A cada início de ano, abre-se um novo ciclo,
trazendo consigo perspectivas de mudanças que começam a ser rascunhadas dia a
dia, com contagem regressiva. É a partir disso que te convido a refletir: nada
existe sem a marca do tempo, é ele que nos permite a grande jornada.
Entretanto, é comum as pessoas desejarem momentos de felicidade e realizações
pessoais ou coletivas ao ano vindouro. E esse desejo é apenas um ponto de
partida! As festas de confraternizações não estão ligadas somente a esta
mudança de ciclo, elas são, também, pulsões inconscientes se expressando em
desejos de melhorias no novo ciclo. Assim, o homem marcha tecendo seus projetos
e sonhos no tapete existencial.
É curioso pensar que cada passo que perde contato com o chão vira passado, e em
cada passado deixamos algumas pegadas de nossa história – e que muitas vezes
resistem ao tempo. Aí está a grande magia da existência, a resistência sobre as
dificuldades encontradas no caminho. Muitos superam, mas outros levam sempre a
mesma narrativa para se iludirem com os mesmos dramas e suas consequências,
projetando-a ao “novo ano” ... Já parou para notar que o passado pode se
repetir com a mesma intensidade de uma novidade?
Diante dessa perspectiva, é relevante questionarmos: o que nos aguardará em um
ano que inicia? Talvez essa seja umas das perguntas mais intrigantes que sempre
ecoa quando se fala em previsões. Porém, fazendo uma analogia sobre a Lei de
“causa e efeito”, poderemos ter uma pálida ideia que vislumbra um “novo
cenário”. Tudo o que virá de novo está relacionado às nossas atitudes na vida
prática, sejam elas positivas ou negativas, trazendo sempre suas consequências.
Somos responsáveis por tudo aquilo que criamos e
damos vida. Muitas vezes sofremos por não encontrarmos uma fórmula que aniquile
a consequência de uma ação adoecida, por exemplo.
Destarte, vivamos com intensidade a cada oportunidade que o universo nos
permita. Pratiquemos ações que façam as pessoas não só terem um simples contato
conosco, mas que saiam desse encontro pessoas melhores. Dessa forma, poderemos
ser mais úteis ao propósito do universo e adquirir algum “capital para trocar”,
com a fórmula que irá destruir a consequência de uma ação doentia que
porventura possa existir, para usufruirmos por alguns momentos da vida em sua
plenitude. Que o ano de 2025 nos transborde de desejos e nos enxarque de
realizações, que possamos acumular muito capital imaterial para a grande
jornada por vir.
Divulgação |
Everaldo de Deus - psicanalista clínico, pedagogo mestre em Educação e especialista em Neuropsicopedagogia. Também é poeta e escritor, e assina o livro de reflexões Banquete das Ideias
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