A oncoginecologista do HAC, Lenira Queiroz
Mauad, afirma que a campanha Março Lilás é muito importante, pois estimula as
mulheres a comemorarem seu dia conscientes sobre a prevenção.
Hospital Amaral Carvalho
apoia campanha nacional que conscientiza sobre a prevenção do câncer do colo do
útero
Mesmo com um
eficiente exame para detecção precoce e o alto índice de cura, o câncer do colo
do útero é o quarto tipo mais comum entre as brasileiras. Para alertar a
população, no mês em que é celebrado o Dia Internacional da Mulher (8/março), a
saúde feminina é destaque na campanha nacional Março Lilás contra a
doença.
Para a oncoginecologista do Hospital Amaral Carvalho (HAC),
Lenira Queiroz Mauad, a iniciativa é muito importante, pois estimula as
mulheres a comemorarem seu dia conscientes sobre a prevenção. “O câncer do colo
foi o primeiro tipo de câncer com um rastreamento bem definido, através da
realização do exame citológico, o Papanicolaou. As chances de extinguir esse
tumor são altíssimas, uma vez que ele pode ser facilmente detectado em fase
pré-invasora, quando as chances de cura de 100% na maioria das vezes”,
destaca.
O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima 16.590 novos casos de câncer do
colo do útero no Brasil, neste ano. Lenira ressalta que a prevenção e detecção
em estágio inicial são as ferramentas mais importantes no combate à doença. “A
principal causa desse tumor é a infecção por alguns tipos do papilomavírus
(HPV), transmitido por relações sexuais e que pode provocar alterações que
evoluem para o câncer”.
A médica orienta que mulheres com vida sexual ativa e que têm mais de 25 anos devem fazer o Papanicolaou periodicamente. Após dois exames com resultados normais, a coleta pode ser espaçada com o intervalo máximo de três anos.
No HAC, o Programa de Prevenção do Câncer Ginecológico teve início em 1996 e
realiza gratuitamente teste de Papaniocolaou além de garantir o atendimento e
tratamento das mulheres com exame alterado. Atualmente, comemora resultados
comparados aos de países desenvolvidos, com baixíssima taxa de mortalidade: uma
ou duas a cada 100 mil mulheres.
Vacina
Desde 2014, o Ministério da Saúde do Brasil incentiva a prevenção já na
infância, disponibilizando no sistema público a vacina contra o HPV para
meninas (de 9 a 14 anos) e para meninos (de 11 a 14 anos). A Organização
Mundial da Saúde (OMS) definiu como meta até 2030 vacinar 80% dos adolescentes
em todo o mundo, dentro do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Câncer do
Colo do Útero.
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