Empresa de
segurança indica medidas preventivas aos jovens, que hoje estão entre as
principais vítimas da violência
Segundo o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a
Infância), entre 2016 e 2020, 35 mil crianças e adolescentes, entre 0 e 19
anos, foram mortos por violência no Brasil, uma média de 7 mil por ano.
O Panorama
da Violência Letal e Sexual contra Crianças e Adolescentes no Brasil,
lançado pelo Unicef e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública em outubro de
2021, corrobora os dados sobre violência contra os jovens com uma análise
inédita de boletins de ocorrência das 27 unidades da Federação e demonstra
que adolescentes morrem, em sua maioria, fora de casa, vítimas da
violência urbana e do racismo.
O estudo aponta ainda que o adolescente é a
principal vítima de mortes violentas e que das 35 mil mortes violentas de
pessoas até 19 anos, identificadas entre 2016 e 2020, mais de 31 mil tinham
entre 15 e 19 anos.
Uma das recomendações do Unicef é que, para
prevenir e responder à violência, é importante garantir que crianças e
adolescentes tenham acesso à informação, conheçam seus direitos, saibam
identificar diferentes formas de violência e pedir ajuda.
Para Vinicius Freitas, Diretor de Operações do
GRUPO GR, uma das maiores empresas de segurança do país, “levantamentos como
esse ajudam a entender o cenário e a tomar medidas preventivas, que garantam
mais segurança às famílias e aos jovens”.
Freitas aponta que hoje os adolescentes, em
especial os que frequentam locais públicos, são alvos de furto de celulares e
pequenos pertences, como relógios, joias, tênis, além de sofrerem de sequestros
relâmpagos e aplicação de golpes de Pix. “A regra de ouro para detectar esse
tipo de golpe é desconfiar quando a ‘esmola’ for grande demais. Os familiares
precisam trocar informações com esses jovens sobre as situações cotidianas de
segurança, em um diálogo aberto e participativo, sem intimidar com broncas,
para que os jovens não mintam sobre as situações ou omitam fatos. O ideal é
criar uma orientação diária e repetitiva para uma cultura natural de
segurança”, explica.
Ele comenta ainda que os locais e horários mais
visados para a abordagem costumam ser entrada e saída de residências, escolas,
academias e pequenos eventos isolados em estabelecimentos comerciais, entre 6 e
9 horas, 11 e 14 horas e 18 e 21 horas. “Além disso, é necessária a atenção aos
locais com mais de duas opções de rota de fuga, com baixa iluminação pública
durante a noite e com carência de policiamento.”
E recomenda que, para não chamar a atenção dos
bandidos, é importante não deixar os pertences pessoais visíveis, conhecer o
local aonde vai, vestir roupas e pertences compatíveis e ficar atento. Em caso
suspeito, procurar pontos de apoio, como comércios, locais com movimentação de
pessoas e a base policial.
Nos casos de tentativa de assalto, que têm sido
muito frequentes nas cidades, Freitas orienta a manter a calma, comunicar os
movimentos ao assaltante para não instigar uma reação, jamais reagir, evitar
encarar o ladrão e não o confrontar ou tentar convencê-lo de algo. “Nunca se
deve pagar para ver se a arma do criminoso é de verdade ou não. A vida vale
muito mais do que qualquer coisa que o criminoso venha a roubar.”
Ele ainda recomenda que, caso o jovem seja
abordado, relate o ocorrido e abra um Boletim de Ocorrência para que a
Secretaria de Segurança Pública, com dados de localidade de maior reincidência,
possa planejar e promover o posicionamento das viaturas policiais e realize a
ronda preventiva.
GRUPO GR
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