Felipe Magalhães, especialista em clínica geral, nefrologista e coordenador de conteúdo do Jaleko, estreia no canal da plataforma um quadro sobre esses mitos da medicina que são um desserviço, principalmente para os estudantes da área de saúde
Às vezes é impossível de
acreditar, mas a apuração de 2020 é que pelo menos 79 denúncias foram feitas
contra médicos e enfermeiros que foram acusados de disseminar fakenews em plena
crise sanitária do Coronavirus. Deste total, 40 casos foram abertos para
sindicâncias. Para o levantamento, o portal G1 entrou em contato com as
assessorias de todos os 27 conselhos regionais de medicina e de enfermagem.
Felipe Magalhães, especialista em clínica médica e
coordenador de conteúdo da maior plataforma de streaming para estudantes de
medicina - o Jaleko, vê a importância de ensinar os futuros médicos e a
população, sobre o cuidado com a informação.
E para comemorar o Dia Nacional Saúde no Brasil (05/08), Magalhães estreia seu programa no Youtube do Jaleko e desvenda muitos dos mistérios da medicina que foram disseminados de forma errônea e perigosa.
Já faço o programa
Listas Jaleko dentro do canal, que de certa forma desmistifica alguns pontos,
mas quando vi o tanto de informações equivocadas que estão à solta na internet,
mesmo antes do COVID-19, percebi a importância desse novo passo para para os
estudantes de medicina, profissionais da saúde e sociedade. Os assuntos serão os mais diversos como: infarto em jovem mata mais,
vitamina C para gripe, hipotiroidismo gera obesidade, entre outros.
– Felipe Magalhães
E para completar, o especialista em clínica médica,
também desvenda as maiores Fakenews da pandemia:
- Vírus criado em laboratório: em algum lugar um virologista levantou essa questão, e apesar do
governo Chinês negar e as evidencias científicas mostrarem que não é o caso, as
pessoas insistem em compartilhar. Esse contexto leva parte da população a não
querer se vacinar com a CoronaVac, produzida pela chinesa Sinovac.
- Mascaras oferecem riscos à
saúde: asfixia por retenção de gás carbônico. Essa é uma
das fakenews mais perigosas também. Não é real, claro, pois as máscaras são
porosas, deixando espaço para que a pessoa consiga respirar, mas evitando as
gotículas de saliva externas. Existem diversos atletas mostrando como é
possível fazer esportes com elas, além, é claro, dos próprios médicos que
realizam cirurgias que as vezes passam de 8 horas sem tirar as máscaras.
- Cloroquina: uma briga eterna no país. A hidroxicloroquina é um medicamento contra
malária e, por vezes, é ministrado em pacientes com algumas doenças autoimunes.
Porém, até a Organização Mundial de Saúde, e agora até o Ministério da Saúde do
Brasil, já atestaram a ineficácia, portanto, não é recomendada como tratamento
precoce e a pessoa só está ingerindo medicação sem resolver o problema.
- DNA humano e microship: Por favor, nós não estamos em um capítulo de BlackMirror nem Arquivo X.
Portanto, vacina boa é vacina no braço. Nosso DNA é alterado por um monte
de coisas o tempo todo, e nosso corpo inclusive possui mecanismo de correção.
Agora, microship com bluetooth que tem todas as nossas informações e passa para
grandes empresas chama-se celular, e não vacina.
- O novo coronavírus não
resiste ao calor: O problema é que até uns 50
ou 60 graus célsius ele resiste bem, então não é um solzinho de 30 ou 40 graus
que vai matar, portanto, não adianta aglomerar na praia. E lembre-se que mesmo
no sol a nossa temperatura interna se mantém relativamente estável, ou seja, em
média entre 36º e 37º.
Fonte:
Felipe
Magalhães – clínico geral e diretor científico do Jaleko.
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