Estamos vivendo um momento que demanda muita
reflexão e que é preciso ponderar tudo o que está acontecendo nos cenários
políticos e econômicos atuais. A ideia deste artigo é provocar uma reflexão, e
não necessariamente assumir um determinado lado, até porque ainda há muito o
que acontecer e precisamos estar com o pé no chão, e não viver de expectativas,
como o brasileiro vive, principalmente um determinado grupo, que vive por um
fanatismo, causando um verdadeiro atraso ao país.
E parte desse comportamento começou a se formar já
na época das eleições. Entretanto, acredito sim que o presidente Jair Bolsonaro
veio para fazer a mudança que a nação precisa, mesmo que forçando as coisas um
pouco. O Brasil é um país dos direitos e não das obrigações, algo que todo o
brasileiro deve ter. Por esses motivos, talvez todas as ações do governo sejam
encaradas como uma forma de radicalismo, mas sem rigidez, nada vai acontecer,
até mesmo as mudanças que essa população tanto necessita. E, ainda, soma-se
isso o eterno jogo de quem é contra e a favor no congresso, impedindo que
projetos e ações sociais sejam aprovadas. Temos então a “troca de moedas”
senão, nada acontece. E quando alguém tenta quebrar esse ciclo, cria-se uma
antipatia muito grande.
Quero deixar claro que o pais não precisa de um
regime militar, algo que não sou a favor, mas sim, caberia dizer uma “ batuta”
um pouquinho mais puxada, para equilibrar as reformas que precisam ser feitas,
acabar com a corrupção, ajustar o que precisa ser feito e, principalmente,
olhar para as empresas que estão fechando, e que irão gerar um alto índice de
emprego.
O fanatismo e a bipolaridade que tomam conta do
país, desde a disputa presidencial, são motivos de brigas e rótulos, e não como
sendo algo que deva ser discutido em uma roda de amigos. Pelo contrário,
pessoas não se falam mais e familiares se afastam, por conta de um
posicionamento político, sendo que nem Bolsonaro, Dilma, Ciro, Amoedo.. sabem
da existência desses, ou seja, muita incoerência. Por isso, acredito que qualquer
idolatria nesse sentido reflete a falta de um autoquestionamento ou até mesmo a
ausência da capacidade de questionar certos fatos e analisar a realidade.
Boa parte colocou muita expectativa em cima do
governo Bolsonaro, e principalmente, da figura emblemática do Juiz Sérgio Moro
e, depois de um certo tempo, tudo começou a conspirar ali dentro. Tivemos a
Joice, o pessoal da Kim, e os demais que foram se afastando, brigando,
dividindo poder e opinião.
Em relação ao Moro, tenho uma certa preocupação, porque
ele teve uma atitude antiética quando decidiu publicar conversas entre ele e a
deputada, ao qual foi padrinho de casamento, e dele com o presidente da
república.
A deputada Carla Zambelli, que foi exposta em um
dos prints, fez uma live mostrando toda a conversa que teve com o ex-ministro,
em que tudo foi abordado de outra forma.
Posso me colocar nesse lugar, pois já aconteceu
comigo. Uma pessoa já teve uma conversa comigo sobre determinado assunto, tirou
um print de algo simples e criou uma nova narrativa baseada em duas frases. Por
conta da experiência, me questionei algumas coisas. Por que Sérgio Moro fez
isso? Por que ele apresentou para a Globo? E por que apenas trechos dessas
conversas?
Um ministro não está acima de um presidente, porém
existem algumas determinações constitucionais que estabelecem certos assuntos
relacionados a poderes. Acredito que referente a essa questão ocorreram algumas
confusões relacionadas às delimitações desses poderes.
Eu cresci ouvindo o meu pai dizendo quem pode mais,
pode menos, dentro de uma empresa. Se você é o dono, e contrata um faxineiro,
pode demiti-lo a qualquer momento e inclusive pode também fazer o trabalho
dele, senão, temos apenas a figura de um chefe e não um líder. Todas as pessoas
que trabalham comigo, sabem que a minha posição sempre foi essa. Da mesma forma
que eu sei gerenciar, tenho que saber como resolver os problemas do dia a dia
que aquele colaborador solucionava. E fiz isso várias vezes. Além
de administrar e saber lidar com os vários tipos de personalidades, diferenças
e talentos.
E esse é o caso do presidente da república. Ele não
precisa entender de saúde, economia ou justiça. É preciso saber contemporizar
pessoas com honestidade e rigor.
Quando o ministro Moro saiu e publicou as
mensagens, ele cometeu alguns crimes, e por isso a PGR pediu autorização para
investigar o que houve, principalmente em relação a fala do ministro. A partir
do momento que ele decidiu expor essas conversa, cometeu crimes, assim como ele
acusou o presidente de cometer crimes também. Muitos criticaram a PGR,
mas estão certos, até porque se o procurador geral não tivesse tal atitude, ele
mesmo estaria incorrendo em um crime. Tudo precisa, e deve, ser apurado.
Depois, houve a suspenção da posse do Alexandre
Ramagem, um delegado de carreira, para assumir a diretoria geral da Policia
Federal, feita através do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal
Federal (STF), que na minha opinião, não tinha bagagem para assumir o cargo que
ocupa. Sim, havia muita interferência na Policia Federal, e até mesmo era
preciso trocar.
Com relação ao presidente Bolsonaro, não acredito
que vá ocorrer outro impeachment, porque quem está como relator, com o pedido
de investigação, da PGR é o ministro Melo, que sai no final do ano. Soma-se a
isso ao período da pandemia. Digamos que ele volte em julho, terá somente
quatro meses para definir essa situação e o próximo ministro, inclusive
indicado pelo Bolsonaro, quem irá decidir então existe uma grande chance de
isso não ocorrer, por mais que o Sérgio Moro seja culpado ou até mesmo que o
próprio presidente seja culpado.
Os pedidos, já protocolados, estão na mão de
Rodrigo Maia, que está em uma situação delicadíssima, pior que a do presidente.
Mesmo que ele aceite o pedido de impeachment, vai para votação, mas Bolsonaro
tem a maior no congresso, então isso não vai acontecer. Por isso, o pedido de
destituição não ocorrerá tão facilmente. Se isso acontecer, teremos um general
na presidência e aí sim existe uma probabilidade de os militares assumirem,
mesmo que o Mourão, como gestor, tenha muito mais pulso.
A oposição, percebendo o enfraquecimento da
estrutura governamental, vai fazer o possível para tirar o presidente do poder.
Não sei se o Brasil aguentaria um 2º impeachment consecutivo, se há fôlego
financeiro ou emocional para passar por essa situação. Mas tenho certeza que os
empresários já estão sentindo esses efeitos na pele, acredito que vá haver uma
grande evasão de empresas no Brasil, em especial as multinacionais e,
consequentemente, uma taxa maior de desemprego e salários mais baixos,
refletindo diretamente na economia.
Não acreditem em notícias de internet, esqueçam as
fake News. Isso me lembra a história do Adelio Bispo e os perfis falsos, mas há
muito mais por trás disto. E a Joice está indo pelo mesmo caminho, deixando um
rastro de post e publicações falsas. E uma sujeira sem fim, que não só trai o
Bolsonaro, como a nação toda, porque está manipulando informação.
O Brasil não precisa de pessoas bitoladas e
fanáticos. O país precisa de pessoas que pensam, e que podem tomar suas
próprias decisões.
Daniel
Toledo - advogado da Toledo e Advogados Associados
especializado em direito internacional, consultor de negócios internacionais e
palestrante. Para mais informações, acesse: http://www.toledoeassociados.com.br
ou entre em contato por e-mail daniel@toledoeassociados.com.br.
Toledo também possui um canal no YouTube com mais de 64 mil
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com dicas para quem deseja morar, trabalhar ou empreender internacionalmente.
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