Doenças de inverno |
Médico alerta sobre o aumento dos casos de gripes, resfriados e doenças respiratórias nos meses mais gelados do ano
Com a proximidade do inverno, é muito comum o
aumento dos casos de gripes, resfriados e doenças respiratórias, as famosas
"ites". Por isso, é preciso estar atento aos problemas para
preveni-los. A primeira dica para amenizar os problemas causados pelo clima
nesta época do ano é se atentar ao período de infecção. É o que explica o Dr.
Aier Adriano Costa, coordenador da equipe médica da Docway, empresa pioneira em
soluções de saúde digital.
“Se após cinco ou sete dias a pessoa apresentar os mesmos sintomas, podendo ser agravados por secreções amareladas ou esverdeadas no nariz e no ouvido ou pontos de inflamação e pus na garganta, é melhor procurar um médico”, aponta. "Nosso sistema respiratório é basicamente mucosa com cílios, que tem a função de eliminar possíveis invasores. Com o frio, esses pelinhos sofrem, e vírus e bactérias entram com mais facilidade no nosso corpo", explica o médico.
Segundo o médico, é bom evitar lugares fechados e sem ventilação, já que eles concentram um número maior de micro-organismos, aumentando as chances de contágio. Por isso, não importa o local, seja ônibus, casa ou escritório, mesmo com as temperaturas mais baixas, é importante que haja ventilação. "Ao chegar em casa, lave o nariz com soro fisiológico. Ele ajuda a limpar a poluição das vias respiratórias e eliminar possíveis invasores que causam as doenças. Se o ar estiver seco, use um umidificador de ar ou uma toalha úmida no ambiente. Beba muita água, pois ela ajuda a prevenir as infecções", comenta.
Para prevenção da gripe, existe ainda a possibilidade
de vacina. Idosos com mais de 65 anos, grávidas e crianças com idade entre 6
meses e 2 anos devem ser vacinados. O médico lembra ainda que esse método de
prevenção não é aconselhável a pessoas com alergia a albumina, proteína
encontrada no ovo e usada em sua fabricação. "O inverno tende a trazer
mais doenças, mas medidas simples podem ajudar no combate. Seja uma gripe ou
resfriado, ou até mesmo uma rinite ou sinusite, tais cuidados ajudam no dia a
dia do paciente", detalha o coordenador da equipe médica da Docway.
Dados mundiais
Segundo estima a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 1,2 bilhão de pessoas tem risco elevado de contrair a gripe e suas complicações. Desse total, 385 milhões são idosos acima de 65 anos, 700 milhões de crianças e adultos com doenças crônicas e outros 140 milhões de crianças. Estudos demostraram que a vacina, no caso da gripe, pode reduzir em até 75% a mortalidade global. Quanto aos idosos que residem em lares especiais, a imunização pode diminuir em até 60% o risco de pneumonia e 68% o risco de internação.
Vale lembrar que em 95% dos casos a gripe é causada
por vírus, e apenas 5% por bactéria. Em determinado casos, a infecção por vírus
pode acabar facilitando a infecção por bactéria, já que por conta da infecção há
uma redução das defesas. "A vacina não causa gripe nos pacientes
imunizados, mas leva de quatro a oito semanas para ter eficácia plena, por isso
a pessoa que tomou a vacina pode chegar a ficar doente nesse período",
completa o Dr. Aier Adriano Costa.
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