Clínica
Fertilidade&Vida, de Campinas, é a primeira no país a disponibilizar a
incubadora inteligente que entrega precisão na escolha dos melhores embriões e
chance de gravidez pode chegar em 80%
Com a utilização da IA utilizada nos processos de Fertilização In Vitro, chance de gravidez pode chegar em 80% |
Chega ao Brasil a primeira máquina capaz de avaliar
e selecionar, por meio de inteligência artificial automatizada (IAA), embriões
de forma automática e, assim, melhorar as taxas de gravidez. A EmbryoScope,
incubadora com software de análise de última geração, categoriza através de uma
série de parâmetros - que hoje não são avaliados usualmente - os melhores
embriões e reduz a probabilidade de anomalias cromossómicas através de uma
técnica não invasiva. Isso melhora, consideravelmente, os métodos de
seleção atuais. Através de um sistema Time Lapse, a máquina conta com uma
câmera embutida que tira fotos a cada 10 minutos em diferentes planos, permitindo
avaliar com precisão padrões do crescimento embrionário, 24 horas por dia, sete
dias por semana. O sistema analisa os embriões automaticamente, atribuindo-lhes
uma classificação de um a dez, dependendo da sua qualidade e morfologia. Uma
vez que a seleção automatizada de embriões é mais precisa do que a seleção
feita pelo embriologista, a probabilidade de uma gravidez evolutiva está
diretamente ligada à percentagem de pontuação e, por isso, a paciente tem mais
probabilidades de sucesso.
“O algoritmo da Inteligência Artificial dispõe de
mais assertividade na escolha do embrião do que o olho humano. A máquina é
capaz de fazer muito mais avaliações e interpretações que o embriologista,
mesmo com a lupa, não conseguiria enxergar”, explica o médico
ginecologista Dr. Carlos Petta, especialista em Reprodução Humana pela
Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida, professor de Ginecologia pela
Unicamp e diretor clínico da Fertilidade & Vida, clínica localizada em
Campinas, no interior do Estado de São Paulo, que importou a máquina.
Segundo o Dr. Carlos Petta, a Inteligência
Artificial é uma inovação nos tratamentos de reprodução assistida e a chance de
gravidez pode chegar em 80% “A IA, sem dúvida, é uma ferramenta que aumenta a
taxa de gravidez nos tratamentos e oferece mais segurança, em especial, na
seleção dos melhores embriões. Atualmente, na Fertilidade & Vida, a taxa de
gravidez em mulheres abaixo dos 35 anos, sem o uso da IA, é de 70%, um
percentual alto. Agora, podemos chegar em uma taxa de cerca de 80%, algo excelente
e muito acima da média dos padrões atuais”, complementa o médico.
Por meio deste equipamento, a seleção dos embriões
é monitorada ininterruptamente até o sétimo dia de desenvolvimento, quando eles
chegam à fase de blastocisto, quando é indicada a transferência dos melhores
embriões ao útero da mulher. Além disso, o sistema permite aos embriologistas,
dispor de uma avaliação minuciosa de cada um dos embriões selecionados. Os que
obtêm a maior nota segundo o software, são os escolhidos para serem
transferidos.
No modelo tradicional a avaliação embrionária é
realizada junto a um microscópio externo, necessitando retirar os embriões de
seu cultivo junto à incubadora, o que pode resultar em menos eficiência no
procedimento, uma vez que o embrião é exposto à temperatura e ar ambiente, pois
sai do ambiente controlado e estável da incubadora. Já o EmbryoScope permite
que logo após a fertilização os embriões se mantenham isolados por todo o
período de cultivo laboratorial, em um ambiente totalmente controlado por
computador, evitando que sejam retirados de seu correto ambiente. O aparelho
permite, ainda, que os casais tenham acesso às imagens dos embriões e todo o
processo do desenvolvimento poderá ser registrado e compartilhado com os
pacientes.
A fertilização in vitro (FIV) é um dos
procedimentos mais utilizados na medicina reprodutiva em todo o mundo. De
acordo com dados do SisEmbrio,
nos últimos dois anos, 202 mil embriões foram congelados no Brasil. Somente em
2021, foram realizados 49.952 ciclos de FIV, 11 mil a mais do que em
2020. Estima-se ainda que mais de 8 milhões de pessoas em todo o
mundo tenham sido geradas por esta técnica, de acordo com a Sociedade Europeia
de Reprodução Humana e Embriologia.
A fertilização in vitro é recomendada em casos de
endometriose profunda, alterações das trompas e diminuição da quantidade ou da
qualidade dos espermatozoides. O procedimento (FIV) é dividido em quatro
etapas: estimulação ovariana, coleta dos óvulos e espermatozoides, fecundação
assistida e, por fim, a transferência dos embriões.
No Brasil, o Conselho Federal de Medicina determina
que “a idade máxima das candidatas à gestação por técnicas de RA é de 50 anos”,
sendo que essa idade pode ser excedida em casos em que a mulher seja saudável e
esteja ciente dos possíveis riscos de uma gestação mais tardia. A alimentação
balanceada, prática de exercícios físicos e evitar tabagismo, álcool e drogas
podem fazer toda a diferença em relação à fertilidade e à gestação saudável.
A fim de aumentar as possibilidades para identificar
o potencial de gerar embriões saudáveis, a ciência faz da tecnologia uma grande
aliada, já que a inteligência artificial melhora o sucesso do procedimento.
“Estudos apontam que diferentes embriologistas podem
classificar o mesmo embrião de forma distinta, dependendo de suas experiências.
Com a IA ocorre uma padronização dos parâmetros, uma vez que o algoritmo
examina as estruturas com maior precisão e segurança”, finaliza Dr.
Carlos Petta.
Clínica Fertilidade & Vida
https://www.fertilidadevida.com.br
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