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quarta-feira, 26 de março de 2025

Imunidade baixa nesta época do ano pode afetar a flora vaginal e favorecer infecções


Com a chegada do outono, o foco costuma estar nas mudanças respiratórias, gripes e alergias. Mas o que pouca gente sabe é que o clima da estação também pode afetar a saúde íntima das mulheres. De acordo com a ginecologista Dra. Renata Moedim, a queda de temperatura, o ar mais seco e as oscilações imunológicas típicas da estação criam um ambiente propício para desequilíbrios na flora vaginal, abrindo espaço para infecções como candidíase e vaginose bacteriana. 

“Quando a imunidade cai, o organismo fica mais vulnerável a fungos e bactérias oportunistas. E isso não acontece só com as vias aéreas — o mesmo vale para a região íntima, que depende de um equilíbrio muito sensível entre micro-organismos”, explica a médica. “Além disso, no outono as mulheres tendem a usar mais roupas apertadas, tecidos sintéticos e a ficar com a região abafada por mais tempo, o que contribui para a proliferação de fungos.” 

A ginecologista explica que o outono pode provocar alterações hormonais sutis por conta da menor exposição solar e das mudanças no ritmo do organismo, o que impacta até mesmo na lubrificação natural e no pH vaginal. “Quando a flora vaginal perde sua acidez natural, o ambiente se torna mais propício para infecções. Por isso, é comum pacientes relatarem coceira, corrimento diferente e até desconforto na relação sexual durante esse período do ano”, observa Dra. Renata. 

Para manter a saúde íntima em dia no outono, a médica ensina a usar roupas íntimas de algodão e evitar tecidos sintéticos e calças muito apertadas e evitar duchas vaginais e produtos perfumados que alteram o pH vaginal. “Vale ficar de olho nos sinais como coceira, odor forte ou corrimento incomum já que o corpo feminino sente o clima e entender esse impacto é uma forma de cuidar da saúde íntima de maneira preventiva”, conclui a Dra. Renata Moedim. 



Dra. Renata Moedim - ginecologista - Residência médica pelo Hospital do Servidor Público Estadual de 2001 a 2003. Título de especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia). Oncologia Pélvica pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) de 2004 a 2005. Membro da Sociedade Europeia de Estética Íntima
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