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terça-feira, 6 de março de 2018

Mulheres precisam ampliar prevenção contra as doenças cardiovasculares



Por ocasião do Dia Internacional da Mulher (8 de março) a Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP) reitera a importância dos cuidados preventivos e da atenção com os riscos relativos às doenças cardiovasculares, que são causas crescentes de mortes no universo da população feminina. Neste segmento, em 2017, segundo levantamento da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), o total de óbitos por Acidente Vascular Cerebral (50 mil) equiparou-se ao dos homens. Quanto aos infartos, tiraram a vida de 45 mil mulheres. Mas, quais são as causas desse aumento? 

Nos últimos anos, a mulher vem ocupando grande espaço no mercado de trabalho, o que a leva à uma dupla ou tripla jornada de trabalho, considerando a sua atenção também com as tarefas domésticas e os cuidados com os filhos. Além disso, elas estão cada vez mais expostas a fatores de risco, como o uso de anticoncepcionais, tabagismo, álcool, diabetes e hipertensão, o que tradicionalmente não era comum. 

Segundo o neurologista e membro da SOCESP, Dr. Alexandre Pieri, é necessário que se faça uma avaliação tão abrangente na mulher quanto é feita no homem, porque quando a doença está presente no organismo feminino, ela tem características de gravidade maior e, inclusive, maiores riscos de óbito. “A incidência das doenças nas mulheres é menor do que em homens, mas quando já adoecida, a chance do óbito é maior, principalmente quando associado à idade”, afirma. 

O especialista explica que quando a mulher atinge a menopausa, diminui a produção do estrogênio, um grande aliado do coração. Este hormônio estimula a dilatação dos vasos, facilitando o fluxo sanguíneo. “É bom que as mulheres estejam sempre atentas aos sintomas de doenças cardiovasculares, pois, muitas vezes, elas se confundem com problemas na coluna, cansaço ou até mesmo dor no braço”, alerta. 


TOME NOTA 

Dentre os fatores de risco de doenças cardiovasculares na mulher, estão a hipertensão, sedentarismo, colesterol alto, alimentação irregular, obesidade, estresse, tabagismo, alcoolismo e diabetes. Além disso, realizar exames periódicos, evitar o excesso de sal e álcool, praticar atividades físicas e cuidar de sua saúde emocional são dicas importantes para que a mulher tenha uma vida mais saudável e com menores chances de sofrer um infarto ou AVC. 





Alexandre Pieri - neurologista e membro da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo – SOCESP


Pesquisa revela que 90% das mulheres já se sentiram menos respeitadas que os homens no trabalho



 Levantamento realizado pela Workana aponta também que 95,7% das entrevistadas entendem que 2017 foi decisivo para que o assunto seja mais discutido neste ano


Mesmo com os avanços em relação à igualdade de gênero no mercado de trabalho, a sociedade ainda tem muito o que evoluir. É o que mostra uma pesquisa realizada pela Workana, plataforma de trabalho freelance com atuação em toda a América Latina. O estudo foi realizado com 1.500 brasileiras e, de acordo com o levantamento, cerca de 90% das mulheres sentem que os homens são mais respeitados no mercado de trabalho.

Em 2017, muito se falou sobre as adversidades sofridas pelas mulheres no âmbito profissional e a pesquisa confirmou que o ano foi decisivo para uma virada de comportamento. Diante de diversas manifestações, muitas delas vistas por todo o mundo em protestos e denúncias que tiveram grande repercussão nos segmentos artístico e esportivo, 69,7% das entrevistadas acreditam que as mulheres tiveram maior poder de decisão no último ano e 95,7% entendem que esse foi um passo importante para que o assunto fosse ainda mais discutido em 2018.

Em relação a questões salariais, enquanto na Islândia o início deste ano foi marcado pela implementação de uma lei que garante igualdade salarial entre os gêneros, no Brasil, 60,3% das entrevistadas afirmaram que ganham ou já ganharam menos do que um homem para executar um trabalho igual ou superior e 62,7% disseram ainda que em sua área de atuação não há igualdade de oportunidades.

Já sobre abuso psicológico, 67,6% afirmaram que já foram contrariadas no trabalho para se sentirem erradas mesmo estando certas, 68,3% já foram interrompidas por homens em reuniões e 58,7% afirmam que algum homem já levou crédito por algo que elas fizeram. Quando se fala da aparência, 52,6% já foram julgadas no ambiente de trabalho.

Quando o assunto é assédio, o Brasil apresenta números alarmantes: 48,4% das mulheres já se sentiram perseguidas por algum homem do trabalho, enquanto 28,8% deixaram de denunciar algum abuso sofrido por medo de serem demitidas. Questionadas sobre algumas situações desagradáveis no ambiente profissional, 40,3% das entrevistas afirmaram ter sofrido assédio ou abuso de uma autoridade, 38,3% notaram discriminação ou preconceito e 19% sofreram com assédio sexual. Além disso, 17% sentiram desconforto antes mesmo de começar no emprego: os casos foram logo na entrevista.

Grande parte das mulheres entrevistadas têm entre 21 e 40 anos (75%), são solteiras (54,7%), não têm filhos (76%) e possuem Ensino Superior completo (36,7%).






Maytê Carvalho - CEO e fundadora da B.Pass - formada em Marketing pela ESPM, e já trabalhou para marcas de higiene pessoal e cosméticos como Unilever e O Boticário. Além disso, ela participou como finalista do programa O Aprendiz com Roberto Justus e conseguiu investimento no Sharktank Brasil com a investidora anjo Camila Farani. Maytê foi eleita pela GQ uma das 6 grandes líderes mulheres de startup do país. Atualmente, ela é fundadora e CEO da B.pass, um assistente pessoal de beleza criado para mulheres contemporâneas e se tornou o Gympass da beleza.


Camila Costa, CEO da agência ID\TBWA do grupo Omnicom - possui experiência e engajamento em liderança e empoderamento feminino, além de super jovem e ocupar um cargo que é dominado por homens. Ela é graduada em Publicidade e Propaganda pela FAAP, tem MBA em Marketing pela FIA/USP, Pós-MBA pela Saint Paul escola de negócios para preparação de Board Members e foi uma das primeiras brasileiras a participar do "Executive Program" da Singularity University - Califórnia, em 2012.
Camila é investidora-anjo apenas de startups lideradas por mulheres, participou do Fast Forward Women/Facebook em Miami e faz parte de diversos grupos de atuação sobre o assunto, além de ser conselheira do projeto social "Plano de Menina", que tem como objetivo levar empoderamento a adolescentes da periferia brasileira para que se tornem protagonistas de suas histórias.



Quais são os desafios da mulher hipermoderna nos dias de hoje?



Em um momento onde o feminismo e a busca pelo protagonismo de suas próprias vidas estão cada vez mais em destaque, quais são os atuais desafios das mulheres hipermodernas? Pós-graduada em Psicologia Positiva, a coaching Renata Abreu, em comemoração ao Dia Internacional das Mulheres, celebrado em 8 de Março, lista alguns aspectos ligados ao conceito de felicidade e faz reflexões sobre a problemática enfrentada pelas mulheres nos dias de hoje. 

Mas como é ser mulher no mundo de hoje? O que é ser feliz pra elas? Autora do livro "Felicidade feminina: uma escolha possível com práticas da psicologia positiva", Renata destaca algumas dessas questões na obra, baseada na Psicologia Positiva. A especialisa busca responder essas dúvidas utilizando estudos científicos para sugerir a possibilidade de escolha por uma vida com propósito, pautada em atitudes conscientes, resultados significativos e, consequentemente, maior bem-estar.

A autora diz que felicidade é um tema complexo e o anseio por uma vida repleta de realizações em seus diferentes aspectos deixa homens e mulheres inquietos. Segundo pesquisas, nos últimos 40 anos, as mulheres se tornaram mais infelizes, ansiosas e estressadas se comparadas aos anos 70. Se, por um lado, a luta pela igualdade de direitos trouxe mais oportunidades, influência e renda, por outro, observa-se que há um grande acúmulo de tarefas, que não necessariamente trouxe bem-estar para o sexo feminino. Pelo contrário. O grande dilema da mulher contemporânea é a multiplicidade de papéis e como exercê-los.

Renata Abreu sugere uma reflexão e autoavaliação com base em 10 hipóteses, respaldadas por estudos científicos, que podem ter impacto na forma como as mulheres gerenciam a própria vida e o bem-estar.
– Hoje, as mulheres agem como juízas implacáveis de suas próprias vidas e isso causa um sentimento de culpa tão grande que elas não se dão conta de como isso prejudica as suas relações profissionais e afetivas, tendo grande impacto na busca pelas realizações -, analisa a escritora.


Ausência de inteligência hormonal

De que forma os hormônios podem estar influenciando a estrutura dos pensamentos? É importante conhecer como nos comportamos perante as ações hormonais e aprender a administrá-las.


Dupla jornada e preconceito velado

Ainda na infância, as meninas já sofrem com a distribuição desigual das tarefas domésticas, limitando suas perspectivas. No trabalho, as mulheres têm menor probabilidade de ocupar cargos de liderança e sofrem com salários menores, ainda que estejam no mesmo cargo que os homens.


Vontade de ser e fazer "tudo ao mesmo tempo"

A perfeição é vista como inimiga para a mulher moderna. Elas estão se tornando infelizes ao tentarem desempenhar tantos diferentes papéis simultaneamente e de modo perfeito. Por não conseguirem dar conta de tudo, as mulheres têm a sensação de sempre estarem falhando.


A cultura do overwork e o sucesso na atualidade

"Se você se emprenhar, terá sucesso e quando tiver sucesso, será feliz". O efeito dessa forma incorreta de pensar pode levar ao excesso de esforço. A felicidade precede o sucesso. O cultivo da positividade estimula nossa eficiência, resiliência e produtividade, levando a níveis mais elevados de desempenho.


O aumento do estresse e do uso de medicamentos

49% das mulheres relatam ter o nível de estresse aumentado nos últimos anos, enquanto apenas 30% dos homens têm essa percepção. A prevalência da depressão nas mulheres tem caráter genético e hormonal, mas também está ligada ao maior envolvimento emocional que acontece com elas e com pessoas a sua volta.


As crenças e mitos quanto ao prazer e à felicidade

Se comportar de acordo com as crenças dos mitos da felicidade aumenta as chances de escolhas erradas, decisões equivocadas e da ampliação da eterna sensação de vazio. É um mito acreditar que "vou ser feliz quando" ou "eu não poderia ser feliz se".


A utopia maléfica de uma beleza impossível

Estudos apontam que a vergonha com o próprio corpo pode estar tão enraizada na psique que gera vergonha e complicações em outras áreas da vida, como sexualidade, maternidade e até mesmo na habilidade da mulher de falar e se posicionar com autoconfiança. Há pesquisas de psicologia positiva que mostram que a beleza não tem correlação com a felicidade. Pessoas felizes são mais prováveis de perceberem tudo a sua volta de forma mais positiva e otimista, incluindo aí a própria aparência.




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