Entenda como o
autoconhecimento pode ajudar a romper a dependência emocional e fortalecer a
relação a doisDivulgação
Ter um relacionamento feliz, em que o amor e o
respeito prevaleçam é o desejo de todos que se dispõem a conviver a dois, seja
em um namoro ou em compromissos mais sérios, como o casamento. Entretanto, para
se ter uma união saudável e que permita construir diariamente novos alicerces
para se tornar duradoura, a autonomia emocional é uma das habilidades
essenciais para romper com a toxicidade da dependência do outro, principal
gatilho para o desgaste das relações, baixa autoestima e desamor.
Cada qual com suas particularidades, personalidades
e crenças, é natural que com o passar do tempo existam alguns desentendimentos
e pontos de discordância, resultando em sentimentos negativos para com a outra
pessoa. De acordo com a palestrante, especialista em desenvolvimento do
potencial humano e autora do livro Inovação Emocional, Heloísa
Capelas, que define a autonomia emocional como a
responsabilidade que tomamos por nossos pensamentos, sentimentos e
comportamentos, precisamos dessa consciência para entendermos o que nos
pertence e o que faz parte do “lixo emocional” do outro.
“Autonomia emocional é a capacidade de caminhar com
as próprias pernas para dar conta das suas emoções, independentemente do que o
outro diga, faça ou pense. É escolher o que você vai pensar e sentir sobre si
mesmo e sobre o mundo à sua volta; escolher se o outro tem poder de magoar ou
não você; escolher se vai ficar ressentindo aquela mágoa ou não. Não posso
entregar ao outro o poder sobre minhas emoções, sobre como vou me sentir e me
comportar. Por isso, assumir a responsabilidade e praticar a autoliderança é
tão essencial. Quando estou à frente de mim mesmo, ninguém pode tirar o meu
prumo. Quanto mais responsabilidade você tiver pela sua vida, mais
escolhas poderá fazer. Isso é consciência, é escolha sustentável”, explica
Heloísa.
Ainda de acordo com a especialista, na dependência
emocional autorizamos que o outro nos faça mal quantas vezes quiser, como se
ele fosse responsável pela maneira como nos sentimos. Além disso, dependemos
dessas opiniões externas para estabelecer o nosso valor. “Uma das
coisas mais bacanas da autonomia emocional é que, com ela, a crítica do outro
não impacta você de modo desproporcional. Você não se sente atacado, ofendido
ou envergonhado quando alguém diz que você não fez um bom trabalho – afinal, o
outro não tem esse poder sobre você. Isso lhe dá clareza de pensamento e
abertura para avaliar a crítica que recebeu, usá-la para seu aprimoramento, e
perceber o que é lixo emocional despejado em você. Com isso, as brigas podem
terminar antes mesmo de começar, à medida que identificamos esses gatilhos que
nos fazem reagir bem mal, em muitas ocasiões”, destaca.
Como se adquire a autonomia emocional?
De acordo com Heloísa Capelas, o autoconhecimento é
primordial e um dos primeiros passos é a presença, ou seja, viver no presente,
sem se preocupar excessivamente com o futuro, com o que o outro irá pensar ou
como irá reagir em determinadas circunstâncias, assim como perdoar e se
desprender do passado, daquilo que já foi.
“Ao observarmos nós mesmos, maior presença surge em
nossas vidas. Treinando um pouco por dia, observando com sinceridade nossos
sentimentos e comportamentos, vamos aos poucos, adquirindo cada vez mais
autonomia emocional. Estando presentes não adiamos mais o ‘eu te amo’ e os
reencontros. Neste processo, a respiração consciente é um dos modos mais
efetivos para fincar os pés no aqui e agora. Por meio dela nós podemos nos
perceber e ter tempo necessário para tomar decisões efetivas e conscientes no
lugar de respostas automáticas”, conclui a escritora.
Heloísa Capelas -
especialista em desenvolvimento do potencial humano por meio do
autoconhecimento e do aumento da competência emocional há cerca de trinta anos.
Conferencista nacional e internacional, aplica cursos com a Metodologia
Hoffman, considerada por Harvard um dos trabalhos mais eficazes na mudança de
paradigmas para líderes. Expert em processos transformativos e psicodinâmica
aplicada aos negócios, é também diretora do Centro Hoffman no Brasil, coach e
master practitioner em Programação Neurolinguística (PNL). Heloísa é coautora
dos livros Ser + Inovador em RH (2010), Ser + em Gestão de Pessoas (2011),
Master coaches (2012), Coaching prático: o caminho para o sucesso (2007), Damas
de Ouro: a liderança feminina em ação (2012) e autora dos best-sellers Perdão,
a revolução que falta, O mapa da felicidade e Inovação Emocional, todos
publicados pela Editora Gente.
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