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domingo, 25 de agosto de 2019

ENTRE 1% e 3% DA POPULAÇÃO TÊM ANEURISMA SEM SABER


 A ocorrência de dilatação de vasos sanguíneos no
cérebro pode ocasionar rupturas e hemorragias



Aneurisma é uma dilatação em um vaso sanguíneo no cérebro que pode dar origem a uma fraqueza na parede de uma artéria cerebral. Ele surge na bifurcação de artérias, porque nesta região a parede do vaso arterial é um pouco mais fina. Dados de necropsias mostram que entre 1% e 3% da população brasileira têm aneurisma intracraniano e não sabem.

De acordo com artigos neurológicos, “há pequenos aneurismas que não sagram. Porém, com o passar do tempo, podem crescer. Se passarem de 88 milímetros de diâmetro, cresce também o risco do sangramento”, segundo levantamentos. Essa ocorrência é chamada de “hemorragia subaracnóidea”.

Os sintomas de aneurismas que se romperam são: dor de cabeça súbita e intensa; náuseas e vômitos; rigidez de nuca; visão borrada ou visão dupla; sensibilidade à luz; crise convulsiva; queda de pálpebra; perda da consciência; confusão mental. 

Até hoje, não há certeza sobre como o aneurisma surge, mas há fatores de risco que contribuem para o aparecimento da doença. Entre eles, estão: idade; o tabagismo; hipertensão arterial; uso de drogas; alcoolismo; após um trauma craniano; certas infecções no sangue; doença do rim policístico; anormalidades da aorta; algumas doenças hereditárias; malformação artériovenosa cerebral (MAV); histórico familiar de aneurisma cerebral.


Diagnóstico

De acordo com o neurocirurgião Wanderley Lima, o diagnóstico para determinar a causa do aneurisma com sangramento súbito, ou mesmo sem, pode ser realizado por diversos meios.

“Podemos usar a tomografia computadorizada e a angiotomografia cerebral - a punção lombar para o exame de liquor da espinha. Podemos também fazer ressonância magnética e a angiorresonância magnética cerebral. Temos ainda o recurso da arteriografia cerebral, que é o cateterismo cerebral, que deve ser realizado por um neurotadiologista”, diz doutor Wanderley.


Tratamentos

Dentre os tratamentos disponíveis atualmente para o aneurisma cerebral, a clipagem cirúrgica consiste na colocação de um clip de titânio, no colo do aneurisma, para isolá-lo da artéria e evitar ressangramento.

Há também, dependendo do caso, a possibilidade de se adotar o tratamento endovascular por cateterismo, que é a colocação de fios de platina dentro do aneurisma, interrompendo o fluxo do sangue para o seu interior.

Há casos que necessitam de drenagem ventricular, realizada para diminuir a pressão dentro do crânio e tratar a hidrocefalia aguda: procedimento realizado para inserir um cateter dentro dos ventrículos do cérebro.

A reabilitação é feita com fisioterapia motora, fonoaudiologia e terapia ocupacional.


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