Técnicas como PRP
e BMA reduzem inflamações e estimulam regeneração tecidual, sendo opção para
quem quer evitar cirurgias
Pacientes com lesões musculoesqueléticas e doenças
articulares têm recorrido a técnicas regenerativas como o Plasma Rico em
Plaquetas (PRP) e o Aspirado de Medula Óssea (BMA) para acelerar a recuperação
e reduzir dores sem necessidade de procedimentos invasivos. Essas abordagens
utilizam componentes biológicos do próprio corpo para estimular a regeneração
dos tecidos lesionados e já são aplicadas na ortopedia para tratar problemas
como tendinites, artrose e lesões ligamentares.
“O PRP e o BMA representam um avanço significativo
na medicina regenerativa porque atuam na reparação tecidual e não apenas no
alívio da dor”, explica o ortopedista Dr. Brasil Sales, especialista em medicina intervencionista da dor. Segundo ele, os
tratamentos vêm ganhando popularidade entre pacientes que buscam alternativas
eficazes para evitar cirurgias ou o uso prolongado de anti-inflamatórios.
Como funcionam as terapias
regenerativas?
O PRP é obtido a partir do sangue do próprio
paciente, que passa por um processo de centrifugação para concentrar as
plaquetas — células responsáveis pela reparação de tecidos. Quando injetado na
região lesionada, o plasma libera fatores de crescimento que reduzem inflamações
e estimulam a regeneração celular.
Já o BMA envolve a extração de células progenitoras
da medula óssea, geralmente retiradas do osso da bacia, que são então aplicadas
na área afetada. Essas células possuem potencial regenerativo maior e são indicadas
para casos mais graves, como degeneração avançada da cartilagem.
“O BMA é um tratamento mais potente porque, além
dos fatores de crescimento, contém células-tronco que podem se transformar em
diferentes tipos de tecido, promovendo uma recuperação mais robusta”, explica o
especialista.
Indicações e resultados
clínicos
As terapias regenerativas são indicadas
principalmente para lesões tendíneas, como tendinite patelar e do manguito
rotador, artrose em estágios iniciais e médios, lesões musculares e recuperação
pós-cirúrgica em alguns casos. Atletas e pessoas com rotina ativa estão entre
os principais beneficiados, já que o tratamento permite um retorno mais rápido
às atividades físicas.
Estudos publicados no American Journal of Sports
Medicine mostram que o PRP pode reduzir significativamente a dor e
melhorar a função em pacientes com lesões crônicas nos tendões. Além disso,
pesquisas indicam que a combinação de BMA com técnicas convencionais de
ortopedia tem levado a melhores resultados na regeneração da cartilagem e no
controle da dor em pacientes com osteoartrite.
“O grande diferencial dessas terapias é que elas
não apenas aliviam os sintomas, mas agem no processo de regeneração dos
tecidos, o que pode atrasar ou até evitar a necessidade de intervenções mais
agressivas, como a cirurgia”, destaca o ortopedista.
Limitações e perspectivas
futuras
Embora os resultados sejam promissores, as terapias
com PRP e BMA ainda enfrentam desafios, como a variabilidade nos protocolos de
aplicação e a resposta individual dos pacientes. Além disso, o tratamento não é
indicado para todos os casos. Pacientes com doenças hematológicas, infecções ou
artrose muito avançada podem não obter os benefícios esperados.
“O PRP funciona melhor em lesões moderadas e precoces,
enquanto o BMA pode ter mais impacto em lesões mais graves. A escolha da
técnica depende da condição clínica de cada paciente”, ressalta o Dr. Brasil
Sales.
Com a crescente demanda por tratamentos menos
invasivos e mais eficazes, novas pesquisas vêm sendo conduzidas para otimizar o
uso dessas terapias. O avanço das tecnologias de bioengenharia também pode
expandir o potencial regenerativo das células aplicadas, tornando o PRP e o BMA
ainda mais eficazes no futuro.
“O que vemos hoje é apenas o começo. A medicina
regenerativa tem um enorme potencial para mudar a abordagem no tratamento de
lesões musculoesqueléticas, reduzindo a dependência de cirurgias e medicamentos
a longo prazo”, conclui o especialista.
Dr. Brasil Sales -ortopedista, acupunturista e especialista em medicina intervencionista da dor, com formação pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Realizou residência em Ortopedia e Traumatologia no Núcleo Hospitalar Universitário (UFMS) e especialização em Cirurgia de Joelho na Clínica Ortopédica Cidade Jardim, em São Paulo. É membro de diversas sociedades médicas, incluindo a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) e o Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura (CMBA). Atua em Tangará da Serra/MT, oferecendo tratamentos como viscosuplementação, infiltração de pontos-gatilho, mesoterapia, acupuntura, eletroestimulação e terapia por ondas de choque. Seu compromisso é proporcionar cuidados de saúde especializados e acessíveis, visando o alívio da dor e a melhoria da qualidade de vida de seus pacientes.
https://www.instagram.com/dr.brasilsales/
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