No Brasil, 46% dos bebês de até 6 meses se alimentam exclusivamente de leite materno. Campanha atual quer difundir informações e envolver pessoas para elevar a taxa aos 70% previstos pela OMS até 2030
O mês de agosto foca as atenções na importância do aleitamento materno: há 76 anos, desde 1948, os primeiros dias do mês formam a Semana Mundial da Amamentação (SMAM), declarada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), com o objetivo de promover a amamentação e a sua importância para o desenvolvimento saudável dos bebês.
Cinthia Calsinski, Consultora Internacional de Lactação pela IBCLC e Enfermeira Obstetra, lembra que a proposta do Agosto Dourado simboliza a luta pelo incentivo à amamentação. "E a cor dourada tem a ver com o padrão ouro de qualidade do leite materno, que é incomparável, em termos de qualidade, a qualquer outro tipo de alimentação para lactentes", frisa ela.
Todos os anos, a campanha aborda um aspecto diferente, sempre focando na conscientização de que o aleitamento materno deve ser exclusivo até os seis meses de vida do bebê, podendo continuar até os dois anos ou mais.
"No
Brasil, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) reforça o foco no aumento
das taxas de aleitamento materno, chancelada pela Agenda 2030 da Organização
das Nações Unidas (ONU)", explica a especialista, ao ressaltar que as
metas para amamentação na primeira hora de vida e a amamentação exclusiva estão
longe dos índices atuais. "É preciso um forte movimento de conscientização
para conseguirmos atingir esta meta em 6 anos", avalia ela.
Objetivos #SMAM2024:
De acordo com a especialista em amamentação, a atual campanha tem como tema "Fechando as lacunas: Apoio à amamentação para todas", com o objetivo de diminuir as desigualdades que existem hoje no apoio ao aleitamento materno. "Será dada atenção a cenários vulneráveis, como a primeira semana de vida, populações desfavorecidas e amamentação em tempos de emergências e crises", detalha Cinthia, ao listar os objetivos oficiais:
•
Informar as pessoas sobre as desigualdades que existem no apoio e prevalência
da amamentação;
•
Difundir a amamentação como um equalizador para reduzir lacunas na sociedade;
•
Envolver-se com indivíduos e organizações para melhorar a colaboração e o apoio
à amamentação;
•
Mobilizar ações para reduzir as desigualdades no apoio à amamentação,
concentrando-se nos grupos vulneráveis.
Brasil hoje
Os dados mais recentes do Ministério da Saúde brasileiro dão conta de que, em 2022, 45,8% dos bebês brasileiros recebiam leite materno como único alimento até os seis meses de vida. A meta da OMS para 2030 é de 70%.
Sobre Cinthia Calsinski Enfermeira Obstetra e Consultora Internacional
de Lactação
- Enfermeira Graduada pela Universidade Federal de São Paulo-Unifesp
- Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal de São Paulo-Unifesp
- Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal de São
Paulo-Unifesp
- Enfermeira Obstetra pelo Centro Universitário São Camilo
- Consultora Internacional de Lactação pela IBCLC - International
Board Certified Lactation Consultant
- Consultora do Sono Materno-Infantil formada pelo International
Maternity e Parenting Institute (IMPI)
Facebook.com/cinthiacalsinskienfermeiraobstetra
cinthia.calsinski
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