Em 2024, a cidade de São Paulo registrou um aumento alarmante nos casos de coqueluche, passando de 14 casos no ano anterior para 165, segundo dados da Secretaria Municipal da Saúde. A coqueluche, uma infecção respiratória altamente contagiosa causada pela bactéria Bordetella pertussis, voltou a ser uma preocupação de saúde pública. O Dr. Marco Cesar, Diretor Clínico da Salus Imunizações, destacou a importância de medidas preventivas e o papel crucial da vacinação no controle da doença.
O que é a Coqueluche?
A coqueluche, também conhecida como tosse convulsa, é uma infecção bacteriana que afeta o sistema respiratório. Seus principais sintomas incluem:
- Tosse intensa e prolongada, que pode durar semanas.
- Crises de tosse seguidas por um som agudo de inspiração (o característico "guincho").
- Febre baixa.
- Vômito após crises de tosse.
- Exaustão após os ataques de tosse.
A doença é especialmente perigosa para bebês e
crianças pequenas, podendo levar a complicações graves como pneumonia,
convulsões e até a morte.
Aumento dos Casos
O aumento expressivo de casos em São Paulo em 2024 acende um alerta para a necessidade de intensificar as campanhas de vacinação e conscientização. "A coqueluche é uma doença prevenível por vacina, e a queda nas taxas de imunização pode estar contribuindo para esse aumento preocupante", afirmou o Dr. Marco Cesar.
Dicas de Prevenção
A prevenção da coqueluche é fundamental para evitar
surtos e proteger a população, especialmente os grupos mais vulneráveis. Aqui
estão algumas medidas importantes:
1 Vacinação
A vacina contra a coqueluche é a principal forma de prevenção. A imunização é oferecida no calendário vacinal infantil e é recomendada em várias etapas da vida:
- DTPa (Difteria, Tétano e Coqueluche Acelular): Administrada em três doses nos primeiros meses de vida, com reforços aos 15 meses e entre 4 e 6 anos.
- Tdap: Reforço recomendado para adolescentes e
adultos, especialmente para gestantes a partir da 20ª semana de gestação, para
proteger o recém-nascido.
2. Higiene Respiratória
Práticas de higiene respiratória são essenciais para reduzir a transmissão da doença:
- Cobrir a boca e o nariz com um lenço ou com o
braço (não com as mãos) ao tossir ou espirrar.
- Lavar as mãos frequentemente com água e sabão ou
usar álcool em gel.
3. Evitar Contato com Pessoas Doentes
Manter distância de pessoas que apresentem sintomas
de coqueluche, especialmente crianças pequenas e bebês que ainda não completaram
o esquema vacinal.
4. Ambientes Ventilados
Manter os ambientes bem ventilados e evitar
aglomerações pode ajudar a reduzir a disseminação da bactéria.
5. Atenção aos Sintomas
Ao apresentar sintomas de coqueluche, procurar
imediatamente atendimento médico para diagnóstico e tratamento adequado. O
tratamento precoce com antibióticos pode ajudar a reduzir a gravidade e a
duração da doença, além de diminuir a transmissão.
Conclusão
O aumento dos casos de coqueluche em São Paulo em
2024 é um alerta para a importância da vacinação e das medidas de prevenção. A
conscientização sobre a doença e a adesão às campanhas de imunização são
essenciais para proteger a população e evitar novos surtos. O Dr. Marco Cesar
reforça que a coqueluche pode ser controlada com esforços conjuntos da
sociedade e das autoridades de saúde, garantindo um futuro mais seguro e
saudável para todos.
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