Com
a chegada do outono, o foco costuma estar nas mudanças respiratórias, gripes e
alergias. Mas o que pouca gente sabe é que o clima da estação também pode
afetar a saúde íntima das mulheres. De acordo com a ginecologista Dra. Renata
Moedim, a queda de temperatura, o ar mais seco e as oscilações imunológicas
típicas da estação criam um ambiente propício para desequilíbrios na flora
vaginal, abrindo espaço para infecções como candidíase e vaginose bacteriana.
“Quando
a imunidade cai, o organismo fica mais vulnerável a fungos e bactérias
oportunistas. E isso não acontece só com as vias aéreas — o mesmo vale para a
região íntima, que depende de um equilíbrio muito sensível entre
micro-organismos”, explica a médica. “Além disso, no outono as mulheres tendem
a usar mais roupas apertadas, tecidos sintéticos e a ficar com a região abafada
por mais tempo, o que contribui para a proliferação de fungos.”
A
ginecologista explica que o outono pode provocar alterações hormonais sutis por
conta da menor exposição solar e das mudanças no ritmo do organismo, o que
impacta até mesmo na lubrificação natural e no pH vaginal. “Quando a flora
vaginal perde sua acidez natural, o ambiente se torna mais propício para
infecções. Por isso, é comum pacientes relatarem coceira, corrimento diferente
e até desconforto na relação sexual durante esse período do ano”, observa Dra.
Renata.
Para manter a saúde íntima em dia no outono, a médica ensina a usar roupas íntimas de algodão e evitar tecidos sintéticos e calças muito apertadas e evitar duchas vaginais e produtos perfumados que alteram o pH vaginal. “Vale ficar de olho nos sinais como coceira, odor forte ou corrimento incomum já que o corpo feminino sente o clima e entender esse impacto é uma forma de cuidar da saúde íntima de maneira preventiva”, conclui a Dra. Renata Moedim.
Dra. Renata Moedim - ginecologista - Residência médica pelo Hospital do Servidor Público Estadual de 2001 a 2003. Título de especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia). Oncologia Pélvica pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) de 2004 a 2005. Membro da Sociedade Europeia de Estética Íntima
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