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quinta-feira, 10 de outubro de 2024

Dia das Crianças

Crianças devem ter a infância preservada em meio ao tratamento oncológico, reforça SOBOPE 

Apesar de existirem restrições em alguns casos, é preciso contribuir para que as crianças em terapia não deixem de realizar atividades próprias da idade


 

O Dia das Crianças (12 de outubro) é um momento oportuno para a reflexão sobre a importância do brincar. A Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE) reforça, nesta data, o direito das crianças de viverem a infância em sua plenitude, desfrutando de atividades lúdicas, recreativas e sociais, inclusive ao longo do período de tratamento oncológico. 

Além do direito à saúde, educação, à cultura e ao lazer, à convivência comunitária, à liberdade, e ao respeito e à dignidade, a Lei Federal n° 11.104/2005 determina a obrigatoriedade de brinquedoteca no ambiente hospitalar pediátrico. No ambiente hospitalar, a permanência na brinquedoteca ou mesmo os passeios ao ar livre são permitidos e estimulados conforme o quadro clínico e disposição da criança. 

A recomendação depende da fase de tratamento em que o paciente está e de como ele tem se sentido. Dra. Maristella Bergamo, oncologista pediátrica e diretora da SOBOPE, diz que é essencial conversar para entender quais são os desejos da criança, a fim de buscar inserir na rotina as atividades que ela quer realizar. Ela ressalta que o brincar é fundamental no processo de enfrentamento da doença. 

"A criança não vai deixar de ser criança e precisa ser orientada e estimulada para exercitar o imaginário, brincar e se desenvolver. De acordo com a idade, é válido que esteja ciente de que em tal fase talvez não seja possível participar de uma brincadeira mais energética. Mas sempre lembramos que aquele momento é passageiro e necessário para o sucesso do tratamento e que existem inúmeras opções divertidas, que vão ajudá-la a se distrair", conclui Dra. Maristella. 

Dicas

  • Incluir na rotina da criança momentos de socialização, aprendizado, diversão e descanso;
  • Contribuir para que ela tenha vivências que a idade proporciona, desde passeios até experiências;
  • Estabelecer tempo de qualidade, de interação e afeto com a família e os amigos;
  • Proporcionar momentos de escuta ativa, com foco em dar atenção, carinho e cuidado.


Novos casos

O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que no triênio 2023/2025 ocorrerão, a cada ano, 7.930 novos casos de câncer em crianças e jovens de 0 a 19 anos de idade. Cerca de 80% dos pacientes têm boas chances de cura, principalmente quando o diagnóstico é precoce. 

Além dos pais, médicos, familiares, professores e todos que convivem com crianças e adolescentes devem estar atentos para notar sinais que podem indicar a doença: manchas arroxeadas na pele (hematomas), caroços pelo corpo (ínguas), febre, vômitos, dor de cabeça e persistente, dores ósseas e inchaços nos membros.
 

SOBOPE


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