Isolamento e afastamento do trabalho devem ser
mantidos até a cicatrização da pele
A Organização Mundial da Saúde (OMS)
decretou em 23 de julho a Monkeypox (Varíola dos Macacos) como emergência
sanitária global. Dada a importância da prevenção da doença nos locais de
trabalho, residências, transportes e locais públicos, o Seconci-SP (Serviço Social da Construção)
elaborou abaixo uma série de informações e orientações que devem ser divulgadas
aos trabalhadores e seus familiares.
O que é? A Varíola dos Macacos é uma doença causada por vírus e a
transmissão se dá através de contato direto com lesões, sangue, fluidos
corporais, gotículas respiratórias ou contato com material contaminado. A
transmissão entre humanos ocorre, principalmente, por meio de contato próximo
com lesões de pele de pessoas infectadas (beijos, abraços, relações sexuais,
massagens ou secreções respiratórias) ou por contato com objetos (roupas,
roupas de cama e/ou toalhas).
Apesar de receber a nomenclatura dos
macacos, o surto não tem participação destes animais na transmissão para seres
humanos e, por isso, é importante que esses animais não sofram nenhuma
retaliação ou maus tratos por parte da população.
A incubação, tempo entre o primeiro
contato com o vírus até o início dos sintomas, ocorre geralmente de 6 a 13
dias (podendo variar de 5 a 21 dias).
Sintomas mais comuns: dor de cabeça, febre, dor no corpo, fadiga, mal-estar, dor nas
costas e aumento de gânglios, que evoluem com lesões e/ou feridas avermelhadas
na pele no local da infecção e que se espalham rapidamente pelo corpo
(principalmente em boca, genitália e olhos). Quando a crosta da lesão
desaparece, é sinal de que a pessoa deixa de infectar outras pessoas.
A maioria dos seres humanos apresenta
sintomas leves ou moderados. Quantos aos sintomas graves, as complicações podem
incluir encefalite (inflamação do cérebro), infecções bacterianas,
desidratação, conjuntivite, ceratite e pneumonia. De forma geral, a evolução é
boa e o cuidado com as lesões é o tratamento para casos sem complicações.
Prevenção: evitar o contato com materiais infectados (como roupas e
objetos de uso pessoal) e contato com pessoas infectadas. A higienização das
mãos também evita o contágio.
Casos confirmados: isolamento social até que as erupções estejam totalmente
resolvidas, ou seja, até que todas as crostas tenham caído e a pele esteja
intacta. O isolamento social inclui não sair de casa (exceto em casos
emergenciais), não praticar atividade sexual, não compartilhar itens
contaminados e de uso pessoal, usar máscara cirúrgica ajustada e cobrindo nariz
e boca, limpeza e desinfecção de superfícies contaminadas e higiene das
mãos.
Cuidados: as lesões na pele devem ser cobertas o máximo possível e os
curativos trocados quando úmidos, para evitar infecção de outras pessoas.
Deve-se evitar o contato com as feridas e levar as mãos à boca e/ou
olhos.
Sinais de alarme: piora dos sintomas, incapacidade de alimentar-se,
dificuldades respiratórias, confusão mental ou lesões de pele doloridas e/ou
infectadas, procurar imediatamente o serviço de saúde.
Tratamento: não há um tratamento específico para a doença. São receitadas
medicações apenas para tratar os sintomas.
Recomendação: não compartilhar objetos de uso pessoal e de trabalho.
Em caso de suspeita, procure o
serviço de saúde para o diagnóstico correto e rastreio dos contatos.
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