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segunda-feira, 17 de abril de 2023

Entenda como a fisioterapia pode ser aliada no tratamento das sequelas da Covid

Especialistas explicam como a prática pode ajudar na recuperação dos pacientes 

 

A Covid-19 afetou a vida de diversas pessoas e continua deixando rastros até hoje, principalmente em quem ficou num quadro grave da doença. E, nesse sentido, muitas vezes é com a fisioterapia que pacientes com Covid Longa encontram uma grande aliada na recuperação.  

O fisioterapeuta Vinícius Gonçalves, professor do curso de Fisioterapia da Universidade Cruzeiro do Sul, diz que o tratamento fisioterapêutico pode ser feito por meio de reabilitação cardiopneumofuncional, exercícios aeróbicos e respiratórios capazes de favorecer a inspiração. “Cinesioterapia Respiratória e Motora, além de Condicionamento Respiratório, são alguns dos nossos principais métodos”, comenta.  

A Covid Longa remete aos sintomas iniciados após o quadro agudo da doença, que vão além dos respiratórios, como os neurológicos (por exemplo, falta de paladar), que indicavam alerta aos profissionais de saúde. “Uma parte dos sobreviventes relata quadros de prejuízos à atenção, à memória, ao raciocínio e à concentração. Existem relatos de instabilidade postural (desequilíbrio) associada a vertigens (tontura), incoordenação motora e fadiga muscular”, afirma o coordenador do curso de Fisioterapia do Centro Universitário Braz Cubas, Prof. Me. William Shimizu.  

Shimizu complementa que tais sintomas, isolados ou combinados, podem trazer limitações funcionais que prejudicam as atividades da vida diária do paciente. E, assim, há até impacto naquilo que se refere à qualidade de vida individual. Daí lidar com a parte neurológica por meio da fisioterapia pode ser essencial.  

Assim, dentre as abordagens fisioterapêuticas, o treino neurofuncional associado à prática mental são caminhos importantes para estimular o equilíbrio, a coordenação, bem como a atenção e memória.  

“A adoção de exercícios em circuitos terapêuticos com variações de estratégias sensoriais associadas à tarefa dupla e sempre focado na funcionalidade são fundamentais”, afirma Shimizu. “O fato de desenvolver um programa terapêutico em que o paciente seja exposto a um ambiente fisicamente desafiador, pensado para as limitações sensoriomotoras individuais em que requeira concentração e raciocínio, são elementos que pautam essas terapêuticas”, complementa.  

Na maioria dos casos, o tratamento com a fisioterapia pode ser recorrente, visto que as sequelas causadas por quem esteve em um quadro agudo de Covid-19. “Dependendo do resultado, o tratamento será recorrente, pois o paciente, em sequelas mais graves, pode ser dependente de oxigênio ou até mesmo de ventilação mecânica domiciliar”, ressalta Vinicius Gonçalves.  

“Já é comprovado que algumas sequelas podem permanecer de forma permanente, entretanto, no aspecto da reabilitação, estimular a funcionalidade é o objetivo primordial. A avaliação da Fisioterapia é fundamental para estabelecer os diagnósticos, elencar os objetivos terapêuticos e proporcionar ao paciente condutas para reabilitação de acordo com o prognóstico de evolução. Portanto, esse tratamento pode ser momentâneo ou prolongado, a depender do que for identificado no momento da avaliação”, completa Shimizu, coordenador de Fisioterapia da Braz Cubas.  

Por fim, Vinícius Gonçalves, professor de Fisioterapia da Universidade Cruzeiro do Sul, finaliza dizendo que: “A fisioterapia tem um papel fundamental para recuperar e minimizar as sequelas provenientes da Covid Longa e, assim, promover melhor qualidade de vida para os pacientes”. 

 


Universidade Cruzeiro do Sul
www.cruzeirodosul.edu.br


Centro Universitário Braz Cubas
www.brazcubas.br

 

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