Pacientes têm ido
cada vez mais cedo ao consultório em busca de rejuvenescer. Um levantamento
internacional destaca o aumento significativo na realização de procedimentos em
busca da beleza da face
O Brasil é o segundo país que mais realiza
cirurgias plásticas no mundo. De acordo com levantamento recente da Sociedade
Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS, na sigla em inglês), foram
feitos no País 1.634.220 procedimentos cirúrgicos em 2021. Significativos,
especialmente porque se aproximam dos Estados Unidos, primeiro colocado com
1.992.296 cirurgias, os números nacionais encorpam as estatísticas mundiais,
que demonstram crescimento de 19,3%, ou 12,8 milhões de intervenções. Na pesquisa
global da ISAPS, um dado, em particular, chama a atenção: os procedimentos
faciais tiveram aumento de 14,8%. No Brasil, observa o cirurgião plástico
Thomas Benson, há uma procura exponencial por procedimentos que promovam
rejuvenescimento para o rosto. “Acompanhando uma tendência que vem dos Estados
Unidos, há pelo menos três anos constatamos uma busca crescente por este tipo
de cirurgia e uma queda nos procedimentos não invasivos”, afirma.
A ISAPS, organização que congrega cerca de 6 mil
membros de 117 países, destaca em seu relatório global que foram realizadas no
Brasil 612.960 cirurgias faciais no último levantamento anual, divulgado
recentemente. As estatísticas denotam mudanças no comportamento do brasileiro,
segundo Thomas Benson, um dos pioneiros na inovadora técnica de
rejuvenescimento facial Deep Plane Facelift e único cirurgião plástico do País
com título de especialista pelo European Board of Plastic Surgery.
Uma tendência iniciada há cerca de três anos tem,
cada vez mais, levado os norte-americanos interessados em rejuvenescer o rosto
aos consultórios de cirurgia plástica. “Este movimento encontra reflexos no Brasil e,
justamente, vem fazendo aumentar o número de intervenções cirúrgicas faciais”,
observa Benson.
Se por um lado as cirurgias estéticas para a região
da face crescem nas estatísticas, por outro o médico observa o declínio da
procura por procedimentos não invasivos. “Hoje em dia, as pessoas não estão dispostas a
injetar tantos produtos no rosto para preenchimento com a finalidade de
rejuvenescimento”, diz. O especialista avalia ainda que as mulheres compõem um
grande grupo interessado em intervenções cirúrgicas que promovam uma aparência
renovada para rosto, pescoço, olhos e lábios. “A mulher brasileira é muito
vaidosa. E como vivemos em um país latino, este é um lugar que convida as
pessoas a cuidarem bastante da aparência.”
A grande procura também fez com que as técnicas de
cirurgias de face evoluíssem consideravelmente. “Os procedimentos exigem hoje
do especialista atualização constante em técnicas de alta complexidade, que
representam muita segurança para o paciente e para o profissional”, diz.
Segundo Benson, quem se interessa por realizar
estas intervenções espera um resultado natural. “Em momento algum o paciente
quer algo que indique que ele passou por uma cirurgia”, destaca. O
médico observa ainda que as novas técnicas contribuem para que o aspecto
renovado do rosto seja mais duradouro, evitando-se, assim, que as pessoas voltem
ao centro cirúrgico em curto prazo.
Outra mudança comportamental
diz respeito à idade dos pacientes. Segundo o especialista, as pessoas
esperavam envelhecer para recorrer à cirurgia. Hoje, aos primeiros sinais de
uma expressão cansada, ou do estabelecimento das primeiras linhas de expressão,
muitos, prontamente, buscam o consultório. “Com 47 anos, em média, as pessoas já consideram
realizar uma cirurgia plástica facial. A procura, sem dúvida, passou a ser
preventiva”, finaliza o cirurgião plástico Thomas Benson.
Nenhum comentário:
Postar um comentário