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quinta-feira, 27 de outubro de 2022

“Quanto mais cedo, maior a chance de cura”: a importância da mamografia no combate ao câncer de mama

Iniciar o tratamento na fase inicial do câncer de mama faz com que a chance de cura seja maior que 90%, aponta mastologista do Seconci-SP


 “O câncer de mama é uma doença multifatorial. Não existe uma única causa, assim como não existe para a maioria dos outros cânceres”, aponta a dra. Geisiela Campanerutti, mastologista do Seconci-SP (Serviço Social da Construção). Em meio à campanha do Outubro Rosa, mês de prevenção do câncer de mama, mulheres e homens devem se atentar aos sintomas e fatores de risco.

A especialista salienta dois tipos de fatores de risco para o câncer de mama. O primeiro é o risco modificável que está atrelado a sedentarismo, tabagismo, obesidade, uso de anticoncepcionais e reposições hormonais. “Fatores sobre os quais nós conseguimos atuar e fazer a prevenção. Prevenimos isso com exercícios físicos, no mínimo 150 minutos durante a semana, uma alimentação saudável, cessar o tabagismo e reduzir o consumo de álcool”, complementa.

O segundo fator de risco é o não modificável, que condiz com casos de câncer de mama na família, por exemplo. Para esses casos, é necessário que a pessoa mantenha exames de rotina e acompanhamentos médicos para um melhor rastreio da doença.

“Outro fato é a pessoa ter nascido mulher. A incidência do câncer de mama na população de risco habitual, ou seja, a pessoa que não possui histórico de câncer de mama ou ovário na família, é de 12,5%. Isso significa que uma a cada oito mulheres vai ter câncer de mama. É um número bastante expressivo”, alerta a mastologista.

Dados esses números, é necessário que os exames sejam rotineiros. Não são procedimentos de prevenção, mas de rastreio, para pacientes que não apresentam sintomas. Os exames anuais servem para identificar lesões suspeitas em suas fases iniciais. A mastologista ressalta que, quanto mais cedo se iniciar o tratamento, maior é a chance de cura.

“Quando descobrimos um câncer de mama no início, quando ele ainda não é palpável, por exemplo, a chance de cura dessa paciente é maior que 90%. A paciente vai ser submetida a cirurgias menores, às vezes não vai nem precisar do tratamento sistêmico, como por exemplo a quimioterapia. É um tratamento muito menos agressivo”.


Prevenção e tratamento

A Sociedade Brasileira de Mastologia e o Colégio Americano de Radiologia recomendam que mulheres com mais de 40 anos façam a mamografia anualmente. Dra. Geisiela informa sobre a importância do procedimento: “A mamografia é o único exame até hoje, cujos estudos mostraram que diminui em quase 30% o risco de morte”. Em casos de alteração nos resultados do exame, a paciente pode ser orientada a fazer um ultrassom ou uma ressonância magnética para complementar a investigação.

Os sintomas apresentados podem variar entre nódulos palpáveis, retração, tamanhos diferentes entre as mamas, alteração na coloração, descamações, coceiras ou saída de líquido da mama, principalmente sangue. “Tudo isso deve ser investigado. Em todos esses casos deve ser procurado um especialista, seja ele ginecologista ou mastologista”.

A especialista destaca que, mesmo com uma incidência consideravelmente menor que a de mulheres, homens também podem ter câncer de mama. “O homem também tem mama, ele tem uma mama primitiva não desenvolvida e é muito comum que eles não façam exames, porque não existem orientações de rastreio para eles. Mas o homem notando qualquer sintoma, deve procurar um especialista para solicitar a mamografia e o ultrassom”.

“O que fazer ao descobrir um câncer de mama? A primeira coisa é procurar uma rede de apoio familiar. É preciso apoiar essa paciente durante todo o tratamento. Ela também precisa se identificar com o médico que a irá acolher e tirar todas as suas dúvidas”. Dra. Geisiela explica que o tratamento é individualizado e personalizado para cada paciente, podendo ser alterado conforme a sua idade, estágio do tumor e condição de saúde. Os procedimentos envolvidos no tratamento, de maneira geral, podem incluir cirurgia, tratamento sistêmico através da quimioterapia, terapia alvo, imunoterapia, radioterapia e a hormonioterapia, que podem variar entre cada paciente.


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