Pacientes com leucemia mieloide aguda (LMA), um tipo de câncer agressivo do sangue, agora têm uma nova opção para diagnosticar a doença de forma mais rápida e acessível. A LMA acontece quando a medula óssea começa a produzir células defeituosas, chamadas blastos, que impedem a produção de células sanguíneas saudáveis e comprometem o funcionamento do organismo. O tratamento e as chances de cura dependem do tipo exato da doença, que pode ser classificada em baixo, médio ou alto risco.
Para
diagnosticar a LMA, exames como o hemograma podem indicar alterações no sangue,
mas testes mais detalhados são necessários para identificar exatamente o
subtipo da doença e definir o tratamento ideal. Atualmente, o exame mais
utilizado é o sequenciamento genético (NGS), que analisa centenas de marcadores
moleculares, mas esse método pode levar até 20 dias para fornecer resultados e
tem um custo elevado.
Um novo exame baseado na técnica de PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) foi desenvolvido para identificar os sete principais tipos da LMA. Essa técnica mais rápida do que o NGS, reduzindo o tempo de diagnóstico para apenas 2 ou 3 dias com custo até 70% menor.
Para
o assessor médico do Sabin e hematologista, Felipe Furtado, o novo exame pode
fazer a diferença na vida de muitos pacientes. "A leucemia mieloide aguda
avança rápido. Descobrir o tipo certo da doença rapidamente permite iniciar o
tratamento o quanto antes, o que é crucial para promover melhorias na qualidade
de vida dos pacientes e nos diagnósticos realizados pelos médicos que os
acompanham", afirma.
A
pesquisa foi liderada por Andressa Folha Vieira, farmacêutica e analista
bioquímica do Grupo Sabin Diagnóstico e Saúde, durante seu
mestrado na Universidade de Brasília (UnB). "O tempo para o resultado do
painel genético, que é muito mais abrangente, é de 15 a 20 dias. Conseguimos
reduzir este prazo para 2 a 3 dias com significativa queda para o
paciente", explica Andressa. Apesar de mais acessível, esse novo exame não
substitui o sequenciamento genético, que consegue identificar todos os tipos de
LMA. No entanto, ao focar nos subtipos mais comuns da doença, ele se torna uma
alternativa viável para acelerar o diagnóstico e permitir que o exame mais
completo seja utilizado apenas quando necessário.
O
estudo foi desenvolvido na UnB e, internamente, no setor de Biologia Molecular
do Núcleo Técnico Operacional (NTO) central do Sabin, em Brasília. Segundo
Andressa, a ideia partiu da necessidade apontada setor de Hematologia do Sabin,
sobre a necessidade de buscar formas mais rápidas e acessíveis de diagnosticar
a LMA no Brasil.
"Aqui no Sabin, os colaboradores são estimulados e recebem o suporte necessário para se aperfeiçoar e aprofundar os seus estudos. Às vezes, não é possível desenvolver a pesquisa aqui, daí flexibilizamos o horário e encontramos soluções para que ele siga estudando", diz Lara Velasco, bioquímica que coordena o setor de Biologia Molecular do Sabin.
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