Psicóloga perinatal explica como aceitar erros, estabelecer limites e
cuidar de si pode ajudar mães a equilibrar maternidade e bem-estar
Crédito: Drazen Zigic
A maternidade é frequentemente apresentada como um estado pleno e feliz,
mas essa visão idealizada nem sempre reflete a realidade vivida pelas mulheres.
Segundo Rafaela Schiavo, psicóloga perinatal e fundadora do Instituto
MaterOnline, essa romantização pode gerar sentimentos de culpa e insegurança.
Para ajudar as mães a desconstruir esses mitos e encontrar equilíbrio, ela traz
três verdades que são pouco discutidas na sociedade.
- Errar
faz parte do aprendizado
Ninguém acerta o tempo todo, e na maternidade não é diferente. Os erros fazem parte da jornada e ensinam lições valiosas para mães e filhos. Não existe uma fórmula pronta, e o que funciona para uma criança pode não funcionar para outra. Reconhecer isso ajuda a reduzir a pressão que as mães sentem e contribui para lidar melhor com os desafios diários. - Estabelecer
limites é fundamental
Aprender a dizer "não" é importante para proteger a saúde emocional e mental. Definir limites com pessoas ao redor permite que as mães criem os filhos de acordo com seus próprios valores, sem o peso de conselhos ou críticas não solicitadas. Esse ato não é egoísmo, mas sim uma forma de cuidado consigo mesma. - O
autocuidado é indispensável
Dedicar tempo a si mesma não é um luxo, mas uma necessidade. Pequenos momentos, como praticar mindfulness, descansar enquanto o bebê dorme ou se dedicar a um hobby, podem fazer uma grande diferença no equilíbrio emocional. Quanto mais as mães cuidam de si, mais energizadas e preparadas elas estarão para apoiar seus filhos.
Verdade bônus: Nem tudo na maternidade são flores
A idealização da maternidade pode levar muitas mulheres a se sentirem isoladas
ou inseguras quando a realidade não corresponde às expectativas. É normal
vivenciar altos e baixos, momentos de alegria e realização misturados com
desafios e cansaço. Aceitar essa dualidade ajuda as mães a se sentirem mais
acolhidas e menos sozinhas em sua jornada. Precisamos romper com essa ideia
romantizada pela sociedade de que toda mãe está sempre plena e feliz.
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