Com a alta procura da população pelos serviços hospitalares, do pronto atendimento à internação em UTI, para tratar a Covid-19, a Dasa, maior rede de saúde integrada do país, aposta em serviços e plataformas digitais para engajar os pacientes nos cuidados de saúde para além da fronteira hospitalar.
PA Digital - Desde abril de 2020, o
monitoramento dos pacientes com diagnóstico positivo para o coronavírus, mas
sem indicação de internação, e que procuraram o pronto atendimento dos sete
hospitais da rede Dasa (Santa Paula e 9 de Julho (SP), São Lucas e CHN (RJ), e
Hospital Brasília, Águas Claras e Maternidade Brasília (DF), é feito pelo
pronto atendimento digital (PA Digital). A ferramenta acompanhou um grupo com
mais de 13 mil pacientes e 75% deles foi mantido em atendimento domiciliar e
monitoramento digital, via telemedicina, com a equipe de coordenação de
cuidados para monitoramento de sintomas e engajamento no tratamento domiciliar.
As equipes multidisciplinares do PA Digital
(médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos, entre outros profissionais)
realizam cerca de 60 mil atendimentos ao mês, via telemedicina, e essa
coordenação de cuidados permite manter os pacientes em casa, sem necessidade de
assistência hospitalar e de exposição a ambientes de risco para a Covid-19.
Leito Virtual – De olho na
síndrome pós-Covid, a Dasa lançou em março desse ano o Leito Virtual, um
serviço de monitoramento domiciliar. O programa acompanhou 320 pacientes com
coronavírus internados nos Hospitais 9 de Julho e Santa Paula, ambos na capital
paulista, e que foram de alta hospitalar com o monitoramento digital, que
manteve 98,5% deles em atenção domiciliar, sem necessidade de reinternação. O
índice de readmissão em internação hospitalar em até 30 dias, um importante
indicador de qualidade e desfecho clínico, nas duas instituições caiu cerca de
50%. Até o momento, o Leito virtual liberou 224 diárias nos dois hospitais,
ampliando a capacidade de atendimento à população com necessidade de
internação.
Além da desospitalização, outro desafio da pandemia
é ampliar a capacidade de atendimento à população. Nesse contexto, a Dasa criou
um command center e usa os dados gerados pelo serviço para avaliar a evolução
de cada paciente e otimizar os desfechos clínicos. A ferramenta permitiu
estabelecer protocolos entre as equipes multidisciplinares (médicos,
enfermeiros, fisioterapeutas, farmacêuticos, entre outros) para não faltar
medicamentos em tempos de escassez global de insumos e, com isso, diminuir o
tempo de intubação o que gerou uma economia de até 50% do uso de sedativos e
anestésicos, com os mesmos resultados de sucesso de tratamento.
Monitoramento pós-Covid – Em abril,
a revista científica Nature publicou um estudo conduzido pela Escola de
Medicina da Universidade de Washington em St. Louis, nos Estados Unidos, sobre
as sequelas causadas pela Covid-19. Os sobreviventes apresentaram um risco 59%
maior de morrer no intervalo de seis meses após a infecção e, entre os
pacientes hospitalizados à época da doença, a estimativa foi maior: 29 pessoas
a cada mil foram a óbito. A pesquisa avaliou dados de mais de 87 mil pacientes
que tiveram a doença e 5 milhões de indivíduos saudáveis. “Estamos falando de
problemas crônicos de saúde que podem durar meses e devem ser acompanhados de
perto por especialistas em reabilitação e uma abordagem multidisciplinar
formada por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos, nutricionistas e
demais profissionais”, diz Ana Elisa.
Telemedicina para acompanhar crônicos – A pandemia
colocou ainda mais luz à importância de se operar por meio de um modelo de
cuidado mais amplo e digital. Em média, por meio do NAV, plataforma de
navegação inteligente da Dasa, são realizados cerca de 14 mil
teleconsultas/mês. Dentre as especialidades, o NAV disponibiliza 14
especialidades para o acompanhamento e monitoramento de problemas como
diabetes, cardiopatias e câncer, sem precisar expor os pacientes portadores de
doenças crônicas a ambientes de risco para a Covid. A plataforma consolida os
dados de saúde e atua com foco na prevenção.
De acordo com a médica Ana Elisa de Siqueira,
diretora geral de Cuidados Integrados e Inovação Assistencial da Dasa, os
resultados endossam a importância da assistência integral e da eficiência do
monitoramento digital aos danos causados à saúde pelo Sars-CoV-2, que vão além
do sistema respiratório e podem se tornar crônicos com distúrbios
neurocognitivos, cardiovasculares, gastrointestinais e metabólicos, mal-estar
generalizado, fadiga, dores musculoesqueléticas, anemia, entre outros. A
especialista está à disposição para entrevistas.
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