 140 instituições envolvidas e mais de 450 pacientes em tratamento.


Sobre o estudo KEYNOTE-054
O EORTC 1325/KEYNOTE-054 é um estudo de Fase 3 (ClinicalTrials.gov, NCT02362594), randomizado, duplo cego, controlado com placebo, que investiga o uso de pembrolizumabe (Keytruda) como terapia auxiliar em pacientes com melanoma avançado em estágio III.
 
O estudo EORTC/KEYNOTE-054 foi realizado com 1.019 pacientes, em colaboração com a Organização Europeia para Pesquisa e Tratamento de Câncer, (EROTC, na sigla em inglês). Os principais desfechos primários foram sobrevida global e sobrevida livre de progressão para pacientes com expressão do biomarcador PD-L1; os principais desfechos secundários incluem sobrevida livre de metástases e sobrevida global em todos os pacientes e em pacientes cujos tumores expressam PD-L1. Com uma média de acompanhamento de 15 meses, nos pacientes com melanoma avançado, a taxa de 12 meses de sobrevida livre de progressão foi de 75,4% (95% CI, 71,3-78,9) no grupo Keytruda e de 61% (95% CI, 56,5-65,1) no grupo placebo. A sobrevida livre de progressão foi significativamente prolongada, resultando em risco reduzido de recorrência ou morte de 43% com KEYTRUDA (HR = 0,57; 98,4% CI, 0,43-0,74; p <0,0001) em comparação com placebo. Aos 18 meses, as taxas de sobrevida livre de progressão foram 71,4 por cento (IC 95%, 66,8-75,4) e 53,2 por cento (IC 95%, 47,9-58,2), respectivamente. Em pacientes com tumores PD-L1 positivos (n = 853), a taxa de 12 meses de sobrevida livre de progressão foi de 77,1% (95% CI, 72,7-80,9) no grupo Keytruda e 62,6% (95% CI, 57,7-67,0) no grupo placebo. Nesses pacientes, a sobrevida livre de progressão foi significativamente mais longa, resultando em risco reduzido de recorrência ou morte de 46% com Keytruda (HR = 0,54; IC95%, 0,42-0,69; p <0,0001) comparado ao placebo. O benefício da sobrevida de livre progressão demonstrado com Keytruda foi consistente em pacientes com tumores negativos para PD-L1 e naqueles com expressão indeterminada de tumor PD-L1. Além disso, o benefício de sobrevida livre de progressão observado com KEYTRUDA foi semelhante em outros subgrupos, incluindo o estágio da doença e o envolvimento nodal. O status de BRAF, sexo e índice de massa corporal basal não influenciaram significativamente a diferença de tratamento.




MSD

quinta-feira, 10 de maio de 2018

SP tem ‘Dia D’ de vacinação contra a gripe neste sábado


Mobilização é de mais de 36 mil profissionais em 6,5 mil postos fixos e volantes por todo o Estado; SP já vacinou 3 milhões de paulistas desde o início da campanha


         A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo promove neste sábado, 12 de maio, o Dia D da campanha de vacinação contra gripe. 

Cerca de 36 mil profissionais estarão mobilizados para vacinar a população em mais de 6,5 mil postos fixos e volantes em todo o Estado de São Paulo. Somente no interior paulista, serão cerca de 5,5 mil postos. Outros 580 estarão em funcionamento na Grande São Paulo, e mais 530 especificamente na capital. A ação contará com o apoio de mais de 2,3 mil veículos, entre carros, ônibus e barco.

Desde o início da campanha, em 23 de abril, até o momento, 3 milhões de paulistas já foram imunizados. A expectativa é vacinar, até 1º de junho, 10,7 milhões de pessoas contra o vírus Influenza, o que corresponde à meta de 90% da população-alvo definida para a campanha.

Considerando todo o território paulista, a meta da campanha de 2018 é vacinar mais de 4,3 milhões de idosos, ou seja, pessoas com 60 anos ou mais; cerca de 2,4 milhões de pessoas com comorbidades, como asma, diabetes, imunodeprimidos e outros; aproximadamente 2,3 milhões de crianças com idade a partir de seis meses e até cinco anos; 1,2 milhões de profissionais de saúde; 423 mil gestantes e 70 mil puérperas (com até 45 dias após o parto), entre outros. 

O alerta especial é para que os pais ou responsáveis levem as crianças aos postos, pois, até o momento, apenas 280 mil crianças menores de cinco anos foram imunizadas. Doses também já foram aplicadas em mais de 2,1 milhões de idosos; cerca de 255 mil doentes crônicos; mais de 425 mil profissionais de saúde; cerca de 85 mil gestantes e 22,5 mil puérperas (mães que tiveram seus filhos nos últimos 45 dias), entre outros.

         “O ‘Dia D’ deste sábado é uma oportunidade para que as pessoas que têm rotinas mais intensas durante a semana possam comparecer aos postos e garantir sua proteção contra a gripe. A vacinação é gratuita e está disponível para todos os grupos do público-alvo”, afirma a diretora de Imunização da Secretaria, Helena Sato. “A vacina não provoca gripe em quem tomar a dose, já que é composta apenas de fragmentos do vírus que causam a devida proteção, mas são incapazes de causar a doença”, explica.

Segundo recomendação da OMS (Organização Mundial de Saúde), a vacina de 2018 irá prevenir a população alvo contra o vírus Influenza dos tipos A (H1N1), A  (H3N2) e B.

A vacina é produzida pelo Instituto Butantan, unidade vinculada à Secretaria, que neste ano disponibilizou 60 milhões de doses ao Ministério da Saúde para a realização da campanha em todo o Brasil.


 Etapas da campanha de 2018

·                   Etapa 1: iniciada em  23 de abril, para trabalhadores de saúde, pessoas com idade de 60 anos e indígenas;

·                   Etapa 2: iniciada em 2 de maio, para crianças com idade maior que 9 meses e menor que 5 anos, gestantes, puérperas com até 45 dias após o parto;

·                   Etapa 3: a partir de 9 de maio, para pacientes diagnosticados com doenças crônicas, professores, e outros;

·                   Dia D: dia 12 de maio, para todos os grupos do público-alvo.

Confira a população-alvo da campanha de vacinação, por região*:

Região
População-alvo
Grande São Paulo
5.408.306
Araçatuba
213.805
Araraquara
275.690
Marília
350.107
Barretos
125.373
Bauru
503.912
Campinas
1.136.860
Franca
181.034
Piracicaba
389.354
Presidente Prudente
222.270
Vale do Ribeira
81.336
Ribeirão Preto
399.774
Baixada Santista
534.693
São João da Boa Vista
234.490
Vale do Paraíba
701.932
São José do Rio Preto
517.523
Sorocaba
626.009
 * Meta é vacinar 90% da população-alvo em cada região
  

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