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quarta-feira, 26 de março de 2025

Campanha Março Vermelho coloca em destaque a prevenção e o diagnóstico precoce de câncer do rim


A médica Rafaela Pozzobon, da Oncologia D’Or, afirma que esta doença silenciosa é mais prevalente em homens e tem como fatores de risco o tabagismo, a hipertensão, o excesso de peso, o sedentarismo e as doenças renais.

 

A Sociedade Brasileira de Urologia1 aponta que, em três anos, o câncer de rim foi responsável por 10.800 mortes. Segundo o Observatório Global do Câncer2, ligado à Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil registrou em 2022 11.090 casos da doença, a maioria em homens com mais de 60 anos. A Campanha Março Vermelho é um momento oportuno para chamar a atenção da população para essa doença silenciosa, que costuma ser diagnosticada por acaso em exames de imagem ou no surgimento de sintomas como sangue na urina, perda de peso, dor nas costas ou na lateral da barriga e febre. 

Os fatores de risco mais comuns são a obesidade e o sobrepeso, o tabagismo, a hipertensão, o sedentarismo e as doenças renais. A médica Rafaela Pozzobon, da Oncologia D’Or, explica que já existem estudos indicando que pacientes com cálculo renal têm mais propensão a desenvolver esse tipo de câncer. Entretanto, as evidências científicas não são tão robustas quanto às que associam a enfermidade a outros fatores. 

A relação entre o câncer de rim e o excesso de gordura corporal preocupa os especialistas porque a obesidade segue avançando no Brasil. Segundo a pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico3 (Vigitel), do Ministério da Saúde, os obesos representavam 24,3% do público entrevistado em 2023. Esse porcentual é mais que o dobro dos 11,8% computados pelo levantamento em 2006. 

“Ainda não se sabe exatamente quais os mecanismos que fazem o excesso de peso propiciar o desenvolvimento deste tipo de câncer”, pondera a médica. “A teoria mais aceita é que o volume extra de gordura nas células aumenta o processo inflamatório e a resistência do organismo à insulina, favorecendo o aparecimento de tumores malignos”, complementa.
 

Diagnóstico precoce e tratamento

Embora não existam exames de rastreio para o câncer de rim, os médicos recomendam a realização regular de exames de imagem – como ultrassom, tomografia ou ressonância magnética – para pessoas com histórico familiar da enfermidade e com doenças renais tratadas como diálise a longo prazo.

A cirurgia consiste no principal tratamento para tumores localizados. Nesses casos, a taxa de cura ultrapassa os 80%. Nos últimos anos, o arsenal terapêutico para o câncer renal cresceu bastante. A introdução da imunoterapia e dos medicamentos inibidores de tirosina quinase aumentou muito a sobrevida de pacientes com metástase. Pacientes com tumores avançados, mas sem metástase, também podem receber a imunoterapia após a ressecção do tumor, o que aumenta sua sobrevida.


Oncologia D'Or
 

Referências

  1. Sociedade Brasileira de Urologia. Disponível em Link 
  2. Global Cancer Observatory. Disponível em chrome-extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://gco.iarc.who.int/media/globocan/factsheets/populations/76-brazil-fact-sheet.pdf
  3. Agência Governamental. Disponível em https://agenciagov.ebc.com.br/noticias/202410/no-dia-da-prevencao-da-obesidade-conheca-as-acoes-do-ministerio-da-saude-para-a-prevencao-e-controle-da-doenca

 

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