A montanha-russa da adolescência: Desafios da transição para o Ensino Médio

 

Valma Souza, diretora do PB Colégio e Curso, do Rio de Janeiro, fala sobre a importância da saúde mental na adolescência e como pais e escola podem ajudar
 

Quem nunca se sentiu perdido em meio a tantas mudanças? A transição do Ensino Fundamental para o Médio é um verdadeiro turbilhão de emoções para os adolescentes. Medo do novo, ansiedade por um futuro incerto, a pressão por resultados... tudo isso pode gerar um turbilhão de sentimentos. Mas calma! Você não está sozinho nessa jornada. Neste texto, vamos te ajudar a entender melhor o que se passa por dentro da cabecinha dos adolescentes e como lidar com essas emoções.
 

A diretora Valma Souza, do PB Colégio e Curso, sabe bem como essa fase pode ser desafiadora. “É como se os adolescentes estivessem em uma montanha-russa”, compara. “Um dia estão no topo, cheios de energia e planos, e no outro, no fundo do poço, sentindo-se perdidos e desmotivados.” É normal sentir essa oscilação de emoções, afinal, o corpo e a mente estão em constante transformação.
 

A saúde mental é um assunto cada vez mais importante e precisa ser levado a sério, principalmente nessa fase da vida. “Os adolescentes precisam entender que é normal se sentir ansioso, triste ou com raiva de vez em quando”, afirma Valma que lembra: “O importante é aprender a lidar com essas emoções de forma saudável e buscar ajuda quando necessário.”
 

Além do apoio familiar e escolar, as atividades extracurriculares e hobbies podem ser grandes aliados para a saúde mental dos adolescentes. “É importante que os jovens encontrem atividades que os façam se sentir bem e os ajudem a se desenvolver como pessoas. Praticar esportes, tocar um instrumento musical, participar de grupos de voluntariado ou simplesmente passar tempo com os amigos são ótimas formas de aliviar o estresse e aumentar a autoestima.”, diz a diretora.
 

Além das mudanças naturais da fase, as redes sociais e a constante comparação com os outros potencializam e podem ser gatilhos para a baixa autoestima e a ansiedade. “É fundamental que os adolescentes entendam que cada pessoa tem seu próprio ritmo e suas próprias qualidades. Comparar-se com os outros é uma armadilha que pode levar à infelicidade. O importante é focar em suas próprias conquistas e celebrar seus sucessos.”
 

A diretora também destaca a importância do apoio familiar nesse momento. “Os pais precisam estar presentes e disponíveis para ouvir seus filhos, sem julgamentos. Muitas vezes, os adolescentes só precisam de alguém para desabafar e se sentir compreendido.”, diz Valma que ressalta que os pais não devem ter medo de procurar ajuda profissional se perceberem que seus filhos estão enfrentando dificuldades mais sérias.
 

Mas e a escola? Qual o papel dela nessa história? “A escola precisa ser um ambiente acolhedor e seguro para todos os alunos. Os professores precisam estar preparados para lidar com as diferentes personalidades e necessidades dos adolescentes, e oferecer um ensino que seja significativo e estimulante.”, fala a diretora que acredita que a escola pode ser um grande parceiro dos pais na promoção da saúde mental dos adolescentes.
 

A transição para o Ensino Médio é um momento de grandes desafios, mas também de muitas oportunidades de crescimento. Ao entender e aceitar suas emoções, buscando apoio quando necessário, cultivando hábitos saudáveis e evitando a comparação com os outros, os adolescentes podem superar qualquer obstáculo e construir um futuro promissor.