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Pequeno Príncipe reforça a importância do adulto nessas atividades que promovem
amadurecimento, afetividade e senso de comunidadeFoto: Wynitow Butenas/Hospital Pequeno Príncipe
A infância é uma fase essencial para o
desenvolvimento das crianças. Nessa etapa, elas desenvolvem a coordenação
motora, cognição, linguagem, sociabilidade, raciocínio, autoestima, entre
outras habilidades, e o grande aliado nesse processo é o brincar. O que os pais
e responsáveis muitas vezes não percebem é a importância do papel que devem
desempenhar nesse contexto. Por isso, no Dia Mundial do Brincar, celebrado em
28 de maio, o Pequeno Príncipe, maior hospital exclusivamente pediátrico do
Brasil, reforça a relevância dessa participação.
Garantido como um direito previsto no artigo 16
do Estatuto da Criança e do Adolescente, o ato de brincar vai muito além da
diversão. É por meio da brincadeira que a criança se relaciona com o mundo.
Nesse sentido, os pais devem dar a mesma atenção ao brincar quanto dão aos
demais cuidados da rotina de seus filhos, atuando como estimuladores da
construção do desenvolvimento global proporcionado pelas brincadeiras.
O ato de brincar também promove o aumento da
confiança, dos laços afetivos, do amadurecimento e do senso de comunidade. “O
prazer da brincadeira deveria permear todas as atividades, inclusive para os
adultos, que podem potencializar os benefícios do brincar nas crianças”,
explica a psicóloga Rita Lous, também gerente do Setor de Voluntariado do
Pequeno Príncipe, responsável por promover brincadeiras em suas diferentes
formas aos pacientes do Hospital.
Ao participar das brincadeiras, é fundamental que
os pais respeitem a maneira com que a criança brinca e a deixem conduzir o
momento. Ao incentivar, os responsáveis podem estimular que as atividades sejam
feitas sozinhas ou com outras crianças. “Brincar sozinho ou brincar em grupo
devem ser complementares, pois cada momento traz benefícios diferentes, como
por exemplo a independência, assim como o aprender a respeitar regras e a
compartilhar”, ressalta a psicóloga.
A contribuição do adulto também é importante para
garantir a segurança durante as brincadeiras. O brincar solitário é relevante
para a construção da autoconfiança e da autonomia, mas acompanhadas ou não, as
brincadeiras devem ser supervisionadas. “Não há necessidade de intervir ou
controlar o ambiente o tempo todo. A ideia é evitar acidentes. E o mesmo
cuidado deve se estender na hora de escolher um brinquedo. É preciso ficar
atento a fatores como a qualidade, para garantir que as peças não se soltem, e
a faixa etária indicada, por exemplo”, explica Rita.
Ela frisa ainda que todos os processos do brincar
são importantes, desde o momento de separar os materiais, confeccionar
brinquedos e, até mesmo, guardar ou limpar tudo depois. Isso faz com que a
criança esteja desenvolvendo habilidades de organização, responsabilidade e
comprometimento, ao mesmo tempo em que brinca.
“As crianças e os adolescentes possuem
habilidades criativas muito aguçadas, por isso qualquer objeto pode virar um
brinquedo. E assim também é importante proporcionar atividades que estimulem a
criatividade, a socialização e o senso crítico, por exemplo. Enfim, ao
incentivar as brincadeiras, os pais contribuem com todo o desenvolvimento
global do seu filho ou filha”, finaliza Rita.
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