Evitar
comparações e desenvolver consciência alimentar é importante não apenas para a
saúde da mãe, mas também para proteger a criança de maus hábitos alimentares no
futuro
Por
que algumas gestantes sentem mais fome?
Os
hormônios progesterona e prolactina estão entre os responsáveis pela mudança de
apetite. Isso, somado à alteração do pH da boca, leva a gestante a ter esses
picos de forme. Essas alterações acontecem, geralmente, nos primeiros meses da
gestação, mas podem se estender por mais tempo. Esses picos hormonais também
afetam o comportamento alimentar da gestante, tornando-a mais suscetível a usar
a comida como um meio de suprir uma eventual carência emocional.
Consciência
alimentar na gestação
Para
a especialista em emagrecimento, Edivana Poltronieri, as escolhas da mãe afetam
tanto o físico quanto o emocional da criança. “A alimentação na gravidez
contribui muito para a formação da microbiota intestinal do neném. Isso é
comprovado cientificamente. O quanto a mãe engorda e emagrece, o que ela come,
assim como a qualidade e quantidade de alimento, são fatores que vão implicar
em toda a formação fetal, podendo determinar até a propensão da criança ser
obesa ou não”, pontua.
Por
esta razão, Edivana alerta que desde o momento que se decide ser mãe é preciso
pensar na saúde que a criança terá no futuro. “Toda a estrutura do bebê,
além da externa, como pele, cabelo, unhas, estarão sendo formadas. O bebê vai
carregar a genética da mãe em todos os aspectos. Saber disso poderá ajudá-la a
criar consciência alimentar”, complementa Poltronieri.
A
orientação de ‘comer por dois’ durante a gestação precisa ser aplicada com
cautela. “É necessário se atentar à qualidade e quantidade para a gestante não
correr o risco de ter diabete, pressão alta e até complicações durante o parto.
O mais importante desses cuidados é que isso implica na saúde do bebê nas
primeiras fases da vida. Por isso que alguns se questionam como a criança
engorda tanto se na família todos são mais magros ou porque a criança rejeita
certos grupos de alimentos. As respostas estão, em muitos casos, nos equívocos
alimentares durante a gestação e nos sentimentos que a mãe transferiu ao bebê
nesse período”, explica.
Outro
alerta é evitar comparações. “Cada gestante vai se comportar de uma forma. É
possível a mesma mãe sentir diferenças na rotina entre duas gestações. Por
isso, sempre falo para fazer um filtro sobre o que se lê na internet. Todos
somos indivíduos em contextos de vida completamente diferentes. Esses contextos
têm a ver com as particularidades de cada organismo e também com questões como
a qualidade de sono e alimentação. Isso é o que torna cada gestação única.
Então, a comparação com outras gestantes pode levar a um desgaste da saúde
física e mental, e ser muito prejudicial à criança”, finaliza.
Segundo
a especialista, para seguir uma gravidez tranquila e saudável, contar com um
especialista é sempre uma ótima opção, pois assim será possível fazer a
programação de uma rotina alimentar equilibrada, saborosa e nutritiva para mãe
e bebê.
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