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quinta-feira, 27 de março de 2025

Billings completa 100 anos de história para geração de energia


Ao longo das décadas, o reservatório passou a ter outros usos estratégicos para a Região Metropolitana de São Paulo



A Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae) celebra o centenário do Reservatório Billings, criado para gerar energia na Usina Henry Borden, em Cubatão, mas que também vem sendo estrategicamente utilizado para promover outros benefícios à capital e Região Metropolitana de São Paulo. Com uma área de 127 km², ela armazena de 1,2 bilhão de metros cúbicos de água e abrange os municípios de São Paulo, São Bernardo, Diadema, Rio Grande da Serra, Mauá, Santo André e Ribeirão Pires.


Reservatório Billings - Crédito: Fundação Energia Saneamento

 

Em 1925, foi aprovado o projeto de implantação do reservatório. A concepção do Billings na região sul da cidade de São Paulo para a geração de energia elétrica proporcionou o desenvolvimento local como um grande polo para o país. A partir de uma ideia visionária do o engenheiro Asa White Kenney Billings, funcionário da The São Paulo Tramway Light and Power Company, foi idealizado o “Projeto Serra”, que visou a geração de energia elétrica em Cubatão, aproveitando o desnível da Serra do Mar.

Ao longo dos primeiros anos a partir da implantação do reservatório com os respectivos barramentos, como a Barragem do Rio Grande, a Barragem Reguladora Billings-Pedras e a Usina Elevatória Pedreira, foram realizadas obras complementares ao projeto, como a retificação do Rio Pinheiros e reversão das suas águas para o Reservatório Billings, a implantação da então Usina Elevatória de Traição, atual Usina São Paulo (localizada próxima ao Shopping Cidade Jardim) e da Estrutura de Retiro, próximo à confluência com o Rio Tietê.




Reservatório do Rio das Pedras – Crédito: Fundação Energia e Saneamento 

 

Com a implantação do reservatório, foi ampliada de maneira significativa a capacidade de geração da Usina Henry Borden, até hoje referência mundial em rendimento energético, com 720 metros de queda da Serra do Mar e uma das maiores do Brasil em aproveitamento hidrelétrico. É também uma das poucas usinas do país que utiliza turbinas tipo Pelton, desenvolvidas para aproveitamento com alta queda e geração de energia com pouca água. Sua capacidade instalada é de 889 MW.

Ao longo das décadas, além da geração de energia, o Billings também se tornou estratégico para a cidade de São Paulo no controle de cheias do Rio Pinheiros em períodos de fortes chuvas. O bombeamento, como é chamado, permite que o rio tenha “volume de espera” para receber altos volumes de água sem o risco de inundações.

O reservatório também passou a ser responsável por diversos usos e serviços para a sociedade, como o abastecimento público, o transporte hidroviário via balsas, mais de 40 parques nos arredores, além de receber a maior Usina Fotovoltaica Flutuante do país.

“A Emae é a única empresa de geração de energia no mundo que possui um reservatório urbano deste porte. Gerir o reservatório com essas características não é apenas um desafio, mas também uma oportunidade estratégica para a região”, afirma Karla Maciel, CEO da Emae.

 

Emae - Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae) é uma companhia privada que atua no setor de geração de energia elétrica por meio de fonte hídrica para o Sistema Interligado Nacional (SIN), ligado à Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Suas usinas e barragens estão localizadas em São Paulo, Região Metropolitana de São Paulo, Baixada Santista e Alto Tietê. Comprometida com a transição energética do país e em diversificar suas fontes de energia, a Emae tem participação na Usina Fotovoltaica Flutuante (UFF Araucária), localizada no reservatório Billings, primeira e maior usina solar flutuante do país.

 

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