Médicos do primeiro laboratório especializado em triagem neonatal dos Erros Inatos da Imunidade por meio do teste do pezinho fazem alerta para a importância da conscientização e principais fatores que podem reduzir os casos de óbito no parto
Amanhã,
dia 28 de maio, celebram-se duas datas que estão relacionadas ao cuidado da
mulher: o Dia Internacional de Luta Pela Saúde da Mulher e o Dia Nacional de
Redução da Mortalidade Materna. Apesar de possuírem propostas um pouco
diferentes, as duas celebrações estão, de certa forma, interligadas, com
objetivos semelhantes, como trazer um alerta e promover a conscientização em
torno da saúde do sexo feminino.
Segundo Antonio Condino-Neto, Presidente do Departamento de Imunologia da Sociedade
Brasileira de Pediatria e Coordenador do Laboratório de Imunologia Humana do
ICB-USP, em sua área de atuação, a luta pela saúde da mulher
começa pela decisão de evitar gravidez em idades avançadas, pois mulheres que
engravidam depois do 40 anos podem apresentar riscos na gestação.
Nesse sentido, os cuidados com a saúde feminina interferem diretamente na redução da mortalidade materna. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 830 mulheres morrem todos os dias no mundo por conta de complicações na gravidez e no parto. Diante desse cenário, é importante destacar que para tentar evitar situações como essa, os cuidados devem começar durante a realização do pré-natal.
Condino-Neto, que também é sócio-fundador da Immunogenic, primeiro laboratório especializado em triagem neonatal dos Erros Inatos da Imunidade por meio do teste do pezinho, explica que ao longo da gravidez é preciso ter cautela para garantir a saúde da mãe e do bebê. “Um pré-natal mal conduzido pode levar ao desenvolvimento de doenças gestacionais, como a pré-eclâmpsia, o diabetes, a hipertensão e também ao surgimento de problemas respiratórios”, afirma o médico.
Durante o pré-natal é realizado um monitoramento da saúde da mulher, com o intuito de evitar que apareçam doenças e complicações que possam atrapalhar futuramente. De acordo com Edgar Borges de Oliveira Junior, também sócio-fundador da Immunogenic, quando uma alteração é detectada pelos exames, geralmente os médicos tendem a recomendar medicações para impedir a evolução do quadro e assim promover a prevenção.
Além
disso, o pré-natal é responsável por monitorar fatores que impactam diretamente
na saúde do bebê e sua infância. Por essa razão, se os eventuais problemas na
gestação das mulheres não são tratados corretamente, podem afetar gravemente o
bebê. “São várias consequências, como o parto prematuro, sequelas e até o óbito
fetal. Também aumentam as chances do surgimento de doenças
genéticas e aparecimento da síndrome down”, explica Oliveira.
Entre os cuidados que devem ser adotados para evitar eventuais problemas na gravidez e no parto e, desta forma, assegurar a saúde da mulher, do bebê, bem como reduzir as chances de mortalidade materna, os médicos destacam como essenciais:
- Planejamento da gravidez e acompanhamento precoce, procurando
estabelecer todos cuidados à saúde materna, no sentido de evitar complicações
durante a gravidez;
- Monitoramento da gravidez e instituição precoce de medidas
preventivas e terapêuticas, que visem prevenir ou corrigir patologias
gravídicas específicas. Para tal, um pré-natal personalizado é fundamental.
Mais informações no site.
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