“Por que estou nesse lugar?”
“Será que tenho competência para esse cargo?”
“Será que mereço esse relacionamento?”
“Eu não deveria estar aqui!”
“Eu não merecia esse prêmio”
Se você se sente incomodado toda vez que recebe um
elogio, deixa tudo para depois, tem dificuldade de dizer não para os outros,
quer agradar todo mundo ou sempre acha que as coisas boas e as oportunidades
são apenas sorte que surge em sua vida, preste bem atenção: você pode estar
sofrendo da chamada Síndrome do Impostor.
A Síndrome do Impostor é caracterizada por pessoas
que têm tendência à autossabotagem e isso é muito sério, principalmente em
tempos difíceis.
Entenda o que é Síndrome do Impostor, a sensação de
que a qualquer momento alguém vai descobrir que você é uma fraude.
Segundo estudos da psicóloga Gail Matthews, da
Universidade Dominicana da Califórnia, nos Estados Unidos, a condição está
ligada à alta competitividade do mercado e atinge 70% dos profissionais.
Você pode perder ótimas oportunidade e ideias
criativas, simplesmente por sofrer essa síndrome.
A Síndrome do Impostor é aquela insatisfação
recorrente com o seu próprio desempenho, que se soma à falta de valorização dos
seus resultados.
Pessoas com essa autopercepção atribuem o sucesso
de suas conquistas a fatores como ajuda de terceiros, momentos oportunos,
conexões, coincidências, carisma e outros elementos que não possuem relação com
seu esforço pessoal.
Isso pode ocorrer em todos os aspectos da sua vida,
seja no campo social, profissional, pessoal ou no aprendizado constante,
atrapalhando e muito na prosperidade.
Algo bem interessante — e daí vem o nome impostor —
é que essas pessoas que desenvolvem essa síndrome “temem ser descobertas como
fraudes”. Por não confiarem em suas próprias habilidades e intelecto, acreditam
que os demais podem chegar à conclusão de que, na verdade, não são capazes de
atingir o nível de excelência atribuída a elas. Assim, serão acusadas de
enganarem a todos.
Quem não acredita nas coisas positivas e está
sempre esperando o pior de si mesmo, sem perceber, está se autossabotando e
tende a não conseguir cumprir seus projetos ou tarefas simples entrando, assim,
em um ciclo de negatividade constante.
Quem não enxerga seu próprio valor acaba não se
sentindo merecedor das coisas boas que a vida traz. É como receber uma benção
divina, mas ao invés de ficar feliz, se sente não merecedor e acaba sofrendo
por isso.
A Síndrome do Impostor faz com que suas vítimas não
consigam perceber o valor das suas habilidades e competências e elas acabam se
colocando numa espécie de vigília negativa, num temor intermitente de serem
consideradas “uma fraude”.
Algumas características são sempre presentes
A Síndrome do Impostor tem muitos sintomas, os
quais podem ser encontrados abaixo.
Fazer comparações: isso
atrapalha qualquer pessoa, mas no caso do impostor, a comparação traz base para
suas teorias de que o outro é sempre melhor. As comparações são constantes em
pessoas com essa síndrome. Elas não conseguem se satisfazer consigo mesmas, por
isso, comparam os seus talentos, conquistas e carreira com as dos outros. Olha
sua vida e a dos outros o tempo todo e em todos os campos.
Procrastinação: deixa
sempre coisas para depois. Esse é um dos sintomas mais presentes. Adiar
compromissos e tarefas, deixando para concluí-los no último minuto. Pode
parecer normal para muitos, mas no caso do impostor tem uma intenção: deixando
para fazer em cima da hora afasta o momento de ser criticado ou avaliado. Por
outro lado, reduz a qualidade do trabalho também. Algo bem comum também é o
abandono de tarefas. Devido ao medo de não conseguirem chegar a um bom
resultado, deixam de fazer a tarefa.
Trabalhar excessivamente: pode
parecer um ciclo sem fim, mas no caso do impostor, ele faz muito por não sentir
que está bom o suficiente. Para tentar alcançar o ideal em suas mentes e
combater possíveis suspeitas de terceiros acerca de seu merecimento, essas
pessoas passam muito tempo trabalhando. Dessa forma, acabam sendo mais
suscetíveis ao esgotamento psicológico.
Medo de receber críticas: a Síndrome
do Impostor faz com que as pessoas fujam de ocasiões em que possam ser
criticadas ou avaliadas. Elas se “escondem”. Podem, muitas vezes, adiar o
início de um projeto ou ideia criativa por desejarem não receber críticas por
conta disso. Vivem sempre com a voz interna condenando a si mesmas.
Vontade de agradar a todos: se recebem
uma crítica vão trabalhar incansavelmente até agradar aquela pessoa. O medo de
ser desmascarado pode levar as pessoas com essa síndrome a tentar agradar a
todos ao seu redor. Podem até mesmo se submeter a situações degradantes para
conseguirem a aprovação dos outros.
Autossabotagem: todos os
sintomas são consequência de uma tentativa árdua, inconsciente (ou não) e
contínua de autossabotagem. Ele nunca é bom o suficiente. Por achar que vai ser
“descoberto”.
Para se prevenir e mesmo enfrentar a Síndrome do
Impostor é preciso abandonar hábitos negativos. Por exemplo, ao invés de
colocar-se para o mundo como uma pessoa preguiçosa, faça o contrário e pense
que você é uma pessoa de sucesso, lembrando das suas características positivas
e de coisas que já deram certo para você. A simples mudança de foco vai te
ajudar a entrar em um ciclo de positividade. O maior desafio está em perceber
que a Síndrome do Impostor acontece com você em maior ou menor escala. Agora,
se você percebeu algum desses sintomas, pode começar a trabalhar para mudar
essa realidade.
Outro hábito positivo que se deve criar é aceitar
os elogios que são dirigidos a nós. Se você foi elogiado é por que mereceu e
teve reconhecimento por isso. É sinal de que o outro viu um valor em você que,
às vezes, nem você havia percebido. Receba esse elogio. Passar a aceitar o que
dizem de bom sobre você é um exercício. Você pode estar programado só para
aceitar críticas, ofensas, xingamentos e quando chega um elogio pode estranhar.
Faça o contrário, agradeça e mentalize: eu mereço, recebo e agradeço.
E quando receber uma crítica, lembre-se de que
todos estamos em constante processo de aprendizado e que errar faz parte do
caminho. Nada é perseguição ou uma crítica somente à sua pessoa. Quando
aceitamos e identificamos o que pode ser melhorado, adotamos uma postura mais
assertiva e evitamos nos colocar na posição de vítimas.
O que mais agrava a Síndrome do Impostor é o
seguinte: quem sofre com o não merecimento, acaba se contentando com uma vida
muito abaixo do que realmente poderia ter. E isso não tem nada a ver com zona
de conforto. Justamente porque o “impostor” exige muito de si mesmo, mas acha
que nunca é suficientemente bom. A insegurança faz com que a pessoa não
acredite que é capaz para realizar um trabalho ou mesmo para ser aceita pelos
outros.
Ela pensa que os melhores resultados estão
guardados para quem merece ser mais amado e valorizado, ou seja, todo mundo
pode ter mais e melhor, menos ele mesmo.
Quem busca uma perfeição que não existe precisa
tomar algumas atitudes imediatas, como abandonar os pensamentos que
superestimam sua importância e cultivar a autoestima. Como expliquei, são
pequenos, mas importantes passos que definem sua nova postura: a de vencedor.
Aceite mais que é bom de verdade, pare de comparar-se com os outros, tire um
tempo para você.
Abra as portas para as coisas boas que estão chegando,
lembre-se de que a felicidade bate à sua porta, mas ela é tão educada que
espera você a convidar para entrar.
Famosos que assumiram ter a Síndrome do Impostor
Acordar, olhar-se no espelho e se sentir uma
fraude. Viver atormentada por sentimentos de incapacidade e inferioridade.
Relatada recentemente por personalidades como Juliette e Adele, e já abordada
abertamente por nomes como Michelle Obama e Meryl Streep, essa sensação, que
aflige grande parte das mulheres, tem nome: a “Síndrome da Impostora”.
A Síndrome do Impostor é uma autopercepção ilusória
e distorcida das próprias habilidades, que leva indivíduos a acreditarem que
não são qualificados para desempenhar tarefas para as quais têm plena
competência.
William Sanches -Terapeuta e autor de mais de 20 livros.
Especialista em Comportamento Humano e Reprogramação Neurolinguística. É
pós-graduado em Neurociências e Comportamento pela PUC-RS. Também cursou
Letras, Pedagogia e é pós-graduado em Literaturas, Educação, Psicologia
Positiva e Programação Neurolinguística. Estudou as Questões Sociais do Novo
Milênio na Universidade de Coimbra, em Portugal. Apaixonado pelas
questões que envolvem a alma, aprofundou-se nos estudos sobre espiritualidade
independente e participou de retiros pelo Brasil, Índia e Israel. Com uma
linguagem dinâmica e atual, consegue permitir uma reflexão capaz de construir
novos caminhos. Educador por excelência, dedica-se às palestras, cursos e workshops
que profere em todo o mundo, já atingindo um público estimado em dois milhões
de pessoas. Possui mais de 25 livros publicados no Brasil, Europa e em toda
América Latina. Seu Canal no YouTube ultrapassa 35 milhões de
visualizações.
www.williamsanches.com ou pelas redes
sociais @williamsanchesoficial
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