Por
ocasião do Dia Internacional da Mulher (8 de março) a Sociedade de Cardiologia
do Estado de São Paulo (SOCESP) reitera a importância dos cuidados preventivos
e da atenção com os riscos relativos às doenças cardiovasculares, que são
causas crescentes de mortes no universo da população feminina. Neste segmento,
em 2017, segundo levantamento da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), o
total de óbitos por Acidente Vascular Cerebral (50 mil) equiparou-se ao dos
homens. Quanto aos infartos, tiraram a vida de 45 mil mulheres. Mas, quais são
as causas desse aumento?
Nos
últimos anos, a mulher vem ocupando grande espaço no mercado de trabalho, o que
a leva à uma dupla ou tripla jornada de trabalho, considerando a sua atenção
também com as tarefas domésticas e os cuidados com os filhos. Além disso, elas
estão cada vez mais expostas a fatores de risco, como o uso de
anticoncepcionais, tabagismo, álcool, diabetes e hipertensão, o que
tradicionalmente não era comum.
Segundo
o neurologista e membro da SOCESP, Dr. Alexandre Pieri, é necessário que se
faça uma avaliação tão abrangente na mulher quanto é feita no homem, porque
quando a doença está presente no organismo feminino, ela tem características de
gravidade maior e, inclusive, maiores riscos de óbito. “A incidência das
doenças nas mulheres é menor do que em homens, mas quando já adoecida, a chance
do óbito é maior, principalmente quando associado à idade”, afirma.
O
especialista explica que quando a mulher atinge a menopausa, diminui a produção
do estrogênio, um grande aliado do coração. Este hormônio estimula a dilatação
dos vasos, facilitando o fluxo sanguíneo. “É bom que as mulheres estejam sempre
atentas aos sintomas de doenças cardiovasculares, pois, muitas vezes, elas se
confundem com problemas na coluna, cansaço ou até mesmo dor no braço”,
alerta.
TOME
NOTA
Dentre
os fatores de risco de doenças cardiovasculares na mulher, estão a hipertensão,
sedentarismo, colesterol alto, alimentação irregular, obesidade, estresse,
tabagismo, alcoolismo e diabetes. Além disso, realizar exames periódicos,
evitar o excesso de sal e álcool, praticar atividades físicas e cuidar de sua
saúde emocional são dicas importantes para que a mulher tenha uma vida mais
saudável e com menores chances de sofrer um infarto ou AVC.
Alexandre Pieri -
neurologista e membro da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo –
SOCESP
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