O uso das
redes corporativas está em constante evolução. A ampliação do SaaS, a adoção de
redes públicas e o crescimento no volume de videoconferências alteraram a forma
como as pessoas trabalham e a infraestrutura das redes precisa acompanhar essa
tendência. Novas tecnologias como a inteligência artificial (IA) podem ser
integradas a estruturas e sistemas legados para melhorar a performance e manter
a segurança das informações, já fornecida por tecnologias como o Multiprotocol Label Switching
– MPLS.
A
integração da IA em um software defined wide area
network – SD-WAN (rede de longa distância definida por software, em português)
aprimora a priorização no tráfego de informações críticas e sensíveis, a
definição de métodos de transferência usados para cada aplicação e a segurança
na proteção dos dados.
Essas
soluções analisam o tráfego de rede em tempo real, identificam problemas
potenciais de forma preditiva e redirecionam a troca de dados de forma autônoma
para garantir o desempenho ideal, o que possibilita evoluir o Service Level Agreement
– SLA (Acordo de Nível de Serviço, em português) com métricas focadas na
experiência do usuário, o que permite aos gestores ter uma melhor visão da
experiência do usuário de ponta a ponta.
A SD-WAN
com inteligência e capacidade aumentada segmenta o tráfego e procura de forma
contínua opções de conexão de forma automática, usando múltiplas opções de
conexão como internet banda larga incluindo a própria MPLS, 4G ou 5G. Se uma
conexão apresentar alta latência, perda de dados de transferência ou ficar
off-line, a rede direciona o tráfego para outra disponível.
Manutenção e segurança
A IA, por
meio dos dados de telemetria de aplicativos na wide area
network – WAN (rede de longa distância, em português) ajuda a reduzir o tempo
médio para o reparo de conexão entre as redes e mesmo entre dispositivos com e
sem fio conectados.
A
inteligência embargada encaminha recomendações proativas sobre questões que
afetam o usuário final como problemas nos aplicativos, servidores, no provedor
de serviço de internet, nas redes wireless ou cabeada. Isso permite às equipes
de TI obter respostas rápidas, fornecidas pela própria rede, sobre o seu
funcionamento sem a necessidade de consultar painéis de solução.
Por ter
capacidade de aprender e se adaptar a IA permite responder mais rápido às
ameaças, antecipar ataques e reagir com antecedência, o que possibilita
identificar padrões indicativos de ameaças cibernéticas na própria rede ou em
algum ponto de acesso reconhecendo anomalias com mais rapidez e precisão.
De acordo
com a consultoria inglesa, Technavio, o mercado de cybersegurança baseado em IA
deve crescer de 2022 a 2027 uma taxa de crescimento anual composta de 22,3%, o
que equivale a um investimento de US$ 28,29 bilhões na tecnologia.
As
empresas trabalham com informações sigilosas e os colaboradores precisam trocar
essas informações entre si e as companhias também hospedam dados sensíveis de
clientes ou dos próprios funcionários. A IA pode determinar que esses dados
recebam a prioridade para trafegar via MPLS, seguindo as regras de compliance.
A solução
permite implementar uma variedade de medidas de segurança, como firewalls,
VPNs, adoção de políticas de confiança zero, criptografia para que o tráfego de
dados permaneça seguro mesmo quando é necessário trafegar por conexões públicas
de internet. Os níveis de segurança podem ser customizados conforme a aplicação
usada ou perfil dos usuários.
Futuro do trabalho
A
conectividade se torna a cada dia mais crucial no trabalho e adoção da IA nas
redes não é uma opção, mas uma necessidade. A IA é capaz de centralizar e
simplificar o controle e gerenciamento da rede com escala ilimitada para novas
implantações e conexões, mantendo a agilidade necessária para acompanhar o
ritmo de crescimento dos negócios.
Por
possibilitar a integração e automação de todas as redes e segurança nas
conexões, uma rede gerenciada por IA é adequada para empresas com dezenas ou
centenas de escritórios, plantas industriais, pontos-de-venda, entre outros
pontos de acesso distribuídos pelo mundo. Essas empresas precisam de um sistema
de orquestração central, que gerencie os pontos de acesso sem a necessidade de
assistência técnica com expertise no local e uma
rede inteligente é capaz de criar fluxos automatizados, permitindo que a
infraestrutura das filiais seja gerenciada de forma unificada.
Para uma implantação eficiente as empresas devem procurar
parceiros que ofereçam consultoria, implementação e testes que ajudam a avaliar
a tecnologias e desenvolver um plano para integrá-los à infraestrutura
existente e estejam preparados para acompanhar a evolução da IA evoluindo sua
aplicação nas redes e atendendo as normas de compliance visando a segurança das
informações trafegadas.
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