Nutricionista dá
algumas dicas para que as festas sejam com moderação
Com a chegada das festas de fim de ano, é comum que
as confraternizações envolvam o consumo de bebidas alcoólicas, como espumantes,
vinhos e cervejas. No entanto, a diversão pode ser seguida pela indesejada
ressaca, capaz de prejudicar a saúde e o bem-estar.
A ressaca é um conjunto de sintomas físicos e
mentais que ocorre após o consumo excessivo de álcool, resultante do impacto
tóxico no organismo, desidratação e desequilíbrio de nutrientes. Entre os
sintomas mais comuns estão dor de cabeça, náuseas, vômitos, tontura, fadiga,
irritabilidade, sensibilidade à luz e ao som, além de sede intensa e boca seca.
De acordo com a nutricionista Ana Lúcia Hoefel,
docente dos cursos de Nutrição e Gastronomia do Centro Universitário da Serra
Gaúcha - FSG, a ressaca ocorre quando o corpo não consegue metabolizar o álcool
de maneira eficiente, sobrecarregando o fígado. “Mesmo pessoas com maior
tolerância ao álcool podem sofrer os efeitos da ressaca, pois o consumo
excessivo de álcool sempre gera danos ao organismo”, alerta
Hoefel.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que
o consumo de álcool não ultrapasse 30 gramas/dia para homens (equivalente a 2
taças de vinho ou 600 ml de cerveja) e 15 gramas/dia para mulheres. “Seguir
esses limites é essencial para evitar os efeitos prejudiciais do álcool”, afirma a
nutricionista, ressaltando ainda que a bebida é diurética e causa desidratação,
o que intensifica os sintomas da ressaca. “Beber água
antes, durante e depois do consumo de bebidas alcoólicas ajuda a minimizar o
mal-estar. Manter-se hidratado é fundamental para reduzir os efeitos negativos", orienta.
Para a professora da FSG, comer antes e durante o
consumo de álcool pode ajudar a retardar a absorção da substância no organismo.
A especialista recomenda evitar comidas gordurosas, que sobrecarregam o fígado,
e optar por alimentos com proteínas magras, como frango e peixe, além de
carboidratos complexos, como grãos integrais.
Bebidas alcoólicas claras e com menor teor
alcoólico, como cerveja e espumante, causam menos ressaca do que as bebidas
escuras, como vinho tinto e whisky. Além disso, misturar diferentes tipos de
bebidas pode aumentar os sintomas da ressaca. “Manter a moderação e evitar
misturas é uma boa prática para evitar o desconforto posterior”.
Um conselho fornecido pela nutricionista é:
consumir sucos de frutas ricas em água, como melancia e laranja, ou bebidas
eletrolíticas, pode ajudar a repor os nutrientes perdidos durante o consumo de
álcool e acelerar a recuperação.
“A intensidade e a duração da ressaca variam
conforme a tolerância do organismo, a quantidade de álcool ingerido, o status
de hidratação e a alimentação antes e durante o consumo. Outros fatores, como
idade, peso e a capacidade do fígado de metabolizar o álcool, também têm
impacto. Mesmo os mais resistentes à ressaca podem sofrer os efeitos de um
consumo excessivo, pois o fígado, responsável pela metabolização do álcool,
precisa de tempo para processá-lo”, finaliza.
FSG - Centro Universitário da Serra Gaúcha.
www.fsg.edu.br
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