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terça-feira, 16 de agosto de 2022

Bactérias de cárie podem atingir tecido cerebral

Apesar de raro, o abcesso cerebral pode levar a risco de morte


O abcesso cerebral é uma doença rara, mas ao mesmo tempo grave e leva ao risco de morte do paciente. As infecções dentárias têm sido relatadas como fontes de bactérias e elas podem dar origem a esse quadro clínico, inclusive, em crianças”, alerta o Dr. Ricardo Santos de Oliveira, neurocirurgião pediátrico.


Segundo o médico, as bactérias de uma cárie, por exemplo, podem atingir o tecido cerebral por meio da circulação sanguínea. Uma vez instalada neste tecido, a bactéria vai produzir uma reação inflamatória que se torna uma coleção cheia de pus, porque o organismo vai tentar isolar a bactéria.


“O paciente pode se queixar de cefaleia, sonolência, náusea, fraqueza de um lado do corpo e até mesmo ter convulsões”, explica o neurocirurgião. Os exames diagnósticos são comumente a tomografia de crânio e a ressonância magnética, em casos específicos.


Geralmente, o tratamento inicial pode ser feito através da administração de antibióticos, mas, via de regra, é preciso drenar o abscesso através de um procedimento cirúrgico. “Isso é feito através da realização de uma perfuração e um guia como uma cânula, por exemplo, nos leva até o abscesso para podermos esvaziá-lo. O paciente deve ser acompanhado semanalmente com tomografia de crânio. Quando há recorrência do abscesso ou quando ele não tem resolução, podem ser necessárias outras drenagens e até mesmo a remoção do abscesso através de cirurgia”, finaliza Dr. Ricardo.

 

Dr. Ricardo Santos de Oliveira - Neurocirurgião pediátrico principal do caso das gêmeas siamesas do Ceará. Graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP). Doutor em Clínica Cirúrgica pela Universidade de São Paulo, com pós-doutorados pela Universidade René Descartes, em Paris na França e pela FMRPUSP. É orientador pleno do programa de pós-graduação do Departamento de Cirurgia e Anatomia da FMRPUSP e médico assistente da Divisão de Neurocirurgia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Atua com consultórios em Ribeirão Preto e em São Paulo no Instituto Amato.
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