Saiba como orientar as escolhas alimentares dos seus filhos e logo cedo com dieta equilibrada e capaz de prevenir a obesidade e outros problemas de saúde
A obesidade
infantil é uma preocupação crescente no Brasil. De acordo com dados do
Ministério da Saúde, cerca de 15% das crianças entre 5 e 9 anos estão obesas, e
mais de 30% apresentam sobrepeso. O excesso de peso na infância aumenta
significativamente o risco de doenças crônicas como diabetes tipo 2,
hipertensão e problemas cardiovasculares na vida adulta. Além disso, a
obesidade pode impactar o desenvolvimento emocional, resultando em baixa
autoestima, ansiedade e, em alguns casos, até depressão.
Por isso, é
fundamental que pais e responsáveis estejam atentos à qualidade da alimentação
dos pequenos, criando hábitos saudáveis que podem ser levados para toda a vida,
como explica a nutricionista Andréia Oliveira, profissional cadastrada no
GetNinjas, maior plataforma para contratação de serviços no Brasil. “O número
de crianças obesas no Brasil está diretamente relacionado com problemas que
também são enfrentados pelos pais, como hábitos alimentares inadequados e o
sedentarismo”, explica a profissional.
De acordo com a
especialista, uma alimentação equilibrada na infância não é apenas uma questão
estética, mas trata-se de um fator crucial para o desenvolvimento saudável.
"As escolhas alimentares nos primeiros anos de vida moldam o crescimento
físico e mental das crianças. Uma dieta balanceada, rica em frutas, verduras,
proteínas e grãos, não só previne doenças, mas também melhora a capacidade de
concentração e aprendizado", afirma Andréia.
Evitando
repetir erros
Muitos pais, porém,
não oferecem alimentos ricos em nutrientes para os filhos porque na correria do
dia a dia, acabam optando por alimentos que têm preparo mais rápido e prático
ou nenhuma preparação, como biscoitos recheados, macarrão instantâneo,
embutidos e refrigerantes. Além de pobres em nutrientes, esses ultraprocessados
têm alto teor de açúcares, gorduras saturadas, sódio e aditivos químicos, o que
pode prejudicar o desenvolvimento infantil e contribuir para o ganho excessivo
de peso corporal.
No longo prazo,
esse tipo de alimentação também pode comprometer o metabolismo das crianças,
levando a um quadro de resistência à insulina, que é um caminho para o
desenvolvimento de diabetes. "Uma criança que consome alimentos ultraprocessados
regularmente pode apresentar deficiências nutricionais severas, o que afeta
diretamente no crescimento, no sistema imunológico e até na capacidade de
concentração", explica a nutricionista.
Porém, para
alimentar melhor os filhos no meio da correria do dia-a-dia, os pais podem
começar trocando esses alimentos por opções mais saudáveis, mas que também
sejam práticas, como frutas frescas, castanhas, iogurtes naturais e sanduíches
preparados com pão integral. Além disso, é importante criar o hábito de incluir
alimentos in natura no cardápio diário, para isso, incentivar as crianças a
experimentar novos sabores e texturas desde cedo pode ser uma maneira eficiente
de promover uma relação positiva com a alimentação saudável.
Existe
hora certa para comer
Um outro erro
comum que os pais costumam cometer é não dar uma rotina alimentar bem
estruturada para os filhos. Por conta dos horários dos pais ou falta de
planejamento, muitas crianças acabam pulando refeições importantes, como o café
da manhã, ou só beliscando alimentos pouco nutritivos ao longo do dia. Embora
pareça inofensiva, essa prática desregula o apetite e pode levar ao consumo
excessivo de calorias durante as refeições principais.
Estudos mostram
que crianças que não têm horários fixos para comer tendem a ter maior risco de
sobrepeso e obesidade, além de desenvolverem um comportamento alimentar
desordenado e maior propensão a compulsões alimentares. "Manter uma rotina
de horários fixos para as refeições principais e lanches é fundamental para que
a criança desenvolva uma relação saudável com a comida", aconselha a
especialista.
Além de definir
horários, é interessante que os pais criem um ambiente tranquilo durante as
refeições, evitando distrações como televisão e celulares. O momento das refeições
pode ser uma oportunidade para a família se reunir e cada um falar sobre o seu
dia, por exemplo, o que também pode incentivar as crianças a terem uma relação
mais amigável e aberta com seus pais.
Outro ponto
importante é envolver as crianças no preparo das refeições, que também pode ser
uma excelente estratégia para estimular o interesse por alimentos saudáveis.
“Quando a criança participa da escolha dos ingredientes e ajuda a preparar a
comida, ela tende a experimentar novos alimentos com mais facilidade e prazer”,
finaliza a profissional.
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