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segunda-feira, 2 de maio de 2022

Com ameaça de novo surto, vacinar-se contra o sarampo é indispensável

A vacina Tríplice Viral protege contra o sarampo, a caxumba e a rubéola e é a melhor forma de prevenção contra essas doenças.

 

Por conta da pandemia de coronavírus, falar sobre as vacinas, como são produzidas, como funcionam e até quem está por trás do seu desenvolvimento virou pauta cotidiana. Por isso, é de se surpreender que, em um momento em que a vacinação está tão em alta, a adesão às campanhas anda tão baixa - em especial a de sarampo, uma doença muito comum na infância.

 

Sarampo: a volta de uma doença erradicada 

Em 2019, o Brasil passou por um surto da doença, fruto da baixa adesão ao imunizante Tríplice Viral, que protege contra a caxumba, a rubéola e, claro, o sarampo. Na época, foram 18 mil casos e 15 mortes registradas para esta última. 

Esses vírus, no entanto, tiveram uma queda na circulação durante a recente pandemia de coronavírus - já que o isolamento social foi usado como tática de combate à doença. Porém, com a vida voltando ao ritmo habitual, novos casos já foram registrados: até o momento, foram 2 confirmados em São Paulo. 

Os números parecem baixos, mas para um país que tinha o certificado de erradicação da doença, emitido em 2016 pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), eles são bastante preocupantes. 

"O sarampo -- que já foi uma das maiores causas de mortalidade infantil -- é uma doença viral altamente contagiosa que evolui com sinais e sintomas como febre, tosse persistente, corrimento nasal, conjuntivite e pequenas manchas avermelhadas espalhadas por todo corpo", explica a Dra. Aline Scarabelli, infectologista e consultora médica do Labi Exames.

A maior preocupação dos médicos, explica a profissional, é o que o sarampo pode evoluir para outras condições graves de saúde, como a otite, a pneumonia, a diarreia, a encefalite e ainda gerar problemas neurológicos, especialmente em crianças.

 

Vacina Tríplice Viral: a principal arma na luta contra o sarampo 

É pensando nisso que a adesão à vacinação se torna ainda mais importante porque, assim como a rubéola e a caxumba, o sarampo é prevenível com a imunização correta. 

"A vacina Tríplice Viral é uma vacina atenuada, ou seja, ela contém formas mais enfraquecidas dos vírus da caxumba, sarampo e rubéola", continua a infectologista. "Essas frações do vírus não são capazes de causar a infecção, mas são suficientes para treinar e proteger o sistema imunológico contra essas infecções." 

Assim como para o coronavírus, a resposta completa do sistema imunológico contra o sarampo acontece duas semanas após a aplicação da segunda dose e, na maioria dos casos, essa proteção dura a vida inteira - daí a importância do estímulo à vacinação. 

Crianças até 12 meses podem tomar a primeira dose antes do primeiro ano de idade e a segunda aos 15 meses. Já crianças, adolescentes e adultos não imunizados na infância podem tomar as vacinas com um intervalo de seis meses entre a primeira e a segunda dose. 

Mas fique atento às contra-indicações: 

  • Gestantes
  • Pacientes imunocomprometidos por doença ou medicação
  • Pacientes com histórico de anafilaxia após a aplicação da primeira dose da vacina ou a algum componente do imunizante

 

LABI EXAMES

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