As boas práticas de governança podem ser o elemento fundamental para levar cooperados a um novo patamar
Segundo
dados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) existem no Brasil
atualmente 4.880 cooperativas na ativa
Segundo dados da Organização das Cooperativas Brasileiras
(OCB) existem no Brasil atualmente 4.880 cooperativas na ativa. Deste total,
mais de 2,5 mil estão no mercado há mais de 20 anos, o que comprova a solidez e
a relevância desse modelo organizacional. Há mais de 40 anos, são apenas 597 na
ativa. Mas nem sempre essa longevidade é uma realidade: infelizmente 70% das
cooperativas deixam de existir antes mesmo de completarem dez anos de atuação.
O que todas essas cooperativas têm em comum? A
intenção de permanecerem ativas ao longo dos anos, assim como as famílias
cooperadas, mas o fato é que algumas dificuldades ao longo do caminho acabam
afetando sua perenidade. As boas práticas de governança
podem ser o elemento fundamental para garantir um crescimento saudável e
próspero e levar os cooperados a um novo patamar.
Atualmente, a governança
e seus mecanismos de controle, não se limitam apenas às grandes corporações e
podem ser adotada e adaptada às necessidades de qualquer tipo de organização,
incluindo as famílias em cooperativas, pois auxiliam no desenvolvimento de uma
cultura de gestão profissional e planejamento estratégico, independentemente do
porte e do ramo de atuação.
O desenvolvimento e a competitividade das famílias
com negócios em cooperativas aumenta com uma gestão mais transparente. Essa
transparência auxilia na criação de uma cultura de integridade na família, o
que gera um bom clima entre todos os membros e permite que a cooperativa
prospere realmente.
Outro objetivo da governança é o aprimoramento da
participação dos cooperados nos processos decisórios, além do incentivo para
implantar inovação e melhorar a qualidade dos serviços prestados. Todos esses
pontos direcionam ao caminho de melhores resultados financeiros.
Planejamento familiar e longevidade
A governança também tem o papel de guiar o processo de sucessão dos
cooperados, pois desenha essa passagem de bastão com cuidado e antecedência. O
planejamento sucessório familiar é uma forma de garantir que os membros da
família gerenciem seu negócio com competência, eficiência e honra, mantendo
assim sua continuidade, lucratividade e as boas práticas gerais de gestão
através das gerações.
Ele evita conflitos e garante a indicação de
membros com capacidade técnica para os cargos de gestão. Este planejamento
ajuda as famílias a evitarem anos de litígios e processos judiciais,
determinando quem deve suceder o gestor e seu patrimônio.
Cooperativismo no Brasil
No Brasil, a maioria das cooperativas são do ramo agropecuário, mas
também estão em área diversas, como transporte, saúde, crédito, produção de
bens, serviços e consumo.
O cooperativismo é um modelo de organização social em que as empresas são de propriedade e operadas coletivamente por seus membros. No Brasil, há um movimento de cooperativismo em expansão e as cooperativas respondem por quase 25% do PIB brasileiro, representando 17,1 milhões de cooperados e quase 500 mil empregados formais.
Antonio Cavalcanti -
consultor sênior na GoNext e atua na
implantação de projetos de Governança Corporativa & Sucessão. Com mais de
25 anos de experiência em treinamento e desenvolvimento empresarial,
principalmente com equipes de gestão e de vendas, já realizou centenas de
trabalhos em diversas empresas de setores e tamanhos variados, atendendo as
necessidades especificas de cada projeto.
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